Mudar de Cidade
Mais um dia se encerra
Aqui na minha terra
Tudo se completa
A cidade é repleta de luz
Meu caminho me conduz
E lá na frente sua voz doce me seduz
E eu observo lento
É meu passatempo
Viver a minha vida, curtir o momento
Abres para mim e abaixa tua palha
As palavras cortam como uma navalha
E se minha mente não falha
Já estive aqui
Não quero partir
Nem eu me vejo mais bem longe de ti
Na cidade do Totem (estátua maravilhosa) a frase é: “BEM-VINDO AO INFERNO”. O Totem é condizente com a realidade, vê tudo e não faz nada. Não seria mais uma Sodoma ou Gomorra?
Ontem mesmo num barzinho aqui da cidade eu morri, só porque abandonei a solteirice, disseram meus amigos.
Deus morreu! No Morro da Cidade de Deus! Que fizeram os homens quando entregaram a cidade a Deus? Os homens são loucos e ninguém está salvo na cidade de Deus
Portimão! Cidade onde cresci,
Mas em ti não nasci…
Foi por te amar, contudo,
Que eu por ti ainda, canto p’elo mundo.
Canto-te, um poema, como Aleixo.
Que cantava, seus poemas de amor.
Assim, também não te deixo.
Minha alma, te exalta, com clamor!
Em ti me formei,
Nesse teu liceu.
Poeta António Aleixo, onde estudei!
Por ti, choro, por te amar,
Porque esse Arade, teu…
Um dia, vim a deixar!
Eis que voltei! À cidade, que sempre amei.
A Coimbra, onde também, no passado, o amor, encontrei.
Vim à cidade, onde estudar, não o fiz,
Porque Deus, assim não o quis.
Tanto desejei, Coimbra da universidade,
Mas não fui lá estudar, em verdade.
No passado, só encontrei, lá o amor.
Mas também, logo acabou, esse de Camões ardor.
Mas voltei a ti meu amor, à universidade hospital;
Tu minha cidade, do Mondego e do Sobral.
Onde Isabel, pão aos pobres, deu sem medo…
O rei enfrentou, porque teus filhos amou.
Também, oh Coimbra! De nada, tenho medo.
Mesmo doente! Porquanto, em ti, estou!
Viriato
Oh Lamego!
Cidade das partes de Viseu,
Onde Viriato, sem medo,
Morreu, pela sua coragem, mas venceu,
Os algozes romanos,
Ao morrer, sem perder as convicções.
Que não eram emoções!
Nem tão pouco enganos.
Oh terras de além e aquém Douro!
Lutai ao meu lado,
Com nossas espadas de ouro!
Contra a gente daquela terra,
Que como a Viriáto,
NOS QUEREM MATAR NA GUERRA!!!
São Paulo, cidade que nunca dorme
Aqui tudo acontece num piscar de olho,
O tempo corre, a pressa é lei,
No metrô lotado, no farol fechado,
Cada passo é um “não posso, mas vou”.
O trânsito trava, a cidade pulsa,
Gente apressada, café na mão,
Um sonho dobrando a esquina cinza,
Em meio ao caos, nasce a visão.
É selva de pedra, mas cheia de vida,
Oportunidade em cada olhar,
Na pressa, no fôlego, na correria,
Aqui, quem insiste aprende a voar.
E quando a noite acende as luzes,
O skyline brilha como um farol,
São Paulo, imensa, intensa, infinita,
Meu lar, meu caos, meu sol.
Mesmo na tecnologia da cidade, em qualquer idade, quem nasceu no sertão vai sempre se lembrar do privilegio e a felicidade de amar sob a luz do luar.
A flor doméstica perfuma a cidade, a flor silvestre os campos do sertão, a nossa amizade é a flor que perfuma o nosso coração.
Flor nasceu; no capim do sertão e no Jardim da cidade, no seu coração pra mim nasceu, a flor da sua amizade.
No silêncio da madrugada, na cidade dos vivos, parada ou na agitação, almas apaixonadas sempre encontrarão, motivos para uma canção.
Madrugada quente, cidade parada, rua sem gente, saudade danada, que não quer me deixar, procurei a lua para conversar.
No sertão ou na cidade, uma multidão sem noção e racionalidade, vivendo uma incoerência, parecendo uma demência; querem a construção de um mundo melhor, mas não focalizam o bom e o melhor de verdade, viralizam alto e bom som o pior da humanidade.
Carregando minha sofrência, numa cidade eu caminhava, a divina providência uma surpresa me aprontava; com o meu coração em dor, fiz os meus lábios sorrir, pra abraçar meu grande amor , que também estava ali. Eu não dei demonstração, mas só Deus e o meu coração, sabem a dor que eu senti.
Por intento e pura maldade, proibiram nosso amor de verdade, nos trazendo sofrimento, amargura e saudade, mas o que é de Deus, ninguém segura, não consegue segurar, mesmo que separar, voltará o amor a se reencontrar, seja lá aonde for.
A flor do jardim, perfuma a cidade, a flor do capim, perfuma o sertão, a flor da nossa amizade perfuma o coração.
Aqui está um pouco da minha história, contada em verso e prosa, moro aqui na cidade maravilhosa. Esta cidade eu amo de coração, mas não me sai da memória os meus tempos de sertão: namorando ao luar com minha amada amante, tocando a boiada, tocando o meu berrante, cavalgando a aboiar nos verdes campos do lugar.