Morto
Eu vejo minha vida como a morte. Morto como o amor. E esse amor só me mata. E morrendo eu te mato. Mato te amando.
Morto por um Sentimento
Nada a dizer
Apenas vá,
Sem olhar o que deixou
Não olhe pra trás
Pois não deixastes nada
Apenas o meu corpo,
Sem vida,
Frio,
Vazio,
Pálido,
Morto.
Não há mais vida,
Portanto, vá.
Não lembre de mim,
Não sofras assim
Também me deixe ir
Já é hora de eu partir
Agora nada resta
Além do meu corpo
Ao chão jogado
Pelos lobos, sendo arrastado;
Nessa noite fria e sombria
Aos poucos vejo
Anjos, todos eles negros...
Abraçam-me forte
Levam-me à morte
De hoje e do passado,
Aos braços dos tais anjos eu vou
Anjos frios
Cheios de pensamentos e amores vazios...
Ainda está ai?
Vá agora!
Não insistas em ficar,
Pois a culpa poderá levar
Pela minha morte,
Jaz que não foste tu
Que minha vida tirou
E sim, o que me desesperava a cada instante...
Aquele louco, insano, e desgraçado amor
Não existe guerra santa,
Toda guerra é guerra fria;
E não existe Mar Morto,
Porque existe água viva.
A Filosofia trouxe-me de volta à vida. Estava morto [ou apenas sonolento] e não sabia. Acordar foi o ponto de partida para o progresso. Mas não posso dizer que não aprendi com os sonhos que tive, enquanto sonolento. Até agradeço-os. Foram os pesadelos que me acordaram. No entanto, dormir um pouco, às vezes, também é preciso. Ou não há força que dê conta deste mundo.
(Nada feito)
Nada feito, o rato morto,o cachorro não sabe por que está amarrado,o dia da minha morte,o amanhã,o gato em cima da casa fazendo miauL,por que isso acontece,ninguém nunca sabe o real motivo.
E o impossível pode acontecer e surpreender sua vida em situação caótica,o que você faz pra se sentir bem quando está sozinho(a).
O que você precisa quando todos te abandonam e não tem ninguém pra te fazer companhia, por quem você derrama sua lágrima,pra quem guarda seus sentimentos de rancor e ódio,por que você anda em má companhia,por que nada te interessa nem da brecha a alegria.
Nada feito nada,mais um rato nasce e o cachorro continua amarrado e agora não existe mais motivos pra viver por que amanhã estou morto.
Não quero..
Não quero ser a pupila,
De um olhar de desgosto,
Nem a alegria de um morto,
Um covarde? Tão pouco,
Quero ser a certeza de um sim,
A firmeza de um não,
O sentir de uma pele,
O bater de um coração,
Quero prender-me a você,
Te procurar entre as mais belas,
Mesmo que venha a me perder,
Viver neste mundo de escuridão,
Sem poder ascender uma vela,
Nem poder tocar em sua mão,
Dizer palavras singelas,
Viver como um louco a correr,
Chegar um dia a morrer,
Sem conhecer você.
Não é tristeza, é saudade. É a constante lembrança do que não tem retorno, do quase-morto, do fim, do que não deveria mais ser falado. Mas eu insisto. Eu relembro, eu me mato.
MAR MORTO
Na procela os ventos se quietam
E passam horários de ponteiros livres,
Rodopiam as horas porque o tempo embala
O mar bravio que se separa.
Deixando à tona superfície velhos lunáticos
Com talheres de ouro, candelabros de prata.
No mar das tormentas
Temperou-se o vento
E não quebram ondas
Por sobre os rochedos,.
E virão peixes à superfície,
Entregar-se aos pesqueiros
Como no milagre.
E serão partidos ao meio
E o resto será jogado
Pra que outros peixes comam,
Na confortável areia.
Rompeu-se o mar,
E o farol faz um rastro fino
Que agora é um caminho
Não marés, não mares, não águas.
As praias serão habitadas
Por pássaros silvestres amazônicos,
Ou babilônicos que aportarão aqui.
Calma demais caminhará a onda
Porque sabe, vem e não volta mais.
Aqui há sede, a sede dela,
Onde se perpetua um deserto calmo,
De cá agora se vê Portugal.
Fazia muito tempo que não olhava para céu.
Revi aquele brilho que estava morto.
Nessa escuridão não houve grandes mudanças,
Pois ainda me lembro do seu nome e
Todo sentimento que inalcansavel,
Bem como a minha estrela distante.
Falo dos meus sentimentos,
Pois quando for embora, não os levarei comigo.
Por isso os deixo com voce e com todos que me conheceram nessa terra.
Para onde vou, não faz diferença levar-los.
Hoje eu olhei para o céu e isso me traz grandes lembranças
Recordações de um tempo que não posso carregar.
Noites como essa mexem muito com a gente.
Não consigo dormir...
Continuo pensando em você.
Mas quando eu for embora, não te levarei comigo.
Morto Vivo
Na noite escura e chuvosa,
As estrelas não brilham e a lua se esconde.
Eu estou tão sozinho,
Um tédio tenebrroso,
Acomete o meu ser.
O desejo louco de exorcisar a vida,
Uma inquietude dilacerara a noite,
Ofegante o desejo da morte,
Arrepia a minha alma.
Triste noite chuvosa,
Nem o calor do fogão a lenha,
Arquece minha solidão.
Apaixonado, apaixonante guereiro,
Que ninguém mais lembra.
Queria voltar ao ventre...
Ventre que me acolheu,
Aconchegante e querido.
Expulsado para vida,
Vida que me desprezou.
Hoje na grandeza da minha dor,
Vivo sem você,
Morto!
Vivo sem amor.