Mulher Infeliz
Infeliz despedida.
A chuva castiga, o frio maltata. Mas a solidão me aterriza, me faz manter os pés no chão, independentemente do que vier agora, é disso que preciso.
Meu celular está quase sem bateria, agora não saber teu número decorado bastaria, mas não basta, porque aprendi, assim como a aceitar tudo que vinha de você, aprendi a prever suas palavras, atitudes, seus passos. Aprendi que você pisca rápido os olhos quando está nervoso, que dá um riso escandaloso quando está sendo sarcástico, que mexe no celular quando quer evitar contato visual, que a tua calma sempre esconde algo, que não deixa ninguém te ver por inteiro, que estraga qualquer iminente preocupação dos outros ao teu respeito e que morre engasgado com tudo que não diz, porque pra você, é sempre melhor mostrar que não se importa.
Mais cômodo, talvez, mas não melhor. Não pra mim, nem pra você. Toda essa comodidade juntou-se a um contexto amplamente caótico de minha vida, que juntou com tua ausência, com nossas perspectivas abertamente opostas e com tudo que você projetava em mim. Nós fomos dois covardes por aceitar sem lutar, logo a gente que sempre foi tão de luta...
Meu relógio marca 3:00 da manhã. Dizem que é a hora dos demônios, talvez seja, mas não dos meus. Regularmente eles passeiam fora de hora por esses tantos caminhos tortuosos. Daria meu rim por um cigarro agora, ou por qualquer droga que me anestesiasse e me mantivesse bem longe de tudo isso que eu não sei sentir.
Acho que quero beber. Acho não, eu quero! Se bem que eu nunca consegui... paciência! Horas de desespero... (complete a frase). Vou até a conveniência da esquina ver se encontro alguma coisa forte.
Voltei com o whisky mais vagabundo que encontrei. Menos mal, o efeito vem mais rápido. A atendente da loja me olhou com pena e eu até entendi. Não consigo nem dizer qual das duas reações mais me impressionou. Estou de jeans rasgados, manga longa, Havaianas e na chuva... estranho seria se ela me achasse normal. Acho que sou realmente muito exposta.
Tenho um cigarro entre os lábios, conduzindo-o com meus dedos em V. Que representativo, né? O símbolo da paz, a paz que só tenho encontrado nessas circunstâncias. Enfim, servi a primeira dose, tô analisando o copo a uns 15 minutos e meu estômago já tá se revirando. Eu odeio beber, sempre odiei, mas é preciso. Engoli tudo, e desceu queimando além do esperado. Sinto minha garganta arder pela exposição, mas o efeito foi bom, até consegui te esquecer por uns minutos. Acho que vou repetir, na verdade, acho que tenho por obrigação repetir isso. Tomei mais alguns copos, sempre os batendo na mesa, e a cada novo golpe, ele se desgasta, mais e mais. Acabou rachando, me veio à mente uma analogia bem interessante, algum palpite? Uma dica, é bem clichê. Acertou quem disse que é meu coração. Mas a culpa é minha. Bati o copo na mesa e insisti nessa droga de relação. É compreensível estar nessa situação agora, a culpa é minha por não perceber o óbvio, mas quer saber? Que se foda essa compostura infundada.
Um bom jazz está tocando em meu notebook, mas o som agora parece tão distante. Já nem sei diferenciar o real do imaginário, a linha ficou tênue demais, parece uma corda bamba sobre a qual venho me equilibrando a um certo tempo, e agora eu caí. A melhor parte foi quem estava lá pra me segurar, isso mesmo, ninguém.
Sinto tua falta, mas sinto falta das viagens de moto com meu pai, sinto falta do meu ex (presidente), sinto falta de muita coisa que nunca mais será minha, senti falta de escrever, e cá estou, bem como senti falta de fumar a um tempo (felizmente isso estava ao meu alcance). Pra resumir e deixar desse mimimi, é, isso eu também vou superar, a gente vai. Faço muito drama né? Eu sei. Mas não escrevi nada disso com a intenção de te mandar, então se acontecer, é porque já estou bem bêbada (e qual é, você me conhece. Sabe que sou fraca com bebida). De qualquer forma, se acontecer, saiba o quanto você é importante. Minha mente tá um caos, tô virando uma bomba relógio a ponto de explodir, sua obrigação moral é se afastar. No mais, és um babaca.
Thaylla Ferreira Cavalcante
O mal é o oposto do bem. O bem é tudo que me faz feliz e o mal é tudo que me faz infeliz.
Então concluo que o egocentrismo é a grande mazela do mundo.
SEJA FELIZ
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Ninguém fica
feliz
ou infeliz...
mas alegre ou triste.
Segundo a voz
do que me diz
pra ir com fé:
alegre ou triste
a gente fica.
Feliz ou não,
a gente é.
Infeliz a nação que precisa de leis para seus cidadãos fazerem o que desde sempre já deveriam estar fazendo.
A principal característica do infeliz é que ele cuida demais da vida alheia,
A razão da felicidade interior ela é divina e desprezada pelo mundo
( Jesus Cristo )
@LsPastor
Ninguém muda ninguém! As pessoas mudam quando querem!
Temos a infeliz mania de querer mudar os outros, desejamos transformá-los segundo o nosso gosto.
Pretendemos que as pessoas se modifiquem à nossa maneira, e sabemos que não é assim.
Mudanças são necessárias, porém não podem e não devem ser forçadas. Cada um tem seu próprio tempo e seu ritmo evolutivo, ninguém é lagarta para passar pela metamorfose de virar borboleta de repente.
Não adianta insistir, não podemos suprir os anseios do outro. As pessoas mudam quando querem, por vontade própria, nunca coagidas por ninguém, portanto é bom se conscientizar de que é totalmente impossível para nós coagi-las, ao invés disso, mudemos nós a nossa postura, tornando-nos seres humanos de melhor qualidade.
Abandonemos a ilusão de fugir do óbvio por fantasia. A vida é obra pessoal e intransferível da nossa responsabilidade, saiamos da vitimização, da terceirização de culpas. Não coloquemos o peso das consequências resultantes dos nossos erros em ombros alheios, cada um responde pelos seus atos, assumamos os fatos, na certeza de que é impossível burlar as Leis Divinas.
Nós sempre desejamos culpar alguém por nossos erros, não temos coragem de assumi-los e por isso achamos mais fácil responsabilizar alguém, sem nem ao menos refletir na repercussão que os mesmos podem acarretar a quem os imputamos. Via de regra, esquecemos da lei do retorno; dela ninguém escapa. Pode não ser rápido mas é certo: um dia vamos receber de volta tudo que fizermos de bom ou de ruim, então, para que tumultuar mais ainda a nossa vida?
Por que querer mudar as pessoas a todo custo?
E o pior, por que acusamos os outros injustamente ao invés de assumir o que fazemos de errado? O ser humano em sua grande maioria só pensa no hoje, no presente, esquece que o futuro é imprevisível demais, ninguém sabe o que nos está reservado amanhã; não sabemos sequer se teremos um amanhã.
Se fossemos mais ponderados, sofreríamos menos. Então, sejamos mais responsáveis, sensatos e nunca queiramos impor a ninguém aquilo que nós nunca fomos e nem pensamos ser. Infelizmente, as pessoas andam muito egoístas, egocêntricas em excesso, o poder sobe às cabeças e acham que o mundo gira ao seu entorno, que podem dispor da vida alheia o quanto quiserem. Julgam-se poderosas e donas da verdade, acham-se acima do bem e do mal, quando sabemos, na realidade, que não é bem assim que as coisas funcionam. Rico, pobre, preto, amarelo, branco, importantes, simples, todos nós habitamos o mesmo planeta e estamos submetidos às mesmas leis universais. Aos olhos de Deus, não há distinção de nada. Somos todos iguais e um dia partiremos daqui sem nada levarmos, a não ser as boas ações que praticamos.
Sejamos mais justos e procuremos fazer todo o bem que estiver ao nosso alcance. Pensemos nisso!
Quem precisa de pouco é tão infeliz quanto quem precisa muito. A quantidade do extravasar só depende da quantidade depositada, não do tamanho do balde.
Certa vez li que se uma pessoa não sabe o que a faz infeliz, não pode saber o que a faz feliz.
Então comecei a pensar na possibilidade de que talvez ainda não saiba o que é felicidade ou infelicidade.