Mudo
Eu estava errada, sabe? Disse que não ia me apaixonar dessa vez, que ia ser diferente, mas nada mudou, a sua voz entrou na minha cabeça e agora só consigo pensar qualquer coisa que esteja relacionado à você. Prometi pra mim mesma que não ia ser a primeira a se entregar, mas eu acho que faço isso toda hora, prometo o que não posso cumprir.
Quanto custa a vida de um idiota? E quanto vale a troca do conhecimento de um mudo em comparativo com um surdo?
Abrigo o meu pranto
Mudo de fragas
Florescem as giestas
As estevas, o jasmim
Lavo as insônias
No relento do orvalho
Das madrugadas frias
Onde chegam os murmúrios
Reflexos tumultuosos
Silenciosos e frenéticos
Onde perco-me nas encostas
Nas encostas de ti.!
O silêncio que sempre me alenta, hoje quis desnortear.
A TV ligada com o som no mudo, a luz desligada.
Só o ouvindo barulho do vento balançando os galhos da árvore que fica ao lado da minha janela. Olhando para o teto, curtindo o frio, deitado em minha cama debaixo do meu cobertor. Tudo perfeito, se não fosse a minha mente falando tão alto que não me deixa dormir. O corpo querendo resfolgar e a mente querendo me perturbar.
Ei! Você que ainda me vê
Pelo outro lado da janela
Eu ainda tenho uma criado mudo
E uma escrivaninha para escrever
Tudo aquilo que penso sobre você
E o que ainda vou pensar
São muito versos a sussurrar
Sem métrica e rima
São apenas pra dizer
Eu estou aqui
Ainda pensando em você.
Filho no mundo
O tal do grito mudo
aquele que tanto dizem existir.
O tamanho de seu agudo
só quem sente pode definir.
É uma constante peregrinação
a busca, pela corda de meu coração
É uma dose diária de amor e dor
tendo por companhia, muito clamor
Muito difícil ter um recomeço
o fim, ainda não cobrou seu preço
Ás vezes penso que não vou aguentar
mas a esperança, trata logo de me levantar
E no silêncio das noites
Sempre peço em oração
Para que Deus deixe-me saber
O que foi feito de você.
26/11/13
só me restaram as dores da revolta
eu mudo...
exerço a loucura, que ainda posso expressar
é um último suspiro
derradeiro gesto de uma vida.
'EU QUERIA UM SENTIDO...'
Eu apenas queria,
e chegaste mudo,
forçado.
Fitando as madrugadas insônias,
cervical.
Extravasando improbidade,
sadismo.
Trazendo frio,
calafrio,
noites febris.
Carregando obstinação,
permanecendo há períodos.
Empantufado,
vai dilatando,
no peito não cabe.
E o ar rarefeito,
já falido,
desorienta,
sinuoso,
sem abrigo.
És opaco,
no turvo teatro,
solitário.
Senhor de brasões,
porém medicante,
com seus díssonos.
Poucos te condenam,
ou conhecem.
Mas sempre aparece,
desnudo,
com natureza particular.
Sem se expor a contento,
vai deixando rastro,
lamento.
Eu queria um sentido,
sentido ridículo.
Entre aspas simples,
para deixar evidente.
Inequívoco,
como as nuvens,
que se transformam no vento.
Que fosse escasso,
nada retórico.
Pode vir sem aspas,
para deixar confuso,
mais intruso,
menos cênico.
Que me abraçasse,
aconchegante,
desesperado.
Não sou beato, me criei na rua
Aprendi a me virar, viro avesso
e não mudo só pra te agradar
Te dou linha e depois esqueço
Almany Sol
Feliz
#Feliz é o Surdo que näo ouve oqui o povo censura acerca dele
#Feliz é o Mudo que näo perde tempo comentando os defeitos dos outros
#Feliz é o Cego que nunca teve o horror de ver sangue inocente escorrendo pela estrada.”
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