Mulher Bandida

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Mulher bandida não destrói corações... ela rouba... só pra ver o cara implorar devolução...

Quem disse que o crime não compensa, nunca imaginou o q se passa na mente de uma mulher Bandida!

A mulher quando é bandida não endireita nem morta, é igual lenha de brauna depois de queimada até a cinza é torta.

Sou tão impulsiva e tão pé no chão...sou tão mocinha e tão bandida... sou tão menina e tão mulher...Tão dona do meu nariz e tão insegura...sou uma doce e estranha criatura!

Inserida por MellGlitter

Mulher abra os olhos! O assunto e sobre nós!


“Safada, cachorra, bandida.
Dá o fora da minha vida, antes que eu perca a cabeça e te encha de tapa agora.
“Suas roupas põe na mala, não me encoste e nem me fala, tô louco pra te pegar.”
(Guilherme e Santiago)

É estarrecedor e chocante, como a imagem da mulher é banalizada e minimizada em certas letras de música, pior ainda quando a própria mulher, divulga, canta e dança ao ritmo dessas músicas. ´
Será que isso é por causa do embalo do ritmo ou pela beleza do cantor?
Motivos não faltam, contudo desculpas não justificam tamanha ignorância para que as músicas com palavras de duplo sentido façam tanto sucesso atualmente.
Outros dizem que é para descontrair, que as coisas precisam ser tratadas com menos seriedade, que não tem nada a ver, é só uma música, só um pancadão, o que isso tem demais?
Outros ainda dizem que a maldade está na cabeça de quem ouve......
Mas é bom lembrar que o que pra muita gente serviria apenas para aliviar o stress ou ficar um pouquinho mais animado, pode com certeza ter um conteúdo muito mais sério do que se pensa.
Para as mulheres é ainda mais importante saber das ambiguidades destas palavras, isso porque na maioria das vezes o duplo sentido das palavras, inserido nas músicas, está diretamente relacionado a elas.
E seja no ritmo que for (sertanejo, funk, forró, pagode, pop rock, ou axé), a mulher está sendo menosprezada, e diminuída.
Não que eu seja contrária à música, muito pelo contrário, vale a pena lembrar que a música faz parte de nosso cotidiano, de nossa história e de nossa vida, estou apenas alertando e dizendo que nós, mulheres, temos que deixar de ser coniventes.
É preciso ver além, ler nas entrelinhas. A mulher não precisa ser tratada como objeto, como mercadoria, como um pedaço de carne disputado no açougue.
Infelizmente, na sua maioria é a própria mulher que divulga essa cultura, sem se quer perceber, ou talvez perceba, mas não se importa, ou não se dá conta de que essas ambiguidades são colocadas de maneira proposital pelos autores.
Ou seja, deste modo surge o duplo sentido por isso, antes de sair cantando ou dançando qualquer música é bom que seja visto sua letra, afinal cantar e dançar podem sinalizar que você concorde com o duplo sentido das palavras que foram colocadas mesmo que elas denigram alguém ou algo.
Embora nem sempre as pessoas estão preocupadas, mas conhecer bem o sentido do que está lendo, cantando, dançando, ensinando e divulgando é essencial para a construção da ideia daquilo que foi passado, aprendido e assimilado.

Inserida por marcelo-martins