Moveis
As pessoas precisam aprender a desligar seus dispositivos móveis algumas horas por dia para partilharem da companhia de familiares e amigos – além de si mesmos.
Quando a vida pede mudança, não basta mudar a cor do cabelo ou trocar os moveis de lugar, mudança requer reciclagem, desconstrução para reconstruir.
Necessita-se aspirar a poeira do corpo e lavar os pensamentos, jogar fora o pessimismo, restituir a alma e colorir o guarda-roupa com novas possibilidades.
Quando se tem que mudar, é uma chance que a vida dá de repensar sobre... Sobre a gente mesmo, sobre os outros, as atitudes e acima de tudo sobre quem vale a pena ou não levar a uma caminhada distante. E não basta somente determinação para, o momento pede que se reinvente, se reconstrua e erga catedrais para que seja exaltada sua glória.
Hora da mudança.
Talvez pra você pode ser que resolva, se você mudar o cabelo, os móveis de lugar, ajeitar um cantinho só pra você e chamá-lo de cantinho da paciência. E, lá, colocar seus livros favoritos, uma poltrona confortável, seus seriados preferidos e passar horas no seu mundo imaginário.
Talvez você esteja desanimado, mãos calejadas, pés cansados, fardo pesado. Talvez sofreu e passou por momentos infelizes e quando resolveu tirar um tempo pra você, descobriu que poderiaa tentar novamente, e novamente. Todos foram atos falhos e nem sempre dependeu de você!
Uma mudança daqui e outra dali, quem sabe você resolva mudar seu coração?
Ah! Me esqueci, coração é bem assim tipo João bobo.
Sempre disposto a apanhar quando o assunto se trata de amor
O tempo gasta o couro da capa de uma agenda,traz muito pó e destro ps móveis, mas jamais será capaz de destruir ou desgastar o verdadeiro amor, aquele que vem do céus.
Eu hoje estou vestida de linho branco.
Subo as escadas, vejo móveis antigos
e escolho uma "namoradeira".
Vejo crianças pelo recanto,
ouço músicas.
Me afogo no teu colo-canto;
beijo, sorvo e amo.
Tarde faceira com vista de orquídeas.
Sinto-me inteira!
Tá tudo na mesma, nada acontece...
Já sei! Vou me transformar.
Vou mudar o cabelo, os móveis de lugar, as coisas velhas não quero mais guardar.
Assim quando o novo chegar, ele tem lugar pra ficar. E tudo de ruim não pertence mais a mim.
E a felicidade se achegará em mim.
Novo
Limpei a casa e reorganizei os móveis. Joguei fora tudo que não me servia mais e só fazia acumular poeira dentro do meu coração. As lembranças continuam engavetadas, guardadas de mau jeito, para que eu possa dar uma olhada vez ou outra.
Ando cheia de vontades. Vontade enorme de ser feliz – sempre mais e mais, porque nós, seres humanos e de sangue pulsante correndo louco nas veias, temos essa mania de querer demais. Vontade de entregar-se ao novo, àquilo que ainda está chegando ou já chegou por completo – e me entrego. Vontade de plantar algumas árvores, muita alegria e gentileza no solo desse mundo desconcertado.
Meu coração tá transbordando de tanta coisa linda que tem guardada nele, e quero poder doar um pouco disso para todo aquele que queira experimentar – aprendi que não adianta se doar para quem nada quer ou não se deixa querer: a gente só se desgasta e gasta nosso carinho.
Vontade de jogar amor para cima, para baixo e para todos os lados. Nas diagonais, paralelas, perpendiculares e diversas outras direções. Espalhar o amor: “que seja doce”. Muito.
Que sejamos mais - e menos também. Que nossos estômagos se encham de borboletas e nossos corações se acalmem um pouco. Que mudemos – a nós e o mundo. Que cresçamos. Que somemos e multipliquemos mais do que temos subtraído.
Que comecemos de novo e de novo, todos os dias.
E que venha o novo.
Amor, veja bem, o Sol entrou pela janela e invadiu os móveis.
Consegues perceber que hoje não há esperanças?
Amor, o dia está no começo e estes olhos já insistem em se fechar.
Não há vazão, nem ao menos razão para esses olhos tais que nada querem enchergar de luz..
Preste atenção, Amor, ficarei de cama hoje como se o Sol não houvesse aparecido em meu quarto, enquanto você se perde de mim nos primeiros segundos de um novo dia.
As paredes tem falado comigo, os moveis sussuram!
Eu me arrepio, até mesmo com o assubio do vento.
Ouço tilintares que nunca ouvi...
A casa está mal assombrada.
Vejo vultos. Cogito e pareço um animal regogitando tudo aquilo que faz mal.
E as paredes gritam!
E me sinto normal como qualquer outro.
Muita coisa mudou mas o dilema permanece , por mais dispositivos móveis que tenhamos o amor ainda se passa de pessoa pra pessoa...
Estou aprendendo todos os dias a me reinventar.Como mudar os móveis de lugar,trocar aquela calcinha fio por uma bem grande e confortável,quem sabe até trocar a chapinha pelo babyliss.Estou aprendendo a me reinventar,me reinventando quem sabe novos ventos vem ventando por ai.
Qual é a regra da sua casa? Posso entrar com botas sujas? Posso mudar os móveis de lugar? Posso abrir a geladeira e pegar o que eu quiser? Posso usar o banheiro com a porta aberta? Posso dormir na sua cama? Na verdade isso nem se trata de regras. Basta o bom senso e a resposta será não para todas as perguntas.
Não somos donos de nada. Apenas administramos bens móveis e imóveis porque Deus permite.
Até a quantidade de bens, e o tempo que os administramos, é Deus quem limita
César Móveis e Gileno Oliveira
Para eles eu ponho o chapéu
Ponha o chapéu
É o chapéu da esperança
Está na cabeça do jovem, do idoso e da Criança
É o chapéu que está na cabeça dos mais pobres
E dos mais necessitados
Está nos quatro cantos da cidade
Na cabeça dos filhos de Martins
Que nunca tiveram oportunidade.
O chapéu que está na cabeça
Da dona de casa
Da empregada
E daqueles que não trabalham em nada
Está na cabeça do gari e dos estudantes
E das pessoas desempregadas
O chapéu que está na cabeça do médico
E do professor
Do taxista e do motorista.
Está na cabeça do desportista
E do jogador de futebol amador
Que sente falta do esporte em Martins
Que acabou.
Está na cabeça das pessoas que vêem no turismo o crescimento
E daquelas que moram nas ruas sem calçamento
Está na cabeça do engraxate de sapato
E daquelas pessoas que moram nas ruas cheias de mato.
Eu não leio poemas
Não vejo belezas nas flores
Não entendo trocadilhos
Nem troco os móveis de lugar
Não pinto aquarelas
Não entendo de pianos
Não bebo vinhos
Não movo montanhas
Não queria viver em sociedade
Não defino limites
Não amo demais
Tão quanto de menos, talvez
Não vejo pores do sol
Nem naceres de lua
Vivo sem bateria no celular
Tenho medo de antenas
Não dirijo carros dos outros
Não empresto meus poemas não lidos
Nem minha visão de mundo
Não alugo minha alma
Não me encanto por valores
Não queria gostar de café
Não queria ser criativo pra poemas sem sentido
Queria saber tocar contra baixo
Sempre quis ver o mundo do alto
Aprender a voar
Esquecer o gosto de remédios ruins
E voltar a sentir o mesmo gosto que senti quando te provei a primeira vez
Queremos muita coisa
Inventamos desejos novos como máquinas de escrita de jornais antigos
Desenvolvemos negações sobre momentos que não há de ser preciso
Amamos e odiamos o que compõe o mundo a nossa volta na mesma intensidade
Se a maioria de nós têm vergonha de roupas surradas e móveis de má qualidade, vamos ter também mais vergonha de ideias surradas e filosofias de má qualidade.
Observe as casas...São para os móveis e não para as pessoas. Observe os passeios...são para esnobar os outros, não para a diversão pura e simples.
Observe as roupas...deveriam ser para aquecer, proteger e vestir. Ponto. Mas são para vender uma imagem que sozinhos, só com nossos sorrisos e atitudes não conseguimos alcançar.
Alguns móveis também são imóveis: guarda-roupas armários e cômodas não tornam almas despojadas e acomodadas. Coisas não criam incômodos.