Mudar de Cidade
A cidade era uma mata, ainda ouço contar os causos. Hoje lá ainda chove. Talvez sejam as lágrimas de Deus ou suor do homem. Bicho Homem.
Reflorestar é questão de conservar a própria especie.
Orgulho sertanejo
Nasci na roça, tenho sangue caipira,
Vim pra cidade pra buscar conhecimentos,
Mas não esqueço do Sertão, minha doce maravilha,
que canto em versos e prosas e não esqueço em nenhum momento.
Aqui na cidade grande tenho tudo,
Tenho progresso, diversão e sou feliz.
Mas jamais negarei meu amor profundo.
Tenho orgulho de minha roça, minha terra e raiz.
Já não sou aquela criança que corria livre pelas ruas da minha cidade. Na verdade estou bem longe do meu mágico lugar de infância. Mas ainda conservo minha imaginação. Ainda busco aventuras em castelos, princesas em torres e espreito nas casas abandonadas.
RIO GUANDU
Você merece um poema,
Faz parte da nossa cidade.
Seria maior o problema
Sem água que calamidade!
Depois da morte do rio
O grande Doce, caudaloso,
A vida ficou por um fio,
Mas Deus é muito generoso.
Pois deu-nos grande privilégio
Possuir dois rios que beleza.
Baixo Guandu que sacrilégio:
Ficar sem água que tristeza.
Antes para tudo era o Doce;
Agora o Guandu nos inunda.
Imagina se pior fosse
E em crise pior tudo afunda?!
Meu Deus nosso muito obrigado!
De coração estamos gratos
Por dar-nos esse rio amado,
Como é bom quanto estamos fartos.
Precisamos dele cuidar.
A água é um bem precioso.
Matas e rios preservar,
Isso, sim, é um bem valioso.
CIDADE CINZA
Alguma verdade além das cinzas da cidade
Meu lar talvez não seja no meio dessa gente
Essa gente que não sabe se tratar como gente
Trata gente como coisas, coisa que eu não quero
Coisas que eu não quero
Prefiro o calor de um amor sincero
Ou até a solidão, desde que sincera seja
Longe das avenidas, semáforos, arranha-céus
Esse aqui não é meu lar
Dê-me um pôr do sol num cais de porto
Aonde a minha mente se esconde, dissolve, navega
Dê-me um céu como palco de estrelas
Um pouco de nostalgia, e também fé no futuro
Dê-me o sossego de uma casa de interior
Uma rede pra descansar, um amor pra sentir saudades
Ao longo dos anos, nunca tive algo que amasse
Tanto quanto momentos
Mas toda diversão virou algo a suportar
O que eu aprendi eu nunca usei
O que eu quis te dizer eu nunca disse
E, de tudo o que eu amei além de mim mesmo
Foi você, mas eu nunca disse
Então, dê-me uma vida inteira
Pra que eu possa olhar nos seus olhos
E te pedir perdão
Então dê-me uma vida inteira
Pra que eu possa converter os meus erros em acertos
E não magoar à ninguém mais
Dê-me uma vida inteira
Mas vivi uma inteira
E custei a entender
O valor está nas coisas simples da vida
EU FICO.
Um pouco d'água por caridade
não quero ver outra mudança
não é nada contra a cidade
mas o sertão é a nossa herança
mesmo com tanta dificuldade
não vou perder a esperança.
Ela? partiu. Não daquela cidade onde nada nunca acontece, ela partiu de si, pra viver. ser finalmente, feliz!
pastos bons é uma cidade boa di-dia falta água di noite falta energia a casa, quer tiver (agua i energia ) é milagre de santa maria.
Então eu era jovem. Então eu estudava numa escola qualquer de uma pequena cidade. Então eu tinha um professor. Então eu me apaixonei por ele. Então não contei nada há ele. Então alguns anos se seguiram e eu continuei amando-o. Então ele arranjou uma namorada e ela engravidou dele. Então ele próprio me disse que seria papai. Então eu disfarcei meu horror, dei-lhe os parabéns e vim embora. Então, ao chegar em casa, desabei no meu quarto. Então eu morri por dentro, e naquele instante eu soube que eu estava morta pelo resto de minha vida e que nada nem ninguém me faria reviver. Então eu vivo morta por dentro. Então essa é a porcaria de vida que eu levo.
"Com os olhos fitados nas luzes da cidade sinto-me hipnotizado pensando em você, em cada detalhe do seu corpo, pareço ouvir sua voz suave a pronunciar meu nome, seu cheiro agradável penetra minhas narinas e sinto uma sensação tão boa, mas minha imaginação acaba fazendo cair na real, não estais aqui, nunca esteve, criei você em minha vida, um amor platônico, jamais saberás desse sentimento. A noite adentra e procuro um motivo razoável para continuar a te amar assim, e acordar a teu lado e vivenciar tudo que sufoca minha imaginação."
César Ribeiro
Faz frio na minha cidade
E eu aqui, cheio de vontade
do teu abraço pra me aquecer
Fez frio ontem de noite
também faz hoje de tarde
Enquanto eu te escrevo, não para de chover
Faz frio na minha cidade
Os dias vão passando
Eu fico te esperando, sem saber
Até aonde vai essa saudade
Que todos os dias me invade
De tanto te querer
Escrevo, para de mim essa tempestade,
A tempestade sempre volta
Cidade, estados, nações e a loucura coletiva
Procurei, com essas dúvidas do mistério.
Lia em qualquer canto
Notas, de almas se vendendo
Cada o doce de amar?
Vejo no objeto uma gota sua.
Vi ali, nas calçadas o teu sangue
relembrei as tuas andanças,
chorei tuas lágrimas
me perguntei: aonde existiu civilização.
Eu vim do interior...
Morei na cidade, morei novamente no interior
Fui para o litoral, e voltei para o interior
Já morei em tantos lugares
E nem sei de onde eu sou...
Acho que lugar nenhum, pois o mundo é minha moradia
A vida é quem me leva, e o vento me guia
Eu acredito nas pessoas, e sempre espero mais delas
Amar é uma arte, sofrer faz parte
Abraçar e receber um sorriso, sonhar e pensar é preciso
Simples assim, eu acho que a vida é isso
Oh! sim, eu preciso morar na tua cidade, pois já estamos na idade, de namorar.. Ohh! quão bom seria, se isso se realizasse o meu coração ganhaste e por ele você ficou Ohhh! já não sei o que falar, mais o que tenho a expressar, homem nenhum poderia decodificar, pois é um sentimento bonito, que faz no céu um risco, com o nosso nome a desenhar.
A melhor lembrança gastronômica que tenho vem da infância: Comer acaçá na cidade de São Félix (BA) no dia de Cosme e Damião. Acaçá é feito de milho e enrolado em folha de bananeira.
A rápida migração do rural para urbano apagou memórias e tradições. Hoje, poucos sabem o que é acaçá. Eu não sei onde tem. E quem sabe?
Ontem à noite me balancei num balanço aqui do parque da cidade. Parecia que eu ia sair voando e me perder no meio da escuridão do céu. Foi lindo!
Não me fale de felicidade
não conheço tal cidade
isso é uma província tão distante...
uma via inviável
tenho alguns sorrisos em molduras
alguns retratos em estantes
prateleiras de aglomerados
não sustentam o sentimento
assim por tanto tempo
não me fale tão suave de ternura,
essa rua deserta e escura
só me traz espanto...
não me faça sonhar ou ter pesadelos...
Ao olhar para as luzes de uma cidade a noite passa tantas coisas em minha cabeca, sendo impossivel de descreve-las
Saindo por sair
Marca meia-noite no relógio de um integrante
Do bar da Cidade Alta, local nada adequado
É irônico que a chuva apareça só no sábado
Após toda a semana com um clima radiante
O caminho que eu faço para voltar para casa
Nunca pareceu tão longo, tenso e perigoso
Ainda que mude a rota, dificilmente escondo
O quanto essa indefinição deixa-me nervoso
Saindo por sair, eu lhe visto em outras almas
Torcendo para que alguém toque no seu nome
Entendo que há meses mantemos toda a calma
No papel, visto que anseio que tu me chames!
Se eu consigo chegar, enfim, às seis da manhã
E visualizo a mensagem que deixaste para mim
Visivelmente emocionado, posso deitar em paz
Nós dois, um mais um, tem tudo para ser assim.