Morto
O que seria morrer?
O fim da alma ou do corpo?
Uma nova vida ou um vivo morto?
Uma despedida ou uma chegada?
Um caminho aberto ou encruzilhada?
Talvez um começo, talvez um fim
Que sabe folha seca ou ate mesmo jardim
A libertação do espírito, a prisão de um ser?
O adeus definitivo ou o ate mais ver?
O que seria morrer então?
Nascer em outro mundo ou voltar para o mesmo em uma outra geração?
Seria uma pergunta ou uma solução?
Querendo ou não é assim que tem que ser, diante de tantas dúvidas todos nós vamos morrer.
Quero o improvável, o que ainda não está morto, o que ainda pode nascer,acontecer, crescer, ser!
Quero o simples, sem frescuras, sem julgamentos, sem mágoas, com toda a disposição para ser melhor!
Preciso de algo novo, ainda que já tenha passado, pois se o tempo não há de voltar, poderemos nós recriar, libertar!
Solteiro sim sozinho nunca, tô casado mais não tô morto, tenho namorada mais sou descompromissado, sou casado mais temos um relacionamento moderno (acredite, eu já ouvi essa). Hoje em dia são tantas as definições para se estar comprometido ou não que chega a ser estranho mas o que chama a atenção mesmo é a impressão de que todo mundo está disponível.
Grande parte dos relacionamentos (não faço idéia da percentagem) acabam por causa de uma traição e/ou motivos ligados a ela.
Estou sozinha sim e solteira também ou vice versa...
Me mantenho assim por opção própria, pois meu último relacionamento foi bem desgastante e não dependo de outra pessoa pra me fazer feliz ou para criar qualquer tipo de expectativa em torno disso, não preciso 'dividir' minha vida e nem acrescentar ninguém a ela (soa à egoísmo mas é amor-próprio), não preciso me privar de nada porque não teria pensamentos do tipo: 'se ele não for melhor não ir sozinha mesmo querendo muito para não desagradar' (eu abrindo mão de algo que gostaria de fazer porque o namorado ausente não poderia ir e acaba surgindo aquela preocupação inútil do quão resprovável seria se você fosse sozinha)... enfim estando só não se tem esses pensamentos nonsense, tem a oportunidade de se conhecer melhor, aproveitar as coisas que realmente gosta de fazer, planejar viagens e oportunidades que talvez não teria se estivesse com 'alguém'.
Ter um relacionamento nos dias de hoje é muito complicado, porque com o tempo as pessoas praticaram o cinismo e a falsidade (diga-se mentira) de uma certa forma que faz parte de nossa rotina. As pessoas mentem, traem, enganam e voltam a mentir todos os dias. Graças a DEUS não todas ao mesmo tempo. Mas elas agem assim... algumas com uma facilidade e desenvoltura assustadora.
Já ouviu pessoalmente uma pessoa que tem FÉ falar de DEUS? É natural, a pessoa não se esforça para parecer convincente, ela poderia te falar sobre esse assunto durante horas (assim como algumas testemunhas de Jeová). Porém o que se vê o tempo todo é gente falando sobre o que não sabem, não entendem ou fazem idéia.
Falam sobre Deus, sobre fé e sentimentos que nunca sentiram e nem sabem como seria, dizem coisas como 'eu te amo', 'confie em mim', 'estou com saudades', 'quer casar comigo?' com a rapidez e sinceridade de um robô.
Criaram e estamos criando pessoas de um egoísmo ímpar, de uma frieza surpreendente, psicopatas cruéis que assustariam até Charles Manson.
Me pergunto o tempo todo como chegamos a esse ponto? Quando foi que as pessoas começaram a ser cúmplices da impunidade? Porque nos tornamos tão desleais e infiéis as novas convicções? Como ficamos tão egoístas?
Perguntas negativas... respostas complexas.
SEJA FELIZ, todos tem esse direito, mas não baseie sua felicidade em um outro alguém porque ele é um ser humano assim como você e uma hora ou outra vai mentir ou omitir coisas, e essas 'coisas' podem ou não afetar sua vida; por isso melhor fazer planos com os pés no chão, não dar um passo maior que a perna e ter sempre uma opção (Plano B).
Talvez seguindo todas essas recomendações se evite sentimentos como desilusão, decepção e desgosto.
TALVEZ!
Não gosto de estar dormindo nem de estar morto perto de ninguém.
VII Filinho acabou sendo morto
Por um pedaço de terra
Jagunço sedento e louco
Iniciando uma horrível guerra!
Nunca se convença de que seu sonho está morto , pois um sonho só pode morrer se vc não lutar ou não der valor a ele.
Minha Alma é sonhadora como a de um poeta morto, eu escrevo coisas que só eu entendo, e não me importo que os outros leiam, eles não vão entender mesmo. Adoro o surreal e o dadaísmo, gosto mesmo é de gente Incógnita, adoro decifrar e codificar escrevo coisas só pra rimar, ou não.
MORTO POR UM ABORTO
(Esta poema é produto de uma ficção que traz à tona o veemente repudio do próprio feto, contra UM CRIME CHAMADO ABORTO.)
Mãe! Eu consigo e você comigo,
Poderíamos viver juntos por muito tempo
Se não fosse esse seu inescrupuloso intento,
Prestes a decretar minha não-vinda.
Esse intento que desenfeita a beleza feminina
De dois corpos num só.
Que desvenda o mal que você apronta,
Ao ilustrar na tela do desrespeito à vida
Ao apresentar a aparição dos contras
E o desenrolar da eliminação dos prós.
Mãe! Eu que queria ser o fruto de sua existência.
A rósea flor da sua façanha,
Regada com o choro da criança que viria,
Sou, no entanto, um botão pisoteado num canto.
SOU UMA CRIATURA sendo abatida, sem clemência.
SOU UM SER sendo assassinado nas entranhas,
Sob os mandos e desmandos
Da frieza, da perversidade, da covardia.
Mãe, como é pecaminoso esse seu delito!
Emolduras um quadro com falso desenho.
Colas um cartaz com rasurados manuscritos,
Ocultando, no ventre, a falência de seu juízo,
Ao agredir-me, às escondidas, com golpes doloridos,
Certificando-se, assim, que não mais tenho
O vigor que possuí outrora.
O calor materno daquela ocasião...
Nos minutos daquelas horas.
Mãe, eu me perco na escuridão desse desafeto
E, pouco a pouco, desfalecendo,
Sou um feto doado à dor e à agonia.
...Me remexo, me enfraqueço.
Desfaço-me nesse embaraço
Que tanto me judia.
Que me tinge com o corante da violência.
Que me queima com o fogo do sofrimento,
Levando-me a saborear
A ceia das conseqüências,
Como o mais recomendável dos alimentos.
Mulher!
Você é simplesmente mulher, adiante,
Porém, jamais pura ou sublime.
Você não é mais digna
Da minha admiração que se finda,
Ao ser impiedosamente detonada, explodida,
Pela exterminadora sem-vergonhice do seu crime.
Você, pra mim, vale menos que uma moeda,
Pois a gestante que se preza não pratica isso:
Não ignora a semente de sua vida,
Pondo-lhe um maltratante sumiço.
Mulher, conclui-se o seu insensato desejo!
Sei que, prematuramente, sairei.
Que sua barriga logo... logo eu a deixarei,
Para entre os seres vivos não permanecer.
Para não dar e nem receber
Sequer um... um único beijo.
Agora, mulher!
Agora... agora tudo está para ser desfeito.
Se o arrependimento a fizer voltar atrás,
Não será possível dar um jeito,
Porque já é tarde demais.
Porque eu já presencio a morte
Vindo ao meu encalço, ao meu encontro,
E, daqui a alguns segundos,
Ela fará com que eu esteja morto.
Morto por sua conduta contrária.
Morto por seu aborto.
Por essa injustiça cruel e voluntária,
Que me traz o ponto final
De um total desconforto.
Adeus,
Mulher que não quis dar-me ao mundo.
Adeus,
Mulher que não quis ser a minha mãe.
Adeus...
É o meu irremediável fim... ADEUS!