Mulheres de Valor
Algumas mulheres são como as obras literárias, vulgo livros: Nem todas precisam de ser lidas do princípio ao fim para saber o que dizem. Por algumas ficamos pelo prefácio, outras reconhecemos o valor pelo índice, algumas até pela mera leitura da introdução e/ou posfácio e há aquelas que convidam mesmo a uma leitura íntegra para um profundo e detalhado conhecimento da matéria.
As mulheres de hoje que vivem intensamente independentes. Nós os homens muito mais machistas. Até onde vai esse confronto entre ambos. Se um não vive sem o outro. Se são elas lindas e lutadoras, alegra-te, pois temos nelas um grande tesouro!
As mulheres não são confiáveis, e elas sabem disso... Por isso é tão difícil, relacionarem-se entre si.
A dor de um parto é uma das maiores dores já sentidas por alguém. As mulheres carregam um bebê por 9 meses em sua barriga, sofrendo muitas transformações e alguns sintomas por conta da gravidez como o enjoo, tudo acarreta na situação do parto e em meio as dores nasce um bebê, e quando este já nasceu e está nos braços da mãe, ela sorri.
Mas por que a mulher sorriu? Ela acabará de sentir uma imensa dor. Bom, as mulheres são fortes mas e além disso? A resposta é que viu algo muito belo, uma criança cujo é seu filho, um dos maiores tesouros que poderia ter, e tudo que passou desde a gravidez, seus sintomas e a dor imensurável do parto ficaram para trás, ela reconheceu que tudo valeu a pena para que chega-se naquele exclusivo momento de ter em seus braços o seu amado filho.
Do mesmo modo que muitas mulheres que se tornam mães nós devemos suportar as dores da vida, da mesma maneira que a dor do parto acaba as dores da vida também possuem seu fim. Os momentos de angústia e pranto não são eternos. E depois da dor vem o sorriso, pois haverá beleza depois do sofrimento, mesmo que leve muito tempo.
E o significado da atitude das mulheres e mães se resumem em uma palavra, amor e todos nós precisamos tê-lo e fazer tudo em seu nome.
A derrota vem quase sempre dos números, nunca das letras. Homens e mulheres procuram somas inexplicáveis: não é natural que mais poder signifique mais saber. O que dói é a possibilidade: ninguém resiste ao que podia ser.
Revolução e Mulheres
Elas fizeram greves de braços caídos.
Elas brigaram em casa para ir ao sindicato e à junta.
Elas gritaram à vizinha que era fascista.
Elas souberam dizer salário igual e creches e cantinas.
Elas vieram para a rua de encarnado.
Elas foram pedir para ali uma estrada de alcatrão e canos de água.
Elas gritaram muito.
Elas encheram as ruas de cravos.
Elas disseram à mãe e à sogra que isso era dantes.
Elas trouxeram alento e sopa aos quartéis e à rua.
Elas foram para as portas de armas com os filhos ao colo.
Elas ouviram falar de uma grande mudança que ia entrar pelas casas.
Elas choraram no cais agarradas aos filhos que vinham da guerra.
Elas choraram de verem o pai a guerrear com o filho.
Elas tiveram medo e foram e não foram.
Elas aprenderam a mexer nos livros de contas e nas alfaias das herdades abandonadas.
Elas dobraram em quatro um papel que levava dentro uma cruzinha laboriosa.
Elas sentaram-se a falar à roda de uma mesa a ver como podia ser sem os patrões.
Elas levantaram o braço nas grandes assembleias.
Elas costuraram bandeiras e bordaram a fio amarelo pequenas foices e martelos.
Elas disseram à mãe, segure-me aí os cachopos, senhora, que a gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é.
Elas vieram dos arrebaldes com o fogão à cabeça ocupar uma parte de casa fechada.
Elas estenderam roupa a cantar, com as armas que temos na mão.
Elas diziam tu às pessoas com estudos e aos outros homens.
Elas iam e não sabiam para onde, mas que iam.
Elas acendem o lume.
Elas cortam o pão e aquecem o café esfriado.
São elas que acordam pela manhã as bestas, os homens e as crianças adormecidas.
Então tem também a pressa de mulheres e homens que saem, exaustos, depois de um dia inteiro de trabalho, com as compras necessárias, rumo à escuridão. São heróis, dando os passos que faltam para a linha de chegada sabendo que estão sempre em último lugar. Uma corrida olímpica que acontece todos os dias em direção à linha de chegada. E a linha de chegada é uma bandeja de comida em frente à TV.
Mulheres no geral não gostam de homens teimosos e rabujentos. A concorrência com verosimilhanças faz-lhes mal.
Balas
atiradas
por mentes
perdidas
encontram
a esperança
dos negros
das mulheres
dos jovens
das crianças
num beco
sem saída...
Não é possível incluir facilmente as mulheres numa estrutura que se encontra já codificada como masculina; é preciso alterar a estrutura. Isso significa pensar o poder de modo diferente. Significa separá-lo do prestígio público. Significa pensar colaborativamente acerca do poder dos seguidores, não apenas dos líderes. Significa, acima de tudo, pensar acerca do poder como um atributo ou mesmo um verbo ("empoderar"), não como uma posse.
As mulheres no poder são vistas como tendo derrubado barreiras ou, alternativamente, como tendo-se apropriado de algo a que não têm bem direito.
Não é apenas que seja mais difícil para as mulheres terem sucesso; é também que elas são tratadas de forma muito mais severa, se alguma vez errarem.
Mulheres são limpas por seus defeitos, e completas por suas perfeições expressas em detalhes que as compõe.
Enquanto fofoca entre mulheres é universalmente ridicularizada como baixa e trivial, fofoca entre homens, especialmente se é sobre mulheres, é chamada de teoria, ou ideia, ou fato.
Feminismo requer precisamente o que a misoginia destrói nas mulheres: bravura incontestável em confrontar o poder masculino. Apesar da impossibilidade disso, há tal bravura: essas mulheres existem, em alguns períodos milhões e milhões delas.
Feminismo é odiado porque as mulheres são odiadas. Antifeminismo é uma expressão direta de misoginia; é a defesa política do ódio às mulheres.
No tempo em que somos mulheres, medo é tão familiar para nós como ar. É o nosso elemento. Nós vivemos nele, nós inalamos ele, nós exalamos ele, e na maioria do tempo nós nem notamos isso. Ao invés de "Eu tenho medo", nós dizemos, "Eu não quero", ou "Eu não sei como", ou "Eu não posso".