Mundo
Loteria de Babilônia
Vai! Vai! Vai!
E grita ao mundo que você está certo,
Você aprendeu tudo enquanto estava mudo,
Agora é necessário gritar e cantar Rock
E demonstrar o teorema da vida e os macetes do xadrez,
Do xadrez!...
Você tem as respostas das perguntas,
Resolveu as equações que não sabia,
E já não tem mais nada o que fazer, a não ser, Verdades e verdades,
Mais verdades e verdades para me dizer
A declarar!...
Tudo o que tinha que ser chorado Já foi chorado,
Você já cumpriu os doze trabalhos,
Reescreveu livros dos séculos passados,
Assinou duplicatas, inventou baralhos...
Passeou de dia e dormiu de noite,
Consertou vitrolas para ouvir música,
Sabe trechos da Bíblia de cor,
Sabe receitas mágicas de amor...
Conhece em Marte, Um amigo antigo lavrador que te ensinou:
A ter oo bom e do melhor
Do melhor!...
Mas, o que você não sabe por inteiro,
É como ganhar dinheiro,
Mas isso é fácil e você não vai parar,
Você não tem perguntas prá fazer,
Porque só tem verdades prá dizer
A declarar!...
Houve neste mundo casamentos mais fabulosos, cerimônias mais memoráveis, mas para mim o nosso é o mais lindo, por que apenas nele celebra-se a união de nós dois.
Saía enfim do mundo odioso de Taine, de Renan e de outros Moloques do século XIX, dessa prisão, dessa horrível mecânica inteiramente governada por leis perfeitamente inflexíveis e, para cúmulo do horror, cognocíveis e ensináveis.
Não, nem o mundo nem a vida são um mar de rosas.
É preciso ter muita garra e disposição
para enfrentar não só o infortúnio, a violência
ou as doenças e tragédias que nos acometem.
É preciso prostrar-se como um guerreiro em todas as situações,
mas principalmente contra a falta de amor, contra a Indiferença,
contra a ambição e a deslealdade de muitos.
Infeliz da pessoa que esteve neste mundo
e ao final de seus dias não pôde dizer a tudo: “Muito obrigado!”
Esta pessoa apenas passou pela vida,
teve espectro de vida,
não viveu.
Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém...(...) Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma."
Já que não tenho coragem de assumir minha loucura, queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. Eu queria que existisse um canto do mundo que nunca me dissesse ‘’ei, você se expõe demais’’ e que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar porque eu sou briguenta, mas sou mais sensível que maria-mole na frigideira.
Eu que não me lembrara de lhe avisar que sem o medo havia o mundo.
O que tem me perturbado intimamente é que as coisas do mundo chegaram para mim a um certo ponto em que eu tenho que saber como encará-las, quero dizer, a situação de guerra, a situação das pessoas, essas tragédias. Sempre encarei com revolta. Mas ao mesmo tempo que sinto necessidade de fazer alguma coisa, sinto que não tenho meios. Você diria que eu tenho, através do meu trabalho. Eu tenho pensado muito nisso e não vejo caminho, quer dizer, um caminho verdadeiro.
Vou experimentar tudo o que possa, não quero me ausentar do mundo.
Nunca houve – em todo o passado do mundo – alguém que fosse como ela. E depois, em três trilhões de trilhões de ano – não haveria uma moça exatamente como ela.
Não só inalcançável por ele mas por ela própria e pelo mundo. Ela vivia de um estreitamento no peito: a vida. (...)
Ela se guardava. Por que e para quê? Para o que estava ela se poupando? Era um certo medo da própria capacidade, pequena ou grande, talvez por não conhecer os próprios limites. (...)
O que ela era, era apenas uma pequena parte de si mesma.
Sua alma incomensurável. Pois ela era o Mundo. E no entanto vivia o pouco.
Varias vezes acordamos no meio do caminho e pensamos “O que estou fazendo aqui?”... O rumo de nossa vida fica a cargo da inércia onde o mundo e a sociedade conduz sem que você perceba! Use mais o esse piloto que esta dentro de você. Ponha em ação suas vontades seus desejos e tudo aquilo que te faz BEM! Pois a sua vida pertence a VOCÊ e ela foi um presente de DEUS.
Não me subestime, tenho o hábito de ficar calada às vezes, mas não quer dizer que não estou atenta ao que acontece. Apenas me distraio para que meu mundo fique na mesma sintonia do mundo e nada atrapalhe meu propósito.
Cansado
Cansado da falsidade humana, das nossas mentiras, das nossas falácias.
Cansado do amor falso, do amor egoísta, que só pensa nele próprio, em si mesmo, e não no outro (isso é amor?).
Cansado da amizade por interesses outros que não a de ter apenas um bom amigo.
Cansado da hipocrisia, do falso moralismo, daqueles que condenam o pecado alheio, fazendo ou desejando o mesmo pecado, veladamente, escondido de todos.
Cansado da covardia dos que falam pelas costas, que, incapazes de ter a mesma "ousadia", minam sonhos e esperanças alheias.
Cansado deste mundo de aparências, no qual a "postura" vale mais do que o resultado, em que a imagem vale mais do que o conteúdo.
Cansado da choradeira, inclusive a minha, que nada produz, só atrapalha.
Cansado do mi-mi-mi, da conversa pra boi dormir, do falatório vazio.
Cansado dos que apenas oram, frases decoradas e decorativas, sem mover um único dedo pelo próximo.
Cansado das "regras da sociedade" e das "leis" (lies?), desenhadas para manter o privilégio e a alegria de poucos em detrimento da maioria.
Cansado de pagar impostos, juros, multas, de pagar o pato, e não receber quase nada em troca, exceto mais taxas e taxas.
Cansado de viver num mundo confuso, violento, tolo, superficial e vazio.
Cansado de ver crucificados todos aqueles que tentam mudar este mundo.
Cansado de ser estúpido, idiota, bobo, palhaço, escravo, zumbi, inocente útil, de ser apenas mais um tijolo na construção da sociedade, esquecendo que todos somos apenas areia.
Cansado do umbigo, do seu, do meu, do nosso, que nos impede de ver o universo infinito que nos rodeia e do qual fazemos parte como minúsculos grãos e não como os gigantes que achamos que somos.
Cansado de estar cansado, mas ainda cansado, muito cansado.
Deus, me explique, por favor, que mundo é este, que vida é esta?