Muita Treta
Eu somente kamorreio (batalho) pra garantir a lei e a ordem. Qualquer treta fora disso, eu tô fora!
A RELIGIÃO E A CIÊNCIA
A religião e a ciência tiveram uma treta,
Discutiram-se bravamente qual delas era a mais perfeita.
A razão foi por elas eleita,
Para dirimir a dúvida a sua decisão seria aceita.
A fé discordou, dizendo desta feita,
Que sua opinião seria a mais perfeita.
Alegou na explanação de sua fala,
Que a ciência sem Deus seria uma obra suspeita.
A razão exclamou!
Ambas, tem suas virtudes. O que faltou em uma, na outra somou.
A ciência tem a cura que vem da inteligência humana,
A inteligência vem de Deus. Veja só que bacana!
A religião pode não curar, mas acalenta a alma,
Ajusta o espírito e o faz caminhar com calma.
Enquanto uma busca a saúde e a cura da doença,
A outra apazigua a alma, na oração e na sua crença.
Religião e Ciências caminham de mãos dadas,
São filhas do mesmo Deus. Por isto estão amparadas.
Precisam estar unidas, nunca separadas,
O homem precisa das duas, juntas e misturadas.
Élcio José Martins
A BALA E A CANETA
A bala e a caneta
Tiveram uma treta,
Qual seria perfeita?
Qual seria careta?
A caneta fez sua graça,
Mostrando sua raça,
Como espingarda na caça,
Nenhum bicho faz pirraça.
Assino cartas e ofícios,
Faço prédios e edifícios.
Certidões de nascimento,
Diplomas e casamentos.
Solto e prendo,
Nunca me arrependo.
Receito e referendo,
Sei de cor o que estou fazendo.
Já assinei casamentos e divórcios secretos,
Medidas provisórias e decretos.
Faço a paz e a guerra,
É Deus no céu e eu aqui na terra.
Não importa a minha cor,
Mas a azul é predileta.
Não importa a roupagem,
O que importa é a mensagem.
Já escrevi o amor,
Já relatei o terror.
Estou na mão do professor,
Às vezes, na mão do delator.
Oh! Bala melosa,
Não venha com chorumelas,
Nem precisa acender velas,
É pudica e atrapalhada,
Anda sempre embrulhada.
Até agora fiquei calada,
Aguardei quieta sem dizer nada.
Sou bala doce e desejada,
Só ando na cor da moda.
Meus sabores se multiplicam,
Me derreto a quem me quer.
Sei que todos se deliciam,
Tenho o sabor que você quiser.
Entenda! Sou diferente.
Tenho o amor que vem na frente.
Mas a bala que sai da sua ponta,
É afiada, amolada e afronta.
Sua bala é criminosa,
Mata velhos e crianças.
Destrói a paz e a esperança,
O seu crime não tem fiança.
Sua bala é certeira,
Dissipa uma família inteira.
A mão que dispara o gatilho do desamor,
Tem por trás, um coração sem amor.
Élcio José Martins
Receita para uma boa treta:
1 – O casal briga.
2 – Uma das partes, deselegantemente, resolve lhe contar detalhes, expondo uma intimidade que deveria ser apenas do casal.
3 – Você, querendo ser o salvador do mundo, entra no meio e toma partido.
4 – O casal faz as pazes.
5 – O casal fica com ódio mortal de você, porque foi intrometido.
Ponto final.
Pois é
já tive monaretta
sou do tempo que briga era treta
já fui em mattineê
já fui jovem como você
andava de Barra Forte
cruzava a cidade de sul à norte
joguei pelada
brinquei na enxurrada
andava descalço
brincava no mato
já tive pintinho e
porquinho da índia
já almocei na vizinha
roubava fruta
laranja manga
nunca usei drogas
sou de uma época
que isso era prosa
colhi mamona
vendi jornal
não fui engraxate
mas fiz todo tipo de mascate
sou orgulhoso
não me envergonho de nada
a vida não era fácil
era um empreendimento da pesada
já usei boca-sino
já fui menino
não fui coroinha algum dia quem sabe
mas minha mãe queria
que um dia eu fosse padre.
Caso fosse, apenas saudade e vontade eu superava!
A treta é quê?
O seu gosto não sai da minha boca.
Passo a língua nos meus lábios, sinto o teu sabor e o meu corpo inteiro treme.
Pelo andar da carruagem?
Você só pode ser viciante, isso que estou sentindo?
São os primeiros sintomas de abstinência.
Está aí uma dependência que eu estou amando ter.
Você...
TMJ
De quatro, de zinco,
De teto, de teta,
De trêta, de grêta,
De méta, de mêta,
De meia, sem meia
Com nove, com nova,
Com muita vontade...
EPA EPA EPA
Epa epa epa epa!
Pouco se liga para a letra
Mais preocupados com a treta
Nova atenção é o que interessa
Pouca curtida já estressa
Porque pra ser legal à beça
Tem que vestir a nova beca
Que te transforma num babaca!
Lembro bem onde eu estava na treta de 11/09/2001.
Breve perguntarão no planeta:
“ - Onde você estava no maravilhoso 1º/01/2023”?
“- Eu estava abraçado à alegria”.
A BALA E A CANETA
A bala e a caneta tiveram uma treta.
Queriam saber:
Qual seria a perfeita e qual seria a careta.
- A caneta fez sua graça, mostrando sua raça,
Como espingarda na caça, nenhum bicho faz pirraça.
A CANETA:
“Assino cartas e ofícios, faço prédios e edifícios.
Registro nascimentos, diplomas e casamentos.
Solto e prendo e nunca me arrependo.
Receito, referendo, sei de cor o que estou fazendo.
Já assinei casamentos e divórcios secretos,
Centenas de medidas provisórias e decretos.
Faço a paz e a guerra!
É Deus no céu e eu aqui na terra...
Não importa a minha cor, mas a azul é a predileta.
Não importa a roupagem, o que importa é a mensagem.
Já escrevi o amor, já relatei o terror.
Estou na mão do padre e do professor,
Mas, muitas vezes, na mão do facínora, do delator e do Ditador.
Oh! Bala melosa, não venha com chorumelas,
Nem precisa acender velas.
É pudica, atrapalhada e vive sempre embrulhada, ”
A BALA DOCE:
A caneta, calma até agora, resolve falar:
“Até agora fiquei calada, aguardei quieta, sem dizer nada.
Sou bala doce, desejada e só ando na cor da moda.
Meus sabores se multiplicam, derreto-me toda por quem me quer.
Todos gostam de mim, sabor café, hortelã, cereja, mel, como quiser!...
Entenda! Sou diferente!
Minha única exigência, após saboreá-la, é escovar o dente.
A BALA DO MAL:
A bala que sai da sua ponta é certeira
Sua bala pode até cumprir a Lei, até cumprir a ordem de alguém,
Sua bala carrega em seus rastros, máculas irreparáveis.
Cumpre o seu dever, mas, por vezes, é danosa.
Prende o moço, aposenta o velho e tira o futuro da criança...
Destrói a paz e a esperança, o seu crime não tem fiança...
Sua bala é certeira, pode dissipar uma família inteira.
A mão que dispara o gatilho do desamor, tem por trás,
Uma alma e um coração sem amor.”
Élcio José Martins
A GENTE FICA
A gente fica cauteloso,
Contando os dias
Que já se foram.
A gente fica medroso
Esperando o que
Não se sabe que se vem.
A gente fica nostálgico
Curtindo saudades...
E revivendo lembranças.
A gente vive e fica melhor
Sorrindo, correndo...
Celebrando a existência!
BATALHAS
Eu travo minhas batalhas,
Grandes batalhas todos os dias.
Eu quero ir ali, ali na esquina.
Ir perto daqui e voltar...
Voltar ao meu lugar.
Eu vou, mas me persegue uma sensação triste;
Aquela persistente sensação que talvez não retorne.
Penso que se tiver sorte....
Não encontro com a morte,
Um encontro que não marquei.
Mas, talvez inerte volte sem saber o que aconteceu.
Difícil jeito de viver!
Enquanto uns faz cara feia
eu vou vivendo,aprendendo
no meu próprio seguimento
a poesia que fiz
pra hipocrisia que diz
oque quer de bobeira
''ces'' acha ''memo'' que eu vim de brincadeira?
Eu vou correr mais um pouco,
contar os calos nos dedos,
mostrar que esse enredo,
marca o começo e o preço de tudo
é muito claro,todo dom é raro
se quiser sobressair nessa maré
vai ter que pagar caro (...)
(Nonato - Mil Treta)
A internet é uma terra estranha onde seres que nunca leram um livro na vida são extremamente capazes de opinar sobre tudo.