Mudo
Longe de casa
Seguindo esta autoestrada
Mudo o destino se preciso for
Só para poder contemplar a cor dos teus olhos novamente
Quem diria que um dia eu fui forte?
Se as minhas ruínas podem ser vistas há distância
Eu relembro as glórias do passado
Pq aquilo que me foi tirado não passou de frustração
Em sentido contrário meu coração vagou
Em momento algum eu fui fraco
Nem mesmo o sol pude me alcançar
Ainda que eu tivesse sorte desta vez
O sangue não nos molhou
As minhas lágrimas secaram com o vento em meu rosto
Talvez eu fosse o lobo solitário, sem uma alcateia
Eu segui sem rumo, sem direção, mas com um objetivo em mente
Um dia mudo a poesia não cala
Ela é assim.
Alegoria sem fim.
Poesia inquieta.
Sempre repleta.
Fala se da amada.
Da vida conturbada.
Fala se esporte e carnavais.
Política e seus currais.
E quando o dia se cala.
Lá vem ela toda prosa.
Rima e fala.
Mais um filme com pipoca.
Mais um crime dessa sociedade torta.
O funeral emblemático da profecia.
O povo que sofre todo dia.
Também a nostalgia.
Criança de outro dia.
Tudo bem, tudo não.
Uma risada, um beijo na aflição.
Tristonho cenário animador.
Em época de caos.
Talvez se conheça o amor.
Ou se conforma com a dor.
Giovane Silva Santos
TEMPO PRIMAVERIL
Num tempo de primavera
Que aquece mudo a florir
Florescem lindas e belas rosas
São pálpebras saltitantes
Que bailam na brisa viçosa
Num regaço de uma rainha
Dum tempo de florir rosas
E quando eu morrer
Planta o que fui hoje
Ou terei sido ontem
Na escarpa de uma fraga
Em reminiscência quase apagada
Que eu irei florir em ti
A caminho do céu
Na dimensão oculta do mundo
Transmuto de cor a cada hora
Transformo o tom a cada falada
Mudo de rota pela décima passada
Quem diria ser assim, nada para cima.
Mesmo mudando o pensar
Lembrando em falar
Das coisas que nunca me fez aliviar
Para que no fim pare o calejar.
"Pelo que eu vejo no dia-a-dia, mais eu mudo minha rotina,
Pois todas as Vidas perto da minha envolvidas,
Querem se aproveitar da minha Paz e me deixam sem saída,
É que não hora de me pagarem com Amor, vão embora e eu fico apenas com as feridas."
Se quero não, eu mudo a direção!
Se procissão, eu vou na contramão!
Se batidão, eu desco até o chão!
Se der paixão, se entrega, coração!
Emudecer
Emudece a voz
Para de ouvir o mundo
Para usufruir de ser
capaz de mudo
ser todo o silêncio.
Quando a chuva cai
Me riacho, me lagoa.
Me sol, nuvem, ainda chove.
Me silêncio, mudo, quando me barulham.
Me ensurdeço o grito, quando a alma grita.
Transpareço triste, me enxugo e cubro lençol, mesa vazia.
Me calor quando viro flor,
me frio quando ninguém viu.
Me esquento quando te sorrio,
me esfrio quanto tu partiu.
Me só quando tu só ia,
me lá para tu voltar.
Me fico para ti morar.
‘Sou assim e não mudo’ é um dos maiores e mais graves atestados de ausência de inteligência emocional, e um dos maiores sabotadores de felicidade do ser humano.
A boa arte é atemporal, comunica se em um dialogo mudo com o espectador infinitamente e de uma forma diferente, toda vez que ele com novos olhos, a vê.
Soneto mudo
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Sou canceriano, sou carente, sou intenso, sou chorão, teatral.
Mudo repentinamente de humor, é normal...
Sou canceriano tão dramático.
Sou canceriano, na verdade um eterno apaixonado...
Cale-se mundo.
Deixe me a só com meu mundinho.
Um mundo mudo pra mudar.
Pois no silêncio somos capazes de escutar.
Em cada mundo um coração.
Em cada coração uma canção.
Em cada canção uma emoção.
Nesse silêncio, ainda podemos escutar.
“O escritador “
Escrever é riscar o nada com o tudo/
É derramar-se em choro mudo/
É encher com ódio poço fundo/
Escrever é jogar com a morte/
E labirintar-se em sorte/
É com um corte certeiro/
Fazer do coração cativeiro/
Para um sofrer insistente/
É fazer o amar insolvente /
É tornar-se indigente /
Do ensejo iminente /
É em papel devoluto, que perpetua sofrer /
Num torrão de barro e suor/
Fazer esperança reverdecer/
É flagelar-se em ferrugem e concreto /
Asfixiar a nostalgia a passo discreto/
São cordas que enforcam copiosamente o futuro/
Transcrito em duvidas suspensas ao muro /
São palavras da jornada num caminhar torto/
Da imprevisão de um futuro natimorto/
É com golpe engessado de desencanto/
Municiar o peito com fúnebre manto/
Eu mudo meu cabelo..
Mudo a minha maquiagem..
Mudo meu estilo de roupa...
Mudo de endereço, de humor..
Mudo até de namorado...
Só não mudo uma coisa...
Honestidade e caráter..
Isso meu bem... vem de berço...
Não tem dinheiro que compre..não tem nada que me corrompe...
Porque aqui mora dignidade....
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