Msgs de Fortes Sentimento
Para que sofrer com Schopenhauer, se temos Fernando Pessoa, esmiuçando minha reles existência divina e interpretação delas.
Meu corpo deitado na realidade
Sem palavras-chave. A chave da vida, do bem viveremos, sabemos e pensamos demasiadamente, e sentimos muito pouco.
O Gueto
O gueto está cheio de medo
Lá fora os nazistas se espalham
debocham, irritam,
debocham, gargalham
O sorriso não anda na boca dos brutos !
A polícia fascista cercou todo o gueto
Reprimem e prendem e batem
em judeus, operários e pretos
Mas nunca sorriem porque
O sorriso não anda na boca dos brutos !
O gueto está cheio de gente
sofrida, oprimida
é gente sem pão e sem condição
que sente, que sente, que sente que
O sorriso não anda na boca dos brutos !
Fascistas se sentem tão machos
Machucam e ferem
passam esculachos
nunca esperem ver
O sorriso andar na boca dos brutos...
Usam tarjas pretas,
camisas verdes, suásticas,
e tratam mulheres, meninas
qual bonecas de matéria plástica.
O sorriso não anda na boca dos brutos !
Desmandam e mandam, dominam
até que um dia a boca se solta
a mão prepara o revide
e se concretiza a revolta
E nesse dia, com muita certeza,
O sorriso não andará na boca dos brutos !
A Roda
Sentindo todo o corpo deitado na nossa realidade, sentindo toda verdade escorrer pelo corpo e entrar por uma fresta, sem saber ao lado de um sol que talvez não vê chuva e sentindo o calor e frio, me deito. Na vista do horizonte que empurra meu olhar para longe de todo céu, ao esperar o rio que vai e pode não vir e ser emergente em meu momento, e que não sejam impressos e que fiquem por imprimir, faz com que os pequenos e para além de nossa visão sem ter amor e sentimentalidade alguma, esperança, mas que nos dê as rodas. Para onde veio, volta depois.
A morte de Deus
Aironia de um existir é muito inteligente, pois revela, de forma lúdica, verdades em que muitos se enxergam mas não se reconhecem pelo simples fato de estarem com as mentes enraizadas pelos conceitos criados pela sociedade. Somos uma folha em branco quando nascemos, mas cada sociedade, cada grupo humano que vive de rótulos, nos transcreve a sua "verdade". Talvez, com essas saborosas ironias, a libertarmos desses rótulos que nos prende e escraviza. A verdadeira liberdade é a consciência que temos de nós e como a lidamos perante o mundo, sem o medo característico imposto pelas crenças mundanas com aparências espirituais.
Assinado
Eu diria que ao contrário como no século 19, quando Nietzsche disse que Deus está morto, quando os liberais anunciaram a morte iminente de deus. Que os liberais estão mortos e Deus vai bem.
Deus está morto, assinado Nietzsche.
Nietzsche está morto, assinado Deus.
Torna-te necessário a alguém
Observe o estímulo, "Cada pessoa é responsável por todas as outras", essa frase seria ótima para a campanha de racionamento de água. Solidarizar ao próximo é algo normal, afinal, há um sentimento de compaixão em várias circunstâncias, mas muitas vezes essa solidariedade não se torna uma ação efetiva. Cada vez mais, especialmente no contexto de pandemia, a angústia individual e coletiva se acentuam.
Encontrar pessoas com vela acesa até que é comum, todavia, poucos estão dispostos a compartilhar com o próximo.
Tic Tac, visível
Acordo de noite, muito de noite, no silêncio todo. Hoje, 13\12, foi o dia em que vi as luzes se apagarem e um sufocar de medo em meio à correnteza de uma enxurrada da chuva que caía há 25 anos. Chuva fria e sinto cada gota, sinto o olhar de medo e sem mais nada o que fazer, não mais acordava. Naquele momento, era o nascer do apagar de várias lâmpadas de natal, o perder de várias luzes natalinas, o desenrolar de medo e solidão. De chinelos havaianas, água por entre os dedos e corrida na noite fria, escorregar de chinelo, naquela hora em que toda havaiana é famosa e reconhecida, quando se solta ao meio entre o polegar, não há mais tempo para baixar e prender, melhor deixá-la assim mesmo que a correnteza levará, assim como levou o tempo e o sangue.
O desacender de árvores, apagar de sorrisos, decorrer do vazio, no tratar dos pássaros e mergulhar no profundo lago da lamentação. Dorme, nós temos luzes, só tem , neste lugar, a humanidade de nossas duas janelas.
Neste momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida e, sobre o parapeito da janela da traseira da casa, sentindo húmida da noite a madeira onde agarro, debruço-me para o infinito e, um pouco, para mim.
Tic Tac, visível
Hoje, 13\12, foi o dia em que vi as luzes se apagarem e um sufocar de medo em meio à correnteza de uma enxurrada da chuva que caía há 25 anos. Chuva fria e sinto cada gota, sinto o olhar de medo e sem mais nada o que fazer, não mais acordava. Naquele momento, era o nascer do apagar de várias lâmpadas de natal, o perder de várias luzes natalinas, o desenrolar de medo e solidão. De chinelos havaianas, água por entre os dedos e corrida na noite fria, escorregar de chinelo, naquela hora em que toda havaiana é famosa e reconhecida, quando se solta ao meio entre o polegar, não há mais tempo para baixar e prender, melhor deixá-la assim mesmo que a correnteza levará, assim como levou o tempo e o sangue.
O desacender de árvores, apagar de sorrisos, decorrer do vazio, no tratar dos pássaros e mergulhar no profundo lago da lamentação. Dorme, nós temos luzes, só tem , neste lugar, a humanidade de nossas duas janelas.
Neste momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida e, sobre o parapeito da janela da traseira da casa, sentindo húmida da noite a madeira onde agarro, debruço-me para o infinito e, um pouco para mim. Acordo de noite, muito de noite, no silêncio todo.
Aprendi, que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência, que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a, que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer, que as oportunidades nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu. Que devemos sempre ter palavras doces e gentis, pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las, que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa, que a vida é dura, mas eu sou mais ainda, que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto, que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular, que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada, que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes, que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
O Acenar de Lâmpadas
Há que
Se recorrer
À Caixa
De Pandora
Abri-la!
Em busca
Da
Espera-se
Não tardia
Esperança
Em algumas
Tradições
Associada
À Eva
Em outras
Ao Corvo
Nestes tempos
À imagem
De Psique´
Resta-nos
Apenas
Insistimos
A Esperança!
Que
Nos encanta
Com
Seus segredos
Xistosidade
Já
De há muito
Caminhando
Em
Sua trilha
De caminhar
Vez
Por outra
Assentando
Em
Sua pedra
De assuntar
Já
Sem pressa
Caminhando
Assentando
Assuntando
Tanto quanto e menos quando
Quanto
De ansiedade
Da ansiedade
De
Cada um
De angústia
Da angústia
De
Cada um
De tristeza
Da tristeza
De
Cada um
De emoção
Da emoção
De
Cada um
De alegria
Da alegria
De
Cada um
De instante
Do instante
De
Cada um
De expectativa
Da expectativa
De
Cada um
Quanto
De vida
Da vida
De
Cada um
Na Carroça
De
Poucas letras
Nem por isso
Menos
Observador
Talvez
Por isso
Mais livre
Para
Imaginar
Coisas
Sem
As limitações
Que
O conhecimento
Paradoxalmente
Por vezes
Impõe
Vez
Por outra
Se põe
Viajando
Imaginando
Coisas
Perguntas
Sempre
Perguntas
Sempre
Se
Perguntando
E
A vida
Seguindo
Em frente
Passando
Servidão
Pior surdo
O que ouve
E finge
Não ouvir
Pior cego
O que vê
E finge
Não ver
Cômoda
Conveniente
Perigosa
E
Melancólica
Submissão
Servidão
Voluntária
Encostado em Rosário
Gostar
É gostar
Amar
É amar
Distintos
Em seus
Universos
Gostar
Suporta mais
A carência
A carência
De amar
Faz morrer
Saudosismo
Pode
Até sê
Mas
Nada como
A delícia
De aguardar
A sessão
De cinema
Das tardes
De domingo
A expectativa
De possíveis
Emoções
O Café em Renato
Aroma
De café
Do quintal
Coado
Em coadô
De pano
Chuvinha
Manhosa
Que só
Espiando
O tempo
Passá
Só
De besta