Morto Vivo
Não se pode viver com medo
pois aquele que vive com medo
esta morto
pois seus desejos não devem ser comprimidos
por medo ou vergonha
faça o que tens de fazer
quando quiser fazer
se quiser fazer
com quem quiseres fazer
a onde quiseres fazer
sem medo de erra
de machucar, de enganar
de amar, de perder
de ganhar, de sonhar
sem buscar o certo
sem buscar o errado
sem buscar o bem
sem buscar mal
só o que te faz feliz
como uma planta no meio de um quintal
Em minha vida, é tudo ou nada.
Porque não existe, homem mais ou menos morto, ou mulher mais ou menos grávida.
Morto...
assim acontece.
Preso, condenado
ao infinito do mesmo.
Infância corroída,
manifesto interior.
Colo, cuidado, carinho:
abandono, desdém, deboche.
Ilha sem mar,
incompleta natureza.
Pouco riso, e por dentro.
Cego de chances...
Envenenado por crer.
Quebra-cabeça de vento.
Como Lázaro eu estava morto e não sabia, mas minha morte era espiritual e Lázaro após ouvir a voz de Cristo ressuscitou; comigo não foi diferente!!!
Tão sem tom
E hoje está meio apagado, meio morto, ranzinza
Está tão vazio, tão vago, tão fúnebre
Tudo tão passageiro, tão sem sentido
Coisas sem noções de existir, existindo
Coisas talvez nem tão necessárias, que não completam nada, só existindo
E tudo continua tão sem par, tão sem lar, tão sem tom, sem cor
E os dias passam por passar
Estou esperando uma hora que não quer chegar
E os dia passam, não tão devagar, sem pressa
Mas estou com medo de que venha passar
E ainda não estou cheio, continuo sem voz, sem melodia
Sem forma, sem um traçado qualquer para me inspirar
seguem, estes olhos, os ponteiros do relógio
E tentam um tanto desesperado, não pensar
Essa é minha mania, um tanto louca, de sempre pensar
Mas continuo tão só, tão perdido
E ali estou, naquele canto do quarto, esperando um castigo qualquer
Abraçando o único calor que posso provar
O calor de minhas próprias pernas, que já exaustas não querem caminhar
Embora tão lindo, esdrúxulo, embora tão forte e imponente
Abalo num semitom particular, de uma canção que não sei cantar
E decoro suas cifras como quem colore seu poema com sentimentos que não sabe expressar
E por mais que eu queira vagar e esconder na multidão
Não esqueço aquela rima que canta… Tão só, tão vazio, tão passageiro
De tanto ouvir qualquer melodia que ao meu deleite trouxesse conforto
Fiquei surdo de vez
Tão no meu mundo, onde só ouço aquela canção
Embora não seja uma lembrança, é meu único som sem lamentar
Hoje tão poeta, tão cativo de todos
Eu não sei como cantar minhas frases sem rima, mas sempre com o mesmo refrão
E continuo tão cheio de tanta coisa, menos do que realmente almejo
Estou tão vazio das coisas, tão cheio de tudo
Tão carente, tão cheio de palavras e sentimentos
Tudo em tom de tão, para cantar que simplesmente estou tão sem você
Um dia com o coração aflito,
A alma abatida
E o espírito quase morto,
Fui levado a um lugar,
Fui levado por Deus a um lugar,
Contra minha vontade caminhei
Minha alma abatida pedia outros caminhos,
Mas meu espírito quase morto relutava e dizia é por aqui que deves ir,
Nem imaginei eu,
Que seria colocado na presença do Sr. por ouvir aquela voz
Que dizia é por aqui,
Hoje com meu coração quebrantado,
Minha alma sofre por ver outras almas que clamam por socorro
E não ouvem o Espírito de Deus dizendo por onde é caminho,
Hoje meu espírito é vivificado a cada instante em Cristo Jesus!
E somente Cristo é meu Senhor e Salvador
A vida é movimento, erro e acerto, desejo e ação, quando nada nos impulsiona, então já estamos mortos. Prefiro lutar com ardor e paixão, perdendo pedaço de sentidos e coisas, do que ser um corpo inerte vivendo sonhos impossíveis...