Mudar de Cidade
9 anos
Logo, aos cinco anos, viajamos para uma cidade pequena no interior, morávamos numa fazendinha que fica num famoso Morro Frio. Fazia tanto frio que usávamos uns quatro casacos pra ir ao colégio... E quando voltávamos para casa guardávamos todos na mochila, que vinha redondinha de tanta roupa. Por isso sempre preferi estudar atarde. Podia usar meu perfume de flores do campo e todos do ônibus sentirem meu cheiro.
Eu esperava pacientemente num banquinho de madeira, quase caindo, de tanto levar chuva. Acho que foi feito pelo meu pai, ele fazia tudo pra gente naquele tempo.
Mas eu ficava lá, com meu cãozinho com nome de Toff por uns trinta minutos aguardando. E lá vinha ele, entre neblinas o farol do ônibus amarelo escolar. Logo na manhã, seis e meia.
Dentro do ônibus, ninguém costumava conversar muito, talvez ainda estivessem meio sonolentos e anestesiados, e sentada, eu olhava a janela esfumaçada cheia de borrões e desfoques, ainda cheia de frio.
Eu estudava o quinto ano do ensino fundamental, na primeira escola da cidade. Não havia muros, só grades de ferro pintadas de verde. Sempre foi verde. Se fossem retocar, seria da cor verde.
E quando eu chegava lá todos já estavam na fila pra rezar antes da aula, e eu corria pra frente, no terceiro lugar, por que já tínhamos nossos lugares na fila marcado.
Saudades da minha cidade.
Um vento forte atravessa as folhas do meu quintal e bate com ímpeto contra o meu peito,
Parece levar um pouco de mim.
E realmente leva,
Toda dor, toda incerteza, toda saudade.
Saudade de cada detalhe de cada esquina da minha cidade.
Do inspirador túnel verde.
Que nos inspira à poesia e nos ensina a canção da esperança.
Do meu venerado rio Amazonas que sempre esteve ali,
Inerte ao meu olhar.
Exibindo sua dança sem músicas.
Saudades dos meus amigos mais íntimos,
Dos amores, das amizades e dores.
Das conversas jogadas ao vento,
Do louco desejo de segurar o tempo.
O vento se foi,
Despertou em mim antigas lembranças,
Que sei que vale a pena lembrar.
Lembranças que me ajudam viver,
E acima de tudo, sonhar.
Não quero liderar a maior igreja da cidade, do país ou do mundo, mas sim liderar a igreja com o maior número de salvos.
Biografia do Danilo Souza Santos
Danilo Souza Santos,nasceu dia 23 de março de 1988, na cidade de São Vicente-sp. Danilo Souza Santos conheceu a poesia através da Escola Estadual Armando Victório Bei, em 2006, desde daí ele começou a pública suas próprias poesias. Em 2008 ele conquistou um prêmio de melhor Poesia Escolar.
Em 2010 deixou a poesia de lado, para trabalha no Atacadão de Santos.
Em 2014 dia 10 de Outubro de 2014, conheceu sua maior inspiração sua futura esposa Karina Da Silva Galvão
Em 2015 voltou mesmo com pouco tempo, a escreve suas próprias poesias.
Mas quando eu, eu estou com você me sinto viva. A juventude fixa e o ar de cidade pequena fazem meu corpo incendiar tão serenamente que torna essa sensaçao um vício para mim
Gramado
Cidade de sonhos
De invernos gelados.
Gramado da luz natalina
Das belas meninas
Do chocolate
E da neblina.
Gramado
Dos lagos
Dos cinemas
Dos vales e museus...
Gramado
Dos apaixonados
Da felicidade
Da gastronomia
E da hospitalidade.
Á mina anda igual uma mendiga em casa e pela cidade. Vai olhar o Facebook só tem foto dela com 2kl de maquiagem na cara,roupa de grife...
somos uma maquina de trabalho
vivemos em mundo perdido
a cidade está em chamas,
com sentimentos
que uma maquina não conhece,
para o mundo nada tem sentido,
para a morte á cidade é um pesadelo,
em trilhos de fogo e futilidade
o desejo se dissolve...
na morte de tantos,
quando sonhamos em ter
tudo é uma esperança falida.
NOBRE POBRE
"Cidade satélite, um bairro sideral. Morada de (q)uês, (n)adas e (M)arias. Lotes amplos, harém retangular. Área nobre, de reis e abacaxis. Nesse, nove quartos de dormir. Banheiros equivalentes, suítes para todos os dezoito que ali residem. Os que ali residem: condôminos. Assinantes fiéis de faixas amarelas que anunciam, mensalmente, aluguéis. Desfrutam, uma vez ao dia, de seus chuveiros mornos. Jornada nas estrelas com mais de 12 horas - desfrutando o chuveiro dos próprios poros. Suor sem racionamento. Domingo, quinta e sábado não tem água. E a desafortunada que carrega o subúrbio na sua genética, em seu extinto de sobrevivência, sempre soube o que era economizar água e choro. A esmoleira de Direitos, generosamente, se põe a exemplo. Amanhã, acordará cedo, pegará os caminhos do carma. A água voltará meio dia, mas na casa da patroa vai dar para enxaguar os olhos. 'Clarinha' - a cadelinha - vai pro banho-tosa e as crianças para a natação. Com mais três giros no terço, logo Ave Maria manda a noite e voltemos para o nosso barracão. Lugar onde o luxo é ilícito e, água, também entrou pra oração."
As vestes dos falsos ativistas políticos culturais pelos comícios populares forjados pela cidade deveriam ser mortalhas esfarrapadas mamulengas com tecidos baratos e miçangas de pimentas de cheiro secas e curtidas ao sol.Pimentas ardentes das boas nunca serviria para tal adorno barato e sem graça.
Afinal quando estes personagens do baixo clero, na maioria das vezes seres baixinhos que vivem dando saltinhos assanhados como se fossem macaquinhos poucos adestrados....mas quando estes homenzinhos roubam a cena dos verdadeiros palhaços da boa artística e culta atualidade, aparentam ser endemoniados menestréis do mau gosto e mau agouro, que por meio de blasfêmias próprias dos infelizes incitam palavras de guerra, de dor, miséria e revolução. Mas a arte, a educação e a cultura não se engana, não permitem ser lombo, sela ou caminho para desigualdades do povo que já nasceu diferente e de todo jeito. O que a arte uniu um dia nenhum pobre diabo coitado falso politico de araque pode por macaquices desunir com tanta facilidade.A arte, a educação e a cultura são muito bem protegidas por mandingas, rezas e orações fortes de benzedeiras e pelos sacis, pastoreios e curupiras tanto do norte e como do sul.Ainda bem que o Tamandaré com sua folha de palmeira nos protege e nos guia.
Foi algo precioso e compensador, ter vivido mais de meio século na memória desta cidade de Campos Belos – GO; como uma pessoa do bem.
Tanto os que me querem bem, como os que bem não me querem, prestam um bom serviço a mim: provando com tal gesto, que não há um personagem perfeito (09.05.17).
Ando nesta noite sem lua numa cidade sem muros
sem casas ou pessoas
há grutas, há deuses e um pouco de silêncio
a rua de pedra conta a lenda do sangue que pensava ser revolucionário mas era também nada...
era jovem e sonhava como jovem...
não pode sonhar mais
mortos e pedras só vivem em túmulos
onde mães desejosa negam à Deus
e lembram de pés pequenos e sujos que beijaram
essa cidade me assusta...
não que tenha feito mal aos jovens
porém esse silêncio toca nosso coração
como missa
como elegia
como o último gole daquela garrafa que jogamos no lago
nunca houve violência nem homens aqui
homens são criados por Deus
e nada que Deus criou faria o quê foi feito
não lave a rua , chuva
deixe assim ...
leio no vento uma súplica coloquial e e pesarosa
de um rosa nascida com espinhos por afrota
continuo a andar
agora como sempre sem passos ou destino
queria que meus olhos fossem teus
para ver se encontro em mim o homem que diz que sou
levo muitas almas comigo e nenhum amigo
muita estrada e pouco pouso
na certeza que paz existe no mundo que criou para nós dois no dia em que morremos adultos
nas ruas de pedra da cidade sem homens...
Aqui neste lugar distante a noite cobriu com seu manto escuro as ruas da cidade.
E eu, no desejo de encontrar o lugar onde todos sofrem, percorri ruas, vielas e alamedas para te levar algum conforto.
Seus dias e os meus deslumbravam-se em meus pensamentos.
Sorrisos, prazeres e até aquela sensação gostosa de saber que você gostava de mim foram aos poucos tomando-me até brotarem as lágrimas pela proximidade da despedida.
Que sua alma seja confortada no além, aqui fica alguém que sempre te quis bem e sempre te amou.
Ofereço a minha tia Margarida.
O frio ronda a cidade, chuva começa a chegar
Dia nublado, sol não tem forças para romper
Momentos de dividir calor humano para vidas aquecer...
Letras Em Versos de Edna
Nem eu imaginava que um dia eu iria morar nesta merda de cidade... que horror, tô horrorizado, a vida é foda, eu nem queria ta aqui.... o que eu to fazendo aqui?
Não sei... to apenas sendo sactolabíano e indo aonde a ética me leva.... mais realmente é uma bosta.