Morto Vivo
"Quanto mais eu vivo, mais eu percebo o impacto da atitude na vida. Ela é mais importante que o passado, que a educação, que o dinheiro, que as circunstâncias, que os fracassos, que os sucessos, e do que as outras pessoas pensam, dizem, ou fazem. "
Me entenda. Eu não sou como um mundo comum. Eu tenho a minha loucura, eu vivo em outra dimensão e eu não tenho tempo para coisas que não têm alma.
Quando se é um jovem LGBT na América Latina o maior desafio imposto todos os dias é estar vivo.
Sobreviver é a resistência mais hostil e vitoriosa.
Sou impulsiva, dramática, exagerada, mas vivo com intensidade. Tenho paixão pelas coisas. E pelas pessoas. Sou movida pelo que sinto, pelo que vem de dentro, pelo meu coração. A razão? Que se exploda! Posso me dar mal, mas prefiro agir com o que vem lá do fundinho.
Será que alguém se importa comigo? Acho que não, pois vivo triste e precisando de ajuda e ninguém vem falar comigo, a não ser a música e os meus pensamentos.
Eu não sou pobre, eu sou sóbrio, de bagagem leve. Vivo apenas com o suficiente para que as coisas não roubem minha liberdade.
Eu vivi e ainda vivo !!
Eu cresci, amadureci, quis ser criança novamente mas não pude.
Respeitei, de todas as formas eu amei . . . no final me descobri.
Te encontrei, com um sorriso me encantou, e com uma troca de olhares me perdi.
De todas as coisas que eu encontrei dentro de mim, busquei uma que se comparasse com aquele momento
Eu amei . . .
Me encontrei, confiei, de todas as formas eu me entreguei.
Correspondi, imaginei, com apenas duas palavras ( te amo ) eu viajei.
E por mais que eu não quisesse,
Me apaixonei . . .
Percebi que meus sentimentos não estavam sendo correspondidos,
Dor, sofrimento, sorrisos insanos, olhares vazios,
eu sofri. . .
Demorei para perceber que estava colocando prioridades em pessoas que me viam como uma simples opção
Eu caí, percebi que o fundo do poço era meu destino
Relutei, não quis aceitar tal destino, me fiz de forte quando a dor era tamanha
Eu chorei . . .
Você não quis mais, não aceitei, me desesperei, me ultrapassei, eu me apaguei.
E com todos aqueles sentimentos perdidos dentro de mim
Me perdi . . .
Com o tempo percebi que eu era muito mais do que aquilo que você via
Eu sou muito mais do que você merecia
Você perdeu, se arrependeu, quis usar aquele olhar novamente, mas eu não era mais a mesma.
Eu cresci . . .
Mereço mais do que aquilo que imagino,
Eu sou mais do que aquilo que as pessoas viram
Eu amei, me apaixonei, eu sofri, eu chorei, me perdi . . . no final eu cresci.
Posso olhar para trás e dizer : Eu vivi e ainda vivo !!
Tenho que me lembrar de respirar, tenho quase que lembrar meu coração de bater! Vivo como se me impulsionasse uma mola endurecida: é constrangido que realizo o ato mais insignificante, desde de que esse ato não dependa daquele pensamento único; é constrangido que reparo em qualquer coisa viva ou morta, se ela não esta associada à ideia que é para mim universal. Um único desejo alimento, e todo o meu corpo, todas as minhas faculdades anseiam por atingi-lo, vêm ansiando por isso há tanto tempo, e tão inflexivelmente, que estou convencido de que esse desejo será satisfeito, e em breve, porque já dominou minha existência.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Me desculpem amigos,
não tenho tempo a perder.
Vivo e deixo quem quiser viver.
Viver é correr perigo,
a vida está por um triz.
tenho tempo só pra ser feliz!
Quem souber olhar em torno e ver
com os olhos sábios de aprendiz,
vai estar de bem com a vida,
vai achar uma saída,
vai um dia ser feliz.
Não quero ter esperança de mais nada. Nao quero rezar para que Max esteja vivo e em segurança. Nem Alex Steiner, porque o mundo nao os merece.
Eu sou tímido, e ninguém acredita. É por isso que eu vivo dizendo pra pararem de me analisar pelas coisas que eu escrevo e penso. Quem me conhece pessoalmente sabe que eu mal abro a boca. Sorrio de cabeça baixa e não gosto de demonstrar afeto. Pois é. Eu acho muito mais fácil escrever. Tenho minhas ideologias, minhas opiniões, meu estilo de vida. E já que minha “fala” é limitada, escrevo. Não falo quase nada, mas observo muita coisa. Estudo o jeito que as pessoas andam, como sorriem, conheço o modo que mexem o cabelo… Conheço a felicidade e a tristeza no rosto de qualquer pessoa de longe. Sei quando finge estar feliz, e sei quando algo lhe incomoda. Tenho vergonha de falar ao telefone, com qualquer pessoa que seja. Muitas vezes falo olhando nos olhos, outras vezes, falo de cabeça baixa. O meu silêncio muitas vezes me ajudou. “Quem come calado, come duas vezes.” Quando você só observa, você aprende muita, muita coisa. Traduzindo: Ao invés de achar que conhece as pessoas e sair julgando-as por aí, se conheça e apenas observe o que tá em sua volta. Nem tudo é o que parece. Se é bom ser assim? É ótimo. Você cria meio que uma seleção natural de pessoas ao seu redor, pessoas pra contar. As outras não te respeitam. Você precisa realmente de pessoas que não sabem respeitar o seu jeito de ser? Que não te aceitam? Você não precisa disso. Não conheço muita gente na minha cidade. Devo contar nos dedos quantas conheço, e quantas me conhecem. Sou reservado, sou na minha. Não tenha medo de demonstrar ser inteligente se você é. Não tenha medo de ser especial da sua maneira. Não se iluda com coisas passageiras. Você não precisa imitar o jeito do seu amigo pra demonstrar que gosta dele. Não precisa imitar as roupas do seu ídolo pra provar que o ama. Você gosta de black power? Usa black power. Quer sair de terno e gravata? Saia. O importante é que você encontre um meio de se sentir bem. Não vá pela cabeça dos outros, vá pela sua. Porque quando os outros errarem,você erra junto e nem sabe porque vai tá errando.
Posso falar de morte enquanto vivo?
Posso ganir de fome imaginada?
Posso lutar nos versos escondido?
Posso fingir de tudo, sendo nada?
Posso tirar verdades de mentiras,
Ou inundar de fontes um deserto?
Posso mudar de cordas e de liras,
E fazer de má noite sol aberto?
Se tudo a vãs palavras se reduz
E com elas me tapo a retirada,
Do poleiro da sombra nego a luz
Como a canção se nega embalsamada.
Olhos de vidro e asas prisioneiras,
Fiquei-me pelo gosto de palavras
Como rasto das coisas verdadeiras.
O dia que eu ouvir alguém dizer “não vivo sem você” eu saio correndo. Vai aprender a viver sozinho para viver comigo! Não quero ninguém que tenha medo de me perder, quero alguém que não queira me perder. São coisas bem diferentes. O medo de perder não quer dizer que você ama a outra pessoa, quer dizer que você não se ama e não quer ficar sozinho. O não querer perder é o simples fato de preferir estar junto.