Mulher poema Ventre
toma
esgota tua menina
até que não reste uma fibra
no ventre ardendo em brasa
no corpo a se apagar na treva
dois vaga lumes no pote
e o silêncio dos retratos –
bebe.
LADAINHA
Mãe do Santíssimo, ventre puríssimo,
Rogai por nós.
Mãe do rosário, amor lendário
Rogai por nós.
Mãe dos profetas, mãos tão afetas
Rogai por nós,
Mãe de Jesus, olhos na cruz
Rogai por nós
Ó Mãe do Lourdes,
De amores urdes um manto em nós!
Ó Mãe de Fátima, pedinte enfática,
Rogai por nós.
Vistas do céu, amor de mel,
Rogai por nós,
Mãe dos apóstolos, olhos a postos,
Rogai por nós
Mãe dos meninos, aves sem ninhos
Rogai por nós.
Ó Mãe das Dores, os teus amores,
São sempre nós!
Mãe dos aflitos, a quem assistes
Rogai por nós.
Ó Virgem bela, clara janela,
Rogai por nós
Mãe da esperança, nessas andanças
Chegai a nós.
Ó mãe dos velhos, belos espelhos
Rogai por nós.
Ó Mãe de Deus, nós somos teus
Filhos também,
E disso sabes, pois quantos cabem
No colo teu.
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naeno* com reservas
LADAINHA
Mãe do Santíssimo, ventre puríssimo,
Rogai por nós.
Mãe do rosário, amor lendário
Rogai por nós.
Mãe dos profetas, mãos tão afetas
Rogai por nós,
Mãe de Jesus, olhos na cruz
Rogai por nós
Ó Mãe do Lourdes,
De amores urdes um manto em nós!
Ó Mãe de Fátima, pedinte enfática,
Rogai por nós.
Vistas do céu, amor de mel,
Rogai por nós,
Mãe dos apóstolos, olhos a postos,
Rogai por nós
Mãe dos meninos, aves sem ninhos
Rogai por nós.
Ó Mãe das Dores, os teus amores,
São sempre nós!
Mãe dos aflitos, a quem assistes
Rogai por nós.
Ó Virgem bela, clara janela,
Rogai por nós
Mãe da esperança, nessas andanças
Chegai a nós.
Ó mãe dos velhos, belos espelhos
Rogai por nós.
Ó Mãe de Deus, nós somos teus
Filhos também,
E disso sabes, pois quantos cabem
No colo teu.
CORTINAS
A manhã eleva os cantos
No teu ventre, jogo flores.
Ante às cortinas de branco armadas.
Há lugares pelos caminhos
Onde se pode te esperar.
Fala-me o vento das matas
Dizendo-me que vais passar por ali.
Nas alturas se agitam ramagens
Flutua os teus lençóis cuidados,
Descobri-te há pouco, aqui.
Floram rapidamente os arvoredos
Frutifica-se em campanha, caem.
Fruto nas tuas mãos dispersas.
Surgem doces em tua boca
Teu riso da cor das nuvens
Largastes distante o tamanho.
Acatas todo o silêncio áureo
Da hora mais bela do dia.
Confundes-te com as nascentes da estrada
Declinas no empate das águas,
Conversa tempos com as nebulosas
Te entretes com o curió da mata.
Deus fez um conserto
Nas estradas pra tu andares
E ele ainda insiste fazendo.
A manhã derrama flores
No teu ventre cantam pássaros
Ante as cortinas amareladas.
Mãe,
Maior que gerar dentro do teu ventre este novo ser…
É o amor que Tu demonstras no olhar,
No jeito de amamentar,
Na forma de segurar nos teus braços,
No brigar com o mundo por teus filhos…
Na imensidão de teus abraços…
Esta és tu!
Maior que tudo que se tente imaginar!
É infinito este verbo amar
Que conjugas a cada dia…
Apesar das pirraças,
Das manhas e das tantas manhãs
De dores e preocupações, com as noitadas,
As novas namoradas e noras…
Apesar dos filhos e genros mal humorados…
Ainda assim, conjugas e repetes: Eu te amo!!!!
Por isso e por tudo mais que eu não sou capaz de dizer nestas
palavras bobas
É que os filhos aprendem a conjugar, ainda que de maneira falha
e egoísta…
Mãe, eu te amo!!!
Que possamos amar a ti como somos amados…
E que possamos passar este amor aos nossos rebentos…
MÃE
Há quem pergunte,que poderes são estes? O de trazer teu mundo num ventre?Haverá quem mais entenda o valor de um sorriso? Ou quem mais se desespere com a lágrima de um filho? Haverá,será,quem também consiga enxergar além dos olhos?Um clarear no escuro.Um estar perto,sem estar junto.O jeito de olhar que diz tudo?Existirá um perfume mais doce,uma voz mais suave,um colo mais protetor? Haverá Senhor?De todas as criações divinas,ser MÃE é a Obra Prima. Projeção do amor,encontro de duas vidas, sem data definida e nem tempo pra acabar.Ser mãe é eternizar.
"E naquele instante percebi que meu coração passava a bater fora de mim..."
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Oh Lírio Santificado,
convosco está o Senhor!
Deste Ventre Imaculado
nascerá O Sol do Amor.
Alegrai-vos, Graça Plena,
por toda vida fiel!
Escutai-me, serena:
sou de Deus, sou Gabriel.
Virginíssima Maria,
no solo de Nazaré!
Não tenhais medo: confia.
A Luz reinará na fé.
Sou de Deus o enviado
para honrar-Vos, Bendita.
em Vós, O Bem aguardado
vencerá a maldade aflita.
Bendito seja este Fruto
gerador de toda Luz:
poreis nEle o nome augusto
de santíssimo Jesus.
Sobre Vós dos Céus Rainha
descerá o Espírito Santo:
toda ventura caminha
ao seu louvor sacrossanto.
Por mais um pouco, descansa.
Cessa a noite, vem o dia:
toda glória da esperança
palpita em vós, ó Maria.
com a pleníssima aurora
da divina anunciação,
sois Santíssima Senhora -
Senhora da Conceição.
Nasci daquele ventre que hoje me aprisiona,
Sou teu sangue e não propriedade,
Isso não é amor, é controle,
Sou ser humano,
Não marionete,
Eu te falo sobre os segredos do Universo,
Te falo, sobre tudo que aprendi e desaprendi,
Através de dor, culpa, medo, erros,
Esses que mesmo cega enxergo de alma,
Mas, tu não vê os seus,
Se acomoda ao dizer que assim viveu,
50 anos,
Mas, ainda não aprendeu que a vida é sobre evolução,
Sem calma luto contra meus instintos,
Terapia, pra curar o karma,
O sofrimento faz parte,
A fé que você me impõe,
Entope meu estômago e garganta,
O Jesus que conheço não é mercadoria barata para que tu me empurre.
Grata sou,
Mas, só o exterior não me basta,
Hoje sou filha, em outras vidas, talvez fui sua mãe,
O respeito deve imperar,
O tempo é segredo,
Assim como a vida,
Por isso não mato nem os insetos,
Mas, você não está preparada para essa conversa né...
Mãe.
Um engasgo,
Assim como o pai,
Que não me procura,
Não me vê e não quer atrapalhar,
Visto que a ausência já é atrapalho.
Por isso, hoje esse desabafo,
De pai e mãe, porque segundo eles,
Ninguém mais me ama,
Tornaram o próprio amor genitor,
De acidente...
Mas, não deixam de ser genitores...
Em ódio entre si,
E me reverberam dizendo que ninguém me ama como vocês...
Mas, vocês mesmo não se amam.
JOVEM! NÃO FAÇA MAL A NINGUÉM!
Quando você era feto no ventre da tua mãe, não tinha força para fazer mal a alguém!
Eventualmente, quando você for velho com cento e vinte anos de idade, não terá força para fazer mal a alguém!
Então, não será irracional a tua preferência de lhe fazer mal?
Contudo, ele prefere não te retribuir por mal nem fazer mal a ninguém, apesar de ser também jovem com vigor físico!
Mãe,
§
Que nos guarda em seu ventre e nos protege do mundo.
Nos traz à vida e nos oferece braços de amor
Mãe, maravilhosa criatura
Que nos ampara em todos os momentos
E mesmo em sua ausência ou lembrança
Sempre nos faz reviver e nos mostra
Que não estamos sozinhos
§
Feliz dia das Mães.
Retrato de Erica
Nasceste do ventre da vida,
Como a Frida Khalo
Cores rebentam sobre ti
Um delicioso regalo.
Sonhas ir a paris
Beber o teu café sem açúcar.
Aproveitas e vais à Holanda
ver os campos de tulipas,
Com esse teu cabelo ruivo
Que faz mover as tuas pupilas.
Ventre do Sentir
Não fiquei a colher a flor,
desnuda entrega de tua voz.
Adentrei-me, avesso ao passageiro.
Desejei-me morada em tua raiz.
Quis ser lamparina,
respiro brotado por entre tuas mãos
no pulsar candente de tuas veias:
- Eis-me: Habitado pelo ventre do teu sentir
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
enquanto do meu ventre
gritam araras
em agonia
No lagar da morte
aprecia-se o vinho
enquanto gemem os dias
absurdamente iguais
mordendo pétalas,
as mais belas.
Nasce-me dos olhos
a fome com rosto de meninos
mas é em becos sorridentes
onde meu fado habita
que a morte se esgueira
expande, agiganta-se
num leito de beijos.
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
mas é na face uterina da noite
que se incendeiam os dias
e nessa luz imensa
acalma-se a agonia
deste meu ventre de pranto
PARTO
Do aconchego de um ventre
Nasceu em meio a seus medos
Com sua tarefa ingente
De os transformar em sossego
Foi essa sina premente
A que gestou este Alfredo.
O anúncio a chegada:
Um céu pintado de azul
O meu eu e o tu
O amor e amada
Em um ventre a morada
E logo verá lindo céu
Fará da vida um papel
Pintando seu lindo destino
Será um Homem o menino
É um menino, é Samuel.
Uma nação cujo ventre nasce nações no propôsito de Deus, é uma mãe que passa de dores de parto para nascer os filhos.
E Uma nação que aos olhos de Deus é celeira das outras, foi predestinada por Ele para alimentar as outras.
🌹🤍
Elves Psuta
O PÓS E O PRÉ
Lembro-me ainda de quando era velho
A cair de podre.
O ventre saído desmesurado
Expelido
Inchado
Como que a rebentar
A bomba fatal
Tal odre
Que estoura
Em excessos
Possessos
De processos
De químicas
De álcool com salmoura.
Menino, agora, já sou outra vez.
Com pés a caminho da cova,
Voltarei ao pó
Pó, pó, pó, pó
E cinza adubada.
Vou tornar a ser
Um novo ser
A nascer,
Não demora nada.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 22-04-2023)
Temos o mesmo percurso e formação, ainda no primeiro dia no ventre de nossa mãe. Não importa se é rico, pobre, branco, negro, nacionalidade ou defeitos.
Antes de qualquer vestígio da sua existência e a criação de qualquer coisa sobre a face da terra.
Deus já te conhecia e sabia que era necessário você vir ao mundo para preencher as nossas vidas com a sua presença e importância.
Morte
Fui despejado no mundo Quando saí do ventre de minha mãe
Desde esse momento luto na incerteza
Do que do amanhã me vem
Caminho em frente, sem regresso.
Rumo à meta, rumo ao fim
Em voltar às vezes penso
Mas ela espera por mim!
EC.