Mulher Certa

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''Vilão''
Certa vez um grande advogado me disse: ‘Olha, se você for participar de um filme grande, e isso pode acontecer, seja o vilão – porque automaticamente você será o coprotagonista, e as pessoas sempre lembram do herói e do vilão.

Tenho medo de dizer que eles estão errados e que eu estou certa. Quem sou eu além de uma escrava? Como posso explicar que sou a única livre, e que são eles os cativos?

COMECEI A GOSTAR MAIS DE MIM quando certa vez acordei, me olhei no espelho e já não era mais a mesma pessoa, eu havia me abandonado. As marcas de expressão me avisaram que deveria me priorizar.
Comecei a gostar de mim quando amigos me abandonaram uma vez que minhas prioridades haviam mudado com a chegada da maturidade, e estas não mais eram convenientes a eles. Desde então confio somente no Sagrado.
Comecei a gostar de mim quando parei de escutar as mentiras ditas pela minha voz interior e estas só serviam para massacrar minha autoestima.
Comecei a gostar de mim quando tomei as rédeas da minha vida, me tornei mais mulher, mais bonita, autêntica, sincera, sem me preocupar com o que o mundo dita como regra.
Comecei a gostar de mim quando senti meu coração disparar de alegria ao assistir as ondas do mar baterem nas pedras, mostrando a grandeza e beleza da criação.
Comecei a gostar de mim quando me peguei sensível ao perfume das flores. A delicadeza de suas pétalas me mostraram o quanto a vida é efêmera e preciso viver cada minuto como se fosse o último. Chega de não florir e machucar-me com espinhos que eu mesma criei.
Comecei a gostar de mim quando ouvi Jura Secreta, e chorei convulsivamente. Eu deveria ter roubado o beijo que tanto ansiei, deveria ter jurado secretamente e causado a briga que pesava em minha alma sedenta de afeto.
Comecei a gostar de mim quando desvendei que o meu amor próprio é indeclinável, só assim conseguirei compartilha-lo.
Comecei a gostar de mim quando em meio aos meus fracassos ouvi a voz de Deus e nela não havia condenação alguma, só um doce amor me dizendo que poderia recomeçar tudo de novo quantas vezes fossem necessárias, e que nunca estaria só.
Comecei a gostar mais de mim quando compreendi todas estas coisas e muitas outras que estou desvendando conforme percorro a jornada incrível da minha existência.
Hoje gosto mais de mim apenas por mim!

Eu acredito na felicidade. Só não estou certa de que o amor vai te levar até ela.

Certa vez me disse um amigo:
Não existem mulheres difíceis...e completou...
existem as que possuem caráter, dignidade, personalidade e que se valorizam.
As que não possuem nada disso, não valem a pena.
SIMPLES ASSIM.

A pessoa certa nos surpreenderá. Valorizará sem precisar perder. Terá o prazer de se doar, realizará os desejos bobos e fundamentais de toda mulher. Quando a pessoa certa chegar.

Certa vez ouvir dizer que uma pessoa adoeceu por beber vinho demasiadamente.
Será possível o sangue das pessoas virarem vinagre?

De desculpa em desculpa
descubro que estou certa.

Culpado! Não sei muito sobre ser culpado...
desconheço o significado.
Não conheço sequer sinônimos distanciados.

Em desculpar, ao contrário, conheço os milhares de sentimentos que envolvem cada momento.
Meu vocabulário é imenso.
Não preciso sequer pensar um momento.
Desculpo no momento em que os olhos do culpado pousam em mim.
Desculpo... sempre desculpo, sim!

Joyce

Uma certa vez você tirou minha dor,
Me entregou o teu calor,
Uma vez me disseste que haveria dias melhores,
De que não seria mais piores,
A dias que eu agradeço por você estar aqui,
Só você me faz sorrir,
Também me faz pensar,
Que eu deveria te amar,
Não prometo te fazer sorrir,
Nem te fazer feliz,
Comigo não haverá dias ruins,
E o amor não haverá fim

Certa vez você me disse
Não sei o que seria de mim sem você.
Hoje você se vira sem que EU esteja ao seu lado
Hoje você tropeça e cai de cara no chão
Sem que EU consiga te segurar a tempo
Hoje você tenta curar as feridas sozinha
Tenta curar sem que EU esteja passando a pomada ou assoprando se estiver ardendo
Hoje você chora e sofre em silêncio
Pois sabe que se estivesses ao seu lado
Nada disso aconteceria
Não iria chorar por quebrar a cara novamente
Não iria novamente se perguntar, onde você errou
Não iria chorar por amor, sem amar
Poderias estar comigo e não me amar
Mais, ao menos teria a certeza de uma coisa
De que EU jamais iria te fazer chorar!

A incerteza paralisa. A prudência é reflexão e ação no momento certo e na forma certa.

De certa maneira, tudo o que fazemos age ou reage de alguma forma para que algo aconteça. (...) É preciso movimentar, refazer, recomeçar, reorganizar, bagunçar para depois arrumar, desmontar para depois construir outra vez.

Precisamos aprender a falar para as pessoas certas, na hora certa e da forma certa. Seguir essas orientações nos preservarão de muitas situações difíceis.

As vezes pelo simples fato de você não saber valorizar as pessoas na hora certa, você acaba perdendo e querendo dá valor na hora errada.

Certa vez, vi um homem morto. Ele não parecia estar morto, fazia todas as coisas que um vivo faz. Trabalhava, ria, brincava, estudava...
Mas ele só estava vivo por fora, e isso era agonizante de se observar.

A matemática não está certa. No amor, duas paralelas se encontram onde tem que se encontrar.

“Nem muito, nem pouco, mas na medida certa é que devemos dar amor!”

Já estive tão certa na vida. Que hoje fico feliz quando descubro estar errada.

Negociar é persuadir, é influenciar, é convencer, mas principalmente é saber a hora certa de ceder.

O cerrado pede socorro

O cerrado é árido é dissonante numa certa harmonia
Te engole os olhos com a boca ávida de melancolia

O cerrado é plano por todo lado, torto e desencontrado
Neste desajeito pedregoso, espinhado, o êxtase é espetado

Cerrado ao longe provoca ilusão, maravilha o sol e escorre o calor
Tuas árvores e teu desencanto trás encanto e é sedutor

Cerrado de vasqueira água, fica deitado no lençol aquífero
Nestes poros transbordam renascimento e galhos frutíferos

Cerrado espesso, pele grossa e contradição
O homem e sua cruel mão, pinta na terra a tela da devastação

Destes campos velhorro
O cerrado pede socorro!

Cerrado não é cidade
É patrimônio da humanidade.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/042016 – Cerrado goiano