Mortos
"Deixem que os mortos enterrem seus mortos, pois aqueles que são bons viverão para sempre entre vós."
POETAS MORTOS
Ensandecidos: Vagueando à multidão
Eu vejo alegria, ansiedades e chorar...
E dentre o meu peito falta vida, me falta ar
Por sentir os temores da ilusão...
Insanidades, eu vejo a toda alma o coração
Por falsidades que os fazem fadigar,
E, ensandecida, navegando sobre o mar
Eu vejo a minh'alma à solidão...
Versos entoam dos meus sentimentos:
Tão Igual é nosso sonhar, nossos lamentos
Por virtudes nosso luar ser de alegria...
A sofrer sinto-me brando, sou louco?
Eu sou d'um Poeta o fogo intenso e absorto
A mentir o nosso amor: Que fantasia!
O radiar da verdade mostra as trevas da mentira. Os justos mesmo depois de mortos, ainda assim serão honrados por amor a verdade. Já o mentiroso será apenas um fragmento de tempo esquecido.
As histórias contadas pelos mortos são fundamentalmente diferentes, porque elas não são contadas para esconder as feridas deles.
Os sentimentos que tinha por ela nunca foram mortos se eternizaram em minhas músicas, rimas, lembranças, memórias, em tudo a qual tive o alcance e potencial de tornar
2 de Novembro
E hoje na cidade dos mortos, há flores, choros e gemidos.
Amanhã, as flores estarão mortas. ''E os mortos, de novo esquecidos''.
***flores aos mortos***
Muitas vezes, flores são entregues aos mortos como um tributo, um gesto de carinho que não veio em vida, mas que chega quando já não podem mais sentir o perfume. Em vida, eles foram esquecidos, tratados como eternos, como se o tempo não fosse levá-los um dia. Enquanto muitos se veem como deuses, acreditando em sua própria invulnerabilidade, ignoram que somos todos feitos de pó, sujeitos a esse fim inevitável.
Essa homenagem tardia reflete a ironia de nossa existência: valorizamos apenas quando já não podemos mais ter, entregamos o que deveríamos ter dado em vida. Que esse ritual nos lembre do valor dos que ainda estão ao nosso lado, antes que o tempo torne cada gesto em algo tardio e vazio.
Ecos de uma guerra sem fim
Os mortos sabem o que os vivos insistem em negar: a guerra nunca termina. Ela se esconde nos becos e nas esquinas, na miséria que grita silenciosa e nos olhares vazios de quem perdeu tudo, menos o desespero. A farda que um dia vesti carregava o peso de um mundo que sangra, mesmo quando teima em se cobrir com um véu de paz ilusória. Cada dia de patrulha era uma batalha travada não apenas contra homens armados, mas contra as sombras que habitam o coração da sociedade.
Quem segura um fuzil aprende que a verdadeira guerra não está apenas nos disparos ou nas trincheiras; ela está nos ecos que esses sons deixam na alma. O som seco do gatilho não se cala. Ele reverbera nas noites de insônia, nos pesadelos que queimam a mente e nas lembranças que jamais se apagam. Deixar o front não é suficiente para calar esses ruídos. Uma década já se passou desde que me reformei, mas ainda carrego comigo os rostos dos que ficaram para trás e as histórias que nunca serão contadas.
Apenas os mortos encontram o fim da guerra, pois para os vivos, ela continua de formas diferentes. Cada dia longe do campo de batalha é uma nova luta contra os fantasmas que o dever deixou. Esses espectros habitam o silêncio, a solidão, a memória. A farda pode ter sido guardada, mas o espírito do guerreiro não descansa. Ele permanece, marcado pelas cicatrizes invisíveis de uma guerra que não se apaga, mas se transforma em um fardo que poucos conseguem compreender.
A paz, para quem já viveu a guerra, é um sonho distante, quase impossível. Ainda assim, é o que nos move, mesmo sabendo que ela talvez nunca se concretize. A ilusão de que a guerra tem fim é o que mantém muitos vivos. Mas eu sei, como sabem todos que enfrentaram o abismo, que a verdadeira batalha não se encerra no cessar-fogo. Ela continua, para sempre, nos corações daqueles que sobreviveram.
personagens mortos por amar...
a eternidade sendo amado e amada,
silencio transpõem os sentimentos,
para onde estamos condenados.
diante de tantos rumores o ar se abate
as brumas me fazem sentir saudades
num momento bom e agradável...
“ Me indago, fazemos homenagens aos mortos e esquecemos dos vivos, que nos permitem viver melhor, se seus atos não foram suficientes durante a vida, por que será que só lembramos isso quando não mais estão aqui? Por que? ”
No sol da meia noite te amo
até morra seca entre o dia que seca sia vida,
meus amigos mortos, por suas verdades cruas,
mórbido seu ser diante vos me calo
tenho tantas perguntas para que vazio ira responder...
minha ira denota com tua morte ainda assim sim te amo...
reset... recomece, com sua morte
seus sonhos são apenas divisão de bens...
que importou em uma vida inteira...?
Sociedade dos petas mortos 1989, gosto desse filme, Robin Williams esta divino nesta película, é uma pena que hoje em dia ele é um poeta morto, a certeza de que ele ainda esta vivo esta no legado dos filmes que ele nos deixou...
Medito profundamente para expandir minha aura, tão longe, até o mundo dos mortos, para te sentir uma ultima vez.