Mulher Quente
Olhando para o céu azul em um dia quente de verão coloco em ordem minhas prioridades e conceitos , e em uma madrugada silenciosa e estrelada na qual revejo meus erros e acertos para que na manhã seguinte levante e faça do meu dia um novo recomeço .
Amor é ilusão
Um abraço,
(Dois) traço
Um quente
Outro frio.
O amor parou no tempo
Se tornou só ilusão
Tu me quebraste inteira
Ao partir meu coração.
SENDAS ...
Enfim, posso partir, já amei
O amor agradável, e quente
No agrado divinal, fremente
E, assim, então me entreguei
Dos sentimentos, nem sei
O mais envolvente, ardente
Só sei que não fui ausente
Enrabichado sempre fiquei
Hei de carregar a recordação
Toda ela no coração vivida
Se bem ou mal, foi sensação
Assim, é o meu amor na lida
De incontida e doce emoção
Versando as sendas da vida! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/04/2021, 18’33” – Araguari, MG
Não existe meio termo para mim, ou fica quente ou pega fogo! Porque meio termo não existe no meu vocabulário.
O beijo deve ser quente e molhado, com desejo e vontade, desinibido, relaxante. Deve ter gosto de quero mais...
Aparências e Nada mais!
A cerveja, a bebida quente, o cigarro, o narguilé, o casamento, a amizade entereceira, o olhar dos outros.
Deixaremos de lado o eGo aparente algum dia? Ainda aguardo o despertar da consciência dos homens.
Recordar é viver
Taças a mesa, lagosta perfeita, montanhas e o mar,
dia quente, troca de sorrisos e palavras marcantes ao sabor da boa voz e violão tocada magnificamente no ambiente,
cheiro no ar de emoção verdadeira, prazer na troca de olhares com memorias inteiras,
hoje uma costura de sentimentos, uma lembrança imune ao tempo, um dia para se comtemplar "o prazer do recordar é viver".
o seu toque, amigavelmente quente
extremamente imprudente e sem comparação
delírios extasiados, sussurros apaixonados
um inocente e puro coração
corrompido por essa maldição
Adorava o frio
Algo quente
Depois de uma tempestade
Terra no balde
Limpeza interminável
Lágrimas de felicidade
Bem-vindo a segunda casa!
Sarcasmo, ironia, piada interna
Agressão, ofensas, orgulho, amor
Levante-se e apague a luz, boa noite.
∞
FOLGUEDO DAS TREVAS
Era assim do dia do começo
Fazia-se sol, o mais quente do ano
As pessoas nas ruas, pulando e foliando
Os sons ensurdeciam os ouvidos
Os gritos eram excitantes
Não sabia aquela multidão
Que no despontar daquele dia
Viria uma penumbra que assolaria por muito tempo
Saturados pelo balsamo da folia
Tinham todos naquele dia
Um sorrido temporal
A nuvem foi se aproximando, e se aproximando...
Tudo se escureceu, e não houve chuva!
Talvez se tivesse havido, teria lavado todo o mal
Limpando aquele ritual, que espalhou sua maior mensagem
Quem ousa a decifrar tamanho encômio?
Blasfêmia proferida, donde a multidão regozijou
Castigo que lhe foi dado
Porém, muita gente pagou!
Tudo muito quente.
Computadores,
Notebooks,
Tablets,
Aquecimento total!
Baterias já não seguram carga,
mAh cada vez mais altas,
E a Poesia...
Ah, a Poesia!
Silenciosamente se esfria...
Hora do almoço?
A comida se esfria...
Não existe mais a hora.
Não tem mais brasa no fogão...
Apagou!
O microondas socorre!
Socorro!
Tanta coisa quente e tão vazia!
Tanta coisa fria!
Coração, comida, casa, companhia!
Se isso enche!??
Talvez quem sabe,
Um dia!
eu sempre quis
tudo atrasado.
sou uma pessoa que toma café frio.
refrigerante quente.
e ama um sonho.
sempre atrasada.
ou sem pressa.
Que seja amor ..que embriaga -me.. que me seja intenso, verdadeiro ..que seja ardente, quente, fogoso ..gostoso ..que seja o começo..o recomeço ...que seja o encontro..nunca a despedida ... que seja a chegada ...nunca a partida ...que seja sorrisos e não lágrimas... amor é partilha ..amor é troca , é transbordamento ...encontro de almas ..
Tempestade
Sua beleza sem perfume, seu sorriso me envolvia, seu beijo quente a alma fria.
Mas no meu peito eu te queria...
Na incerteza de meus passos, sobre a ponte da ilusão, seu olhar me penetrava bem castanho a escuridão.
Ninguém sabia da verdade, muito menos da mentira.
Você sorria algo queria se me chamasse, eu logo iria.
Cortando a vinha da cidade cinza, onde se esmaga a solidão.
Dançando com a sorte, mais rápido que a morte.
Fez da loucura o seu galope, depois sumiu na multidão.
Foi quando a carne virou pedra, e sobre a brasa se aqueceu.
A boca seca molha o bico no conhaque, no gosto forte, assim esquece esse desastre...
Felipe Almaz
No sertão
O céu sem nuvens, e lá no alto o sol quente escaldante.
Depois de muitas e várias pequenas jornadas,o caboclo sem embargo da fome e sede que
sofreram, caminhando de pés inchados, sobre um solo ardente, até chegar no terreno, que seria sua futura plantação
A cavadeira caiu de novo, cavando fundo, enquanto pela face do sertanejo duas
lágrimas desciam vagarosamente, lembrando Maria.
Houve novo silêncio.
Caía a noite.
O caboclo tomou o mourão
depositou na cova com o mesmo cuidado como se o fizesse numa cama.
No fim da tarde já quase noitezinha.
Caboclo
dirigindo-se para o rancho, pensava em Maria.
Não era, entretanto, só o sentimento de compaixão que agora oprimia a alma
generosa do caboclo.
No seu entender, parecia estar estonteado por uma coisa feita.
O lindo semblante da Maria e o seu olhar de uma doçura infinita exaltavam a
imaginação do serrano com tal intensidade que o obrigavam a evocar a lembrança
do olhar da Nossa Senhora mãe de Jesus.
Se visse de novo a Maria, pensava ele, perderia de todo a cabeça e
casar-se-ia com ela.
Como devia ser amorosa e boa! No mais, a miséria é que não a
deixava parecer mais bonita.
Quando assim meditava o caboclo, ouviu um dos seus camaradas, que voltava
da arrumação, cantar de voz solta, na toada dolente, uma canção triste que vinha do fundo do coração, eu cá fiquei a imagina, será que esse sertanejo ama igual a meu amor por Maria, ah eu duvido meu senho!!!
Amor igual o meu ninguém amara não meu senho.
Chegado ao rancho, o caboclo José não pôde cear.
Tomou apenas um golezinho de
café, acendeu um cigarro de palha, que o amigo lhe deu, e estendeu-se na velha rede.
Apesar de toda a energia
empregada para calcular os negócios, e pensar nas riquezas sertão, ali só tinha miséria, mas sonhava com um parreiral , e de repente só uma
idéia sobrenadava, a obsidiar-lhe a mente.
Maria surgia-lhe do fundo da memória,
cada vez mais formosa.
Levanta e segue, senta num banco, à beira do fogo, ralhava na violão.
Ao longe ouviam-se rezas de velório em um rancho de retirantes.
Somente pela madrugada o caboclo adormeceu.
Ao alvorecer, caboclo estava de pé.
Em tempo de verão, é a hora mais
aprazível do dia, na região das videiras.
O ar fresco e puro, o aroma silvestre e
indefinível, que se respira, restituem ao organismo combalido as energias precisas
Ao levantar-se vai ao banheiro, e sua mão trouxe-lhe água para o rosto, lavar e, após, o
Bule de café, que ele, como paulistano de gema, sorveu vagarosamente, aos
goles poupados, como pratica o experimentador de vinhos. Após o último gole,
levantou-se do banco, deixou , puxou da bainha faca,
picou fumo, que esfarinhou entre as palmas, prendendo a faca, de ponta para cima,
entre o polegar e o indicador; depois do que, apertando o fumo picado na mão
esquerda, cortou uma palha de milho e pôs-se a alisá-la, demoradamente, como que
absorvido num pensamento profundo. Não era acostumado a isso na cidade, mas fazia com fosse um cortejo religioso, para esquecer Maria que era de outro na capital.
Dominava o silêncio do ermo. Os vizinhos meio distante dali, tinham partido a campear,
desde as primeiras horas do dia.
Para caboclo e o esse silêncio era apenas interrompido pela
fervura do caldeirão da feijoada com toucinho e pernil que ali preparava p o dia de sábado.
O caboclo continuava a
meditar.
Depois de sorver algumas fumaças do cigarro, sentiu certa lassidão, que o
obrigou a sentar-se.
Quando os primeiros raios do sol iluminavam as cristas das serras do poente,
ouviu-se o som de um pássaro o inhambu e as conhecidas vibrações do solo, indicando um novo dia.
Em poucos momentos ouviram-se assobios e gritos longes, dos
camaradas, tangendo a tropa.
Depois continuo a narrativa de um homem da cidade que virou um caboclo, perdido no sertão.
Autor desconhecido
SORVETES
Te avisei que minha sobremesa favorita era bolo, com uma xícara quente de café, e você mesmo sabendo, trouxe-me sorvetes gelados e sem sabor. Não fui egoísta em esclarecer, pois, meu estômago não aceita nada frio, e você sabia disso, mesmo assim os trouxe outra vez. Por muito tempo aceitei machucar a mim mesmo a ter que recusar o teu sorvete, mas você não teve a sorte de me encontrar assim dessa vez. Machuca ver a tua indiferença, assim como me machuca ter que agir da mesma forma. Se ao menos o bolo não for trazer-me, não me venha com sorvetes gelados.
E o sol é quente, como todos os dias
e isso me faz tão em casa
O tempo se passa pela janela
e a cada metro um novo mundo
Talvez não te reconheça em uma outra outra vez
mas não há como te esquecer
Um novo caminho, andado vacilante
com novos olhares, jeito e sorrisos
Não há como não ser marcante
Conversa frívolas entre desconhecidos
que um olhar desatento acredita serem irmãos
As malas um pouco mais cheias
O coração um pouco mais preenchido
Voltamos pra casa
mas não somos os mesmos que foram
Ao amar alguém, não defina como paixão, pois está é como uma chama, quente e calorosa, porém temporária e inconstante
"Hoje, senti novamente aquela brisa quente, de verão, me açoitar a face.
Aquela brisa, que traz frescor à pele, mas o coração arde.
Aquela leve brisa, que me lembra o seu beijo, a cada fim de tarde.
Brisa leve me traz você aos pensamentos, mas a ventania, não me leva a sua saudade.
Se és tu, uma parte do meu eu, então sou só metade.
Eu tentei fazer-nos um só ser, não deu, faz parte.
Disse mil vezes ao meu eu, que é amor; ao mundo, que é só uma paixão; mas eu sei, é insanidade.
Fantasia, faz de conta, nada de realidade.
Queria seus cabelos sobre meu peito, o seu beijo em minha face.
Mas o desalento é cruel, e meu âmago é só saudade.
O culpado sou eu e minha leviandade.
Ou talvez, a culpada seja aquela brisa quente de verão, por te lembrar, ao me açoitar a face..."