Moveis
Não consigo ver minha família porque ela não está aqui. Sem eles, todos estes móveis são inúteis, as margaridas na mesa de nada valem, a lamparina é apenas uma porcaria velha e escurecida. As imagens do meu pesadelo persistem e me assombram. Por mais que eu me esforce, não adianta: não consigo fazer com que desapareçam.
O tempo cura todas as feridas. Menos essa. Ainda não.
Meus sentimentos são os móveis mais pesados da casa, é preciso dois para carregá-los. Nunca fui uma pessoa materialista, mas confesso que tenho ficado paranoico com a minha mobília velha e sem mudança. Passei a observar minha casa. Poderia ter mudado a copa, a sala ou até mesmo o quarto. Resolvi mudar-me.
Eu escrevo pro vento
Pro teto
Pras cadeiras
Escrevo pra tantas coisas
Tantos móveis
E lugares
Que já não controlo minha vida
O que eu diria então da minha escrita
E assim nada decide o que sai da caneta
Apenas brota
Vai embora
Por sorte minha não volta
Os dias passam devagar
A noite me diz que você não vai voltar
Os movéis saem do lugar
Eu corro o mundo e não consigo te alcançar...
Sem você meu rádio fica mudo
Minha tv fica sem cor
Meu violão fica sem som
Sem você meu corpo não reflete mais no espelho
Minha casa cai
Sem você eu perco o chão!
Então me aceite com eu sou
Não me peça pra mudar
Essas manias que você já perdoou...
Eu vou levando a vida
Eu vou tentando disfarçar
Mas vou deixar a porta do meu quarto aberta
Caso você queira voltar!
Recordações são como ecos do arrastar de móveis; dos sorrisos, das conversas intermináveis, dos movimentos de passos, que se encontravam, harmonizavam, bailavam;
Agora, a casa está vazia, desocupada, aquele principal morador que a ocupava, e me alegrava;
Partiu...deixando, agora, só ecos, recordações!
O colorido da vida pintado na parede de casa.
Feito tinta eu sorrio para os móveis.
Feito vida eu escolho a cor da tinta.
Feito brisa de mar eu deito no chão da sala.
Na parede de casa, o colorida da vida.
Hoje resolvi mudar, tudo que me faz mal, tudo que não me completa, começei mudando os moveis de lugar, mudando as minhas roupas, jogando fora tudo que não me convém, decidi que minha vida vai ser controlado por mim e por mais ninguém , que as minhas mudanças me beneficiará, que ira me fazer bem, não quero viver de aparencia nem de amizades incertas, quero viver com felicidade e sucesso, chega de coloca a frente pessoas que não me coloca a frente, amarei quem realmente merecer, e farei feliz quem quiser ser...
Sabe quando a casa se torna parte de nós?
As Paredes mudas e móveis imóveis guardam um segredo em cada canto.
A janela que oferece seu apoio em momentos de solidão.
Saudade dela.
Tristezas afugentadas no chuveiro. Pecados confessados no espelho. Filmes no inverno.
Tudo ali é você, é seu. Guardado. Dentro. Seu lar.
É parte e é todo você.
Entre idas e vindas é ali que se está ligado. O endereço é nome.
Penso numa caixa de música onde cabem suas coleções.
Onde estão os tesouros e castelos descobertos no caminho.
Entre as visitas, telefonemas, refeições e cochilos, se exerce uma crença sem desculpas.
Sem qualquer tipo de mágica ou milagre, se materializa a relevância do conforto, a liberdade imensa de descansar o corpo nu e de deixar a alma a perambular. Sente-se dentro de si.
Estar fora do jogo, longe das atenções e ocupado consigo. Quanta honestidade ocupa um abrigo.
Na minha época tudo era feito para durar, os móveis, os carros, os eletrodomésticos o amor, a amizade. E quando estragava, a gente remendava, costurava, reformava. Hoje não, hoje tudo é deixado de lado, jogado no lixo, tudo tem que ser novo, mesmo que seja frágil, que não valha a pena. Saudade de quando a vida passava mais devagar, as coisas tinham valor e sonhávamos com um tempo onde o mundo seria melhor para todos, este tempo que nunca chegou e deste jeito nunca chegará.
Eu preciso ter coisas penduradas nas paredes, móveis com portas de vidro e eu observar o que há dentro quando não tenho nada pra fazer ou quando o sol não entra pela janela.
O carpinteiro de Nazaré fez alguns móveis planejados para nós: Uma cruz, um jugo, um arado e uma cama.
As crianças não eram animais de estimação, nem móveis, nem itens colocados na terra para dar prazer às pessoas que os possuíam...
Não tenha medo de mudar a casa, reorganizar os móveis, redecorar o ambiente, varrer para fora o que não está dando certo e deixar-se envolver pelo novo. Não queira mudar o mundo, quando a verdadeira mudança deve ocorrer dentro de você.
Então ventou forte, espalhou todos os papéis, derrubou móveis, mas fez aparecer uma carta sua, que pensei ter perdido.
O que é um(a) montador(a) de móveis? É uma pessoa que estudou ou treinou montar móveis, e se dedica a essa atividade. O que é um músico ou uma musicista? Pode ser tanto uma pessoa que se dedicou a estudar e treinar música, como alguém que intui a arte sonora em sua vida e faz, seja como ofício ou satisfação. Mas, então, o que é um ser humano? Um ser humano pode ser montador de móveis, pode ser músico, e também pode deixar de ser, e se dedicar a tantas outras atividades. O ser humano não há como definir, se houvesse uma definição seria a possibilidade, pois é um ser de possibilidades, pode ser muitas coisas em sua vida.
Não Confie Em Carros, Casas, Móveis, Homem Ou Mulher Porque Será Inútil, Mais Se Você Confiar Em Deus Tudo Irá Bem Porque Tudo Que Nós Temos Na Terra Será a Minoria Do Que Deus Tem Pra Nós No Céu.!