Mosaico
O tempo passa e só você não pode ver
Você falou mas ninguém quiz te ouvir.
Faça agora o que tens que fazer,
Pois agora eu só quero sorrir.
Suas ideias foram o que restou, de uma pintura que não existiu
Com seus problemas ninguém te ajudou,
Fora tratado com um nobre vil.
Será que agora eu vou ter que esperar?
Será que agora vocês vão me ouvir?
Será que vão me vilipendiar?
Será que a arte ainda está porvir?
Agora o dito quase não se foi,
E como sempre, não posso fazer..
.. Nada que possa te fazer feliz,
E ensina-lo a compreender
Que nosso mundo não foi feito assim.
E agora tem que acostumar
A enganar seu próprio coração,
Para não ter mais que chorar..
Será que agora eu vou ter que esperar?
Será que agora vocês vão me ouvir?
Será que vão me vilipendiar?
Será que a arte ainda está porvir?
Será que o mundo é só ilusão?
Será que estou eu, vivendo em vão?
Mas quando um dia isso vai parar?
- Quando um mosaico você criar.
NÃO... Não há uma noite...
Não... Não há um dia...
A eternidade não é calculada pelo tempo e nem medida pelo espaço.
A eternidade não se ecoa, não se propaga... EXISTE...
Há tempo no hoje, tempo dia, tempo noite, tempo inicio, tempo fim.
Tempo fim, tempo inicio e mais um hoje...
No hoje, do ontem a lembrança, do amanha a possibilidade...
Em cada hoje, TANGÍVEL só o AGORA ...
No hoje o eco do ontem, do hoje a propagação do amanha, do inicio o fim e no fim o início e a repercussão em eco dos hoje, eco que ecoa, que se propaga até o infinito e no infinito absorvido pelo ETERNO permanece então inerte e imutável o mosaico retrato da soma dos fatores hoje de uma existência finita que adentra na eternidade dando origem a um novo ser agora então imutável e eterno... Evoluir o mosaico acontece no agora antes do imutável e eterno, montar o mosaico demanda em momento agir e em momento aceitar.
A eternidade é infinita.
A visualização do infinito e eterno é contemplativa não interpretativa, limitá-la a expressão reflete na realidade ulterior, original e pura mudando este estado original que é sobrenatural por um conhecimento inefável e absoluto em pertencendo ao universo a relatividade da fonte elementar.
Aurio Franco.
Lindos mosaicos são criados com peças quebradas. Deixe que o seu poder criativo transforme em arte o que você vê como partes quebradas em sua vida. Tudo se transforma!
Quando você junta seus cacos, você se torna irreconhecível. Eles são como cicatriz, nos deformam um pouco, não doem mais só latejam em dias de tempestade.
Quando você junta seus cacos, os velhos pedaços quebrados vem a tona e imploram reforma. No final, depois de muito chorar pelo inteiro que virou caco, você os torna um lindo mosaico. Uns apreciam, outros sentem
saudade dos cacos pronto para o descarte, esses não apreciam arte do reinventar.
As vezes, nos sentimento o caco. Mas não podemos fazer cicatrizes no outro com nossos pedaços. Pessoas feridas, ferem. As vezes da vontade de dizer pra quem quebrou, toma conserta.
Sou um inteiro,
Impossível me doar em partes,
Então, me dôo,
Enquanto a vida me dói,
Constrói, destrói e reconstrói,
Como se à cada decepção,
A minha arte delicada,
Novamente despedaçada em mil partes,
Reformulada em mosaicos,
Estilhaços de tempo,
Momentos,
Cada vez mais colecionáveis,
Ampulheta quebrada,
A areia se espalha,
Entra nos olhos,
Lacrimejando as perdas,
Pelos motivos mais bestas,
Onde estará a verdade?
Sem vaidade?
Sem véu,
Sem mentiras...
Um ser completo no meu,
Assim então, nos transbordamos,
Em artes de noites mal dormidas de prazer,
Café da manhã na cama com poema e cafuné,
Sabe bem como é?
Eu não,
Mas, sei que existe,
Já te dei vida na minha imaginação.
Porquê não?
Eu queria que entendesse que me faço de pedaços de outros, e de mim. Não que eu tenha buscado me despedaçar, ou as artes estranhas de se reconstruir em fraturas. O mundo faz ser assim, te ofereci esse "Eu", cultivado e colhido dos tantos Yuukis que não vingaram. E te ofereci minha essência, que foi por tantas vezes atirada a mãos alheias e a paixões tão distintas da sua. Eu aprendi com essas mãos alheias, e me fiz isso, que diz amar. É... nauseante? Imaginar que já fui de outras pessoas? Que já foi deles, e que vivi vidas inteiras, vidas curtas.... É nauseante saber que no prato que agora comes... foi prato já servido? Limpo... e utilizado tantas vezes quando um faminto humano tenha vindo ao meu encontro? Pois tudo nessa casa, tudo nessa alma, já foi para o lixo, e retornou dele, já foi mais bonito e também mais triste do que essa figura que se reforma e se ergue por você. Tens medo de serdes mais uma fratura? Mais um enfeite de tragédias do meu passado? De se tornar mais uma mobília de um lar para ontem? De me fazer mais útil, apenas depois do trágico fim? Mas que fim? Tens medo, ou Tens gosto pela posse? Querias voltar no tempo? Que eu fosse teu, ainda antes de saber que existias? Querias um Yuuki imaculado? Mesmo que custasse tudo que ergui, que salvei, que destrui? Tudo aquilo que tu contemplava até um segundo atrás? Queres que eu me desculpe por tantos reveses apenas para que tenhas uma figura ao chão, para dar aquilo que tão bem aprendestes a dar: Misericórdia. Para ver sinceridade nesse ato triste eu precisaria sentir vergonha de ter sobrevivido a tudo, vergonha de não ter me tornado uma derrota viva, reclusa em tormentos inválidos, afogado em possas rasos, enforcado em fios frágeis, das frágeis aranhas de banheiro. Pois abro meus braços duros a ti, e sorrio com meus dentes gastos. Você fica? Você aceita? Não precisas responder agora, sei que meus olhos te intimidam. Te fazem menina vulnerável. Vou me deitar, pois a noite a muito me tomou a disposição, deixarei a porta aberta e... caso decidas partir, faça em silêncio. Deixe as lacunas, eu as preencherei. Farei honras ao que vivemos, você dera uma bela cerâmica, com um contorno vivo aos meus olhos. Tudo que foi bonito, tudo que foi feio, se encaixará em num mosaico de mim.
Todos os dias me deparo com pequenos milagres escondidos nas miudezas do dia-a-dia. É com eles que construo a memória mosaica da minha felicidade.
É lindo quando a vida nos supreende e pega dois corações que foram despedaçados, junta os pedaços e faz um lindo mosaico cheio de amor.
Certo... Somos vários inteiros de cacos quebrados
De quedas e tropeços à batalhas internas.
A cada rachadura uma marca eterna.
Mas já se pôs a observar um vitral?
Cada pedaço e cor é essencial,
E só com os pedacinhos de vários inteiros, que nele se conta uma história.
E história esta, que poucos sabem apreciar,
Mas que com certeza é algo belo a se admirar.
Uma fantástica colcha de retalhos é o que é a vida. Colorida de emoções verdadeiras, com nuances de cinza de sentimentos conturbados, tonalidades exuberantes de esperança e êxtase, tons desbotados de trilhas percorridas ... Permita que sua trajetória seja colorida, homogênea, rica, surpreendente. Poder tecer tão maravilhoso mosaico é o mais esplêndido presente da existência.