Mudar de Cidade
Vejo a cidade em seu tom de lamentação,
O cinza escuro do tempo e do concreto que ofusca minha visão,
Vejo um pouco do princípio, mas a cada dia mais e mais edifício,
Tudo em que piso foi reconstruído, não sei como era antes disso, mas já sinto saudades das cores tapadas pelo consumismo.
Eu quero espaço, sem mato, terra seca sem vida, se levantaram vigas, construimos muros em cima e por cima do campo, se levantará mais um edifício, tirando a visão do meu encanto.
V.H.B
Onde eu moro, na minha cidade mora a intolerância e o egoísmo, que também moram em todos os lugares...Penso então como podem essa tal intolerância e egoísmo, habitarem todos os cantos ao mesmo tempo, como são capazes de manipular a mente de todos nós seres humanos no mesmo instante...E dessa relação nasce a covardia, que cresce como uma parasita cancerígena e sem cura, levando a humanidade contaminada a não crer em mais nada, que não seja seus interesses interpessoais egocêntricos...
nenepolicia
Na clareza das idéias viajantes
Seguindo, iluminando adiante.
As luzes chegam na cidade a cada instante.
Que outrora era escura, distante.
Veio a chuva intermitente
Lavar o campo e cidade
fazer brotar a semente
trazendo a prosperidade
Manhã assim tão bonita
onde a chuva faz melodia
nenhum coração se agita
e ganha da vida mais um dia !
Um governante egoísta,pode transformar sua cidade em deserto, aumentando assim ainda mais o empobrecimento da sociedade e de seu município.
Minha Cidade pacata!
Sem Rio, sem nada;
Sem Flores nos Campos, mais com um Jardim de Tristeza e Mágoas.
Minha Cidade pacata.
DÁ NÃO DÁ
A cidade quer a noite
A cidade quer o dia
As baladas querem ritmo
Não importa a harmonia
O menino quer poder
A menina também quer
O sagrado é profano
Bem me quer ou mal me quer?
Somos sós quando queremos
Somos brasa em pleno inverno
E no verão quase Dezembro
A alegria é eterna, terna!
"Vamos a la praia"
É o refrão mais que mais se ouve
Bichos e bichas num só grito:
Queremos mais amor
Seja como for
Seja o que for
Sentimento não se mede
Queremos mais calor
Queremos sol e mar
Sentimento não se pede
Queremos celebrar
Um segundo é importante
Depois vemos no que dá
Luciano Calazans, 10/08/2017
Chove lá fora.
Tempo ruim:
faz tanto frio,
há tanta dor
na cidade!
Mas agora,
dentro de mim
há um rio
pleno de calor
e felicidade.
Do outro lado da cidade, tem uma floresta de Pinheiro, no chão suas folhas parecem um espinheiro, forradas de sementes, popularmente conhecidas como Pinha, elas enfeitam os caminhos e complementam a beleza das ervas daninhas.
Tenório, o homem da capa branca
Artigo publicado no dia 12 de maio de 1987- Folha da Cidade-Caxias
Não teremos, de agora em diante, a força física do grande homem público, pai e avô, Tenório Cavalcante. Ele veio como um cometa e o brilho intenso de sua presença marcante ofuscou
os olhares daqueles que ainda não se acostumaram a olhar para cima. Por esta razão nem todos entenderam o comportamento resplandecente de sua genialidade.
Jamais passará desapercebido aos olhares do passado, do presente e do futuro, aquele que um dia enfrentou, como um gigante, o golias social. As quarenta e sete marcas de agressão que atingiram seu corpo não lhe feriram a alma. Muito mais respeitada do que temida essa vida de homem público escreveu uma das páginas mais interessantes da nossa história.
Tenório, o homem da capa preta não assustou os humildes, os fracos, os oprimidos. Ele veio como advogado dos pobres e o procurador das causas perdidas. Ele subiu aos palanques e falou como povo. Sofreu, porque se vestiu como as águias. Abriu as asas imensas da liberdade e se aninhou no coração das pessoas.
Tenório Cavalcante é uma espécie rara de político. Sua arma principal não falhou fogo- a justiça. As outras armas denunciadas pelos inimigos apenas compunham a fantasia preta que escondia o verso branco da paz.
Hoje, o coração da terra caxiense bate mais forte e seus filhos enxugam as lágrimas de saudade naquela capa que não é mais preta. Tenório redimiu-se dos seus pecados pelo sacrifício do Cordeiro e lavou suas vestes no sangue de Cristo. O homem da capa preta subiu ao céu de capa branca.
Rainha das festas na pequena cidade, ela sai por aí com seu vestido vermelho, ela diz: Um pouco de festa nunca matou ninguém... Então está tudo bem
Vestindo seu disfarce, ela sai.
Você pode vê-la sorrindo, mas não pode ver sua alma chorando.
Rodando pela noite, ela não é má
Só nasceu pra causar
Ela tem muitos aos seus pés, mas no final da noite está sempre solitária, sem ninguém para amá-la de verdade.
Desfilando com sua pele cor de bronze, ela é fria e insegura. Encontra refugio nas boates da cidade
Ela está tão perdida, que se ela olhar pra dentro ela pode se achar.
A propagação desta geometria, vaga e abstrata, encrostada pelas ruas da cidade, entre portas e janelas, musgos e reboques, revelam outros pontos de uma mesma história, vista por um milhão de olhos inocentes que plantam flores ou espinhos, sobem escadas atropelando seus próprios vizinhos sem carregar alguém ao colo, murmuram versículos mas sempre cruzam os braços. O que é uma boa música para quem nunca pôde escutar? Um dia. Sol, euforia, correria, poesia.
UM CONTRAPROGRAMA
1
esta montanha invade a cidade
e à sua margem penso
não no silêncio, na astúcia
e no exílio (que já foram
tentados a contento) mas
do lado de dentro
mesmo que impossível
extraviar-me no alheio
2
o alheio: não o outro
do morro ou o rosto
da rua, mas o que
ainda despercebido pulsa
e sobreviverá ao tempo
porque o fim disto
– desta cidade – não é
o de todas as coisas.
"Respirar o ar da cidade de Campina Grande me rejuvenesce, elegantemente me visto pra andar em suas ruas,cada momento de permanência é festa.
Deitei e sonhei
Sonhei que era feliz
Tinha a casa perfeita
Na cidade perfeita
O emprego perfeito
A família perfeita
Os amigos perfeitos
Feitos para mim
Acordei e me deparei
Com problemas e dificuldades da vida
Levantei e me animei
Cai e me reergui
Parti para a batalha
Tornei meu sonho realidade.
Em Algum lugar a Chuva está abraçando uma cidade,
Beijando o asfalto e o transformando de árido em um objeto brilhante e molhado,
Mas Infelizmente não é só as Águas do céu que caem sobre este Chão...
Ali há também as águas de olhos que se aventuraram no futuro e não encontraram nem nos seus melhores pensamentos a grande felicidade.