Mortos
“É triste dizer, mas... Muitos, para não querer reconhecer a maioria, vivem como mortos-vivos. Enterrados em seus túmulos num profundo sono. Não querendo jamais acordar (Despertar), convivem embriagados em seus sonhos, nas suas próprias ilusões, com seus caprichos mais mesquinhos e fugaz que se possa um ser humano ambicionar, em troca de meros gozos repentinos e passageiros, que oculta uma realidade tenebrosa, que os acorrentam e escravizam, tornando-se a única e fútil razão de suas vidas (Ídolos). Mesmo mortos (Adormecidos), para real e eterna vida, buscam embelezar seus fétidos sepulcros (Vaidade), decaindo cada vez mais profundamente em seus insanos sonhos (alienação), em um circulo vicioso e infernal... Matam (Os profetas) se for preciso para se manterem mortos!”
Um livro é um mundo mágico cheio de pequemos sinais, em que os mortos podem regressar à vida e os vivos podem viver eternamente.
Estamos mortos enterrados em segredos...
Olhe para os céus anjos estão morrendo
Sem o perdão dos céus.
anjos mortos solidão abandonada,
solidão liberdade do coração,
livre ou morto,
apenas o terror há meio fio
numa estrada longa e sutil.
Não tenho medo dos mortos, e sim dos vivos; estes, machucam, decepcionam, usando de falsidade; viva é a pessoa, morto é o seu caráter.
Eles que vivem
Não são como nós
Eu e tu,
Os mortos do real
Do que existe e do que não;
Tu que te iludes
Vós que vos iludais
Penseis que vivem
Quando o não;
Eu.
Cristo não ressuscitou do meio dos mortos; ele ainda está no túmulo para aqueles que não O conhecem.
Sou filho de fêmeas exaustas de parir mortos de fome.
Queremos romper o miasma da sociedade anã,
um miasma corrupto,
onde computa e disputa
e nada muda.
Queremos urinar na mão para não se corromper,
vamos nos educar,
o Brasil e seu venhe prenche de livores,
a flor do mal.
Algo tosco,
quando cito sobre traições e corrupções,
eles rirem como se fosse algo normal,
o nosso país é um cortiço.
Um circo,
já dizia meu pai,
uma nação de muitos moleques,
e de poucos homens de bem.
O casco do povo aqui tem piolhos corruptos,
a minha arte hoje tem que ser prostituída,
não sei mais o que fazer,
não sei se é melhor ser condoreiro, romancista, parnasiano, naturalista.
Sou filho de fêmeas exaustas de parir mortos de fome.
VIVER OU NÃO
Mortos e vivos ao mesmo instante. Ambiguidade? Jamais.O deveras morto torna-se sem vida. Redundância? Não mais. Temendo tais condições humanas. O indivíduo já sem vida procura uma explicação para sua desprezível, inútil vida de defunto. Essa busca por um motivo de viver o levara a sua cova. Mas em vida, ele não há de se jogar na cova, ele jogará sua família, seus amigos, todos que anseiam em companhia alguém vivo. Sim, um dia eles morreram e deixaram saudades- precisando morrer para saber que a viva é muito para se pequena.
As religiões não matam, mas as pessoas morrem por causas delas. Milhares de mortos, sendo hoje 717 mortos, é um sinal de que DEUS não estava presente nem domina seus seguidores, por ser negligente ou por não existir. No cristianismo, a “inquisição”, “idade das trevas” milhares de pessoas foram mortas por uma espécie de tribunal religioso.
Tudo isso é por DEUS?
No Fim..
No fim, se escondem as oportunidades,
todos os mortos já enterrados ressuscitam,
querendo retomar suas tentativas de viver em vão.
Os pensamentos transmitem os sentimentos que jorram de mim,
esses mortos captam no ar e me procuram, encontram, torturam.
Quem sabe agora podem ter uma nova chance de me usar, magoar e depois abandonar,jogar nas ruas, como não fizeram antes.
Espero que não.