Morto
Teoria do cachorro morto
Cachorro = seu namoro.
Arbusto = nova vida pós-termino.
Seu cachorro morre, você enterra ele e planta um arbusto em cima para ocupar aquele buraco que ficou, e segue em frente. Após certo tempo, sente saudades do seu cachorro, das boas lembranças dele e tenta ressuscitá-lo, esquecendo que, ao desenterrar o cachorro, estará matando o arbusto por nada. Não há milagre que dê vida a seu cachorro, e você conclui que foi tudo uma grande perda de tempo.
Eu estava morto com relação às mulheres. Eu não sentia que elas precisassem existir. Eu as odiava, e queria destruir cada uma que eu pudesse encontrar. E estava fazendo um bom trabalho...
quadro morto.
Com o tempo a gente vai se contemplando. E então se acostuma com essa metamorfose constante entre nós. Se deixa levar pelo vento, faz bem. E da maneira incerta que sempre vou, me queixo e me espalho sorrateira no chão da rua, do trabalho, das festas. E enquanto não posso escrever teu jeito, me sinto no desleixo de poder imagina-lo, me deixo entrar totalmente em meus próprios planos, me clamo. Como sempre vou, indignada, procurando em todos os cantos palavras novas, mas são sempre as mesmas que sei, são sempre as velhas. Sinto inteiramente meus sonhos interligados com a insignificância do meu amor por ti, do meu sofrimento ligado parcialmente com o seu desconhecido, dos meus dedicados textos à ninguém, e pela pausa antecipada do vento, do sol, do planeta sem estória, sem conteúdo, ninguém sabe o que aconteceu antes de sermos jogados por aqui. Ninguém tem certeza. A única certeza é de que há muita incerteza por menos de pouco amor, sermos inteiramente ligados há uma energia que contém prazer, faz sentirmos algo que decidimos batiza-lo de amor, isso pra mim é desculpa esfarrapada pro sexo…Eu sei, não é assim, mas deixe-me fingir. Um dia o vento passa e leva, minhas pétalas indecisas, minhas flores plantadas em quadros, meu retrato morto, encostando-me ao fim de tudo.
Eu estive ali o tempo todo, você fez meu coração morto ressurgir das cinzas e clamar por você. O meu corpo dava sinais quando estávamos próximos, mas eu não era suficiente, algum dia eu fui? No fundo eu sempre soube a resposta. As vezes quando me deito posso sentir seu cheiro, me lembro de como era tocar sua pele macia, um abraço desajeitado, tudo agora não passa de lembranças. Eu nunca poderei dizer que te perdi porque eu nunca cheguei a ter você.
Não sei onde estou,
Não vejo um palmo a minha frente,
Talvez estaja morto.
Ainda sim, sinto!
Sinto a areia sob meus pés,
Sinto o vento frio em minha face,
Sinto o cheiro de maresia,
Sinto tudo a minha volta.
Ainda sim, ouço!
Ouço o farfalhar das folhas,
Ouço as ondas quebrando,
Ouço os insetos cantando,
Ouço tudo a minha volta.
Se assim é a morte,
Não sinto problema em morrer.
Me sinto em paz.
Aqui jazz aquele que não é, por nunca ter sido
agora entendo
estou morto há muito tempo
por isto não consegui me fazer ouvir
a força do desejo do que deixei de viver e Amar é que me faziam acreditar estar vivo
não percebi o último despedaçar das minhas asas e estava de coração quente e cheio de esperanças demais para perceber a queda
quando morri, não houve tempo para me despedir, levantar um clamor ou dirigir alguma súplica
estava vivo demais para isto, inclusive para morrer, mas minha morte não dependia somente de mim
faz alguns dias, talvez semanas, não sei, faz tempo, parece fazer séculos...
ainda suspiram em mim mim os fluídos das almas deitadas na grama olhando a lua
do desabrochar das pétalas de Lótus Líricas que insistem em me acariciar
do aroma da canção que não quer ir embora
olhei para uma estrela longínqua para sentir seu perfume
mas não consegui manter-me vivo
afoguei-me em suas águas lodosas, de sede fui morrendo enquanto te recolhestes da natureza a que pertencias para habitar em algum vaso mundano de cor rubra
o universo é imensidão
nós nos fizemos apequenados demais para sermos notados quando desprezamos o Amor por não aprendermos a Amar
morri antes de acenar uma despedida para teus olhos profundos e delicados
não transbordei teus desejos e nem extasiei seus Amores
a isto, mesmo morto, acreditava estar vivo
não pude fazer com que me lesse
e em sua morte adormecida, fatalmente vim a morrer
e ja não tenho de onde tirar ânimo para ressuscitar outra vez...
enfim, aceito a morte..
Um ladrão que rouba trocados acaba sendo morto ou preso. Mas um ladrão que rouba em grande escala pode mudar o mundo e até virar um herói.
Um indivíduo mergulhou num rio, e jamais apareceu! Onde está o sujeito?
Provavelmente morto no fundo do rio.
A morte... Seria o fim das escolhas? O morto tem escolha? Livre arbítrio? Posso escolher não morrer? Dizem que é a única certeza que podemos ter na vida. Então estamos todos mortos, já que é uma certeza e não temos escolha.
Segundo as leis da medicina sou um homem morto, pós, sempre que apareces na minha retina ocular o meu coração entra em PARAGEM CARDÍACA, a tua voz é como um DESFIBRILADOR CARDÍACO me reanima.
Nos teus braços me sinto num bloco operatório, onde o teu abraço forte e gostoso torna-se o meu MONITOR DE FREQUÊNCIA CARDÍACA.
A tua rissada é o meu CHECK UP, onde o resultado é o teu nome em meu coração.
O teu beijo me tira da sala de visitas me levando na UTI para receber CUIDADOS INTENSIVOS. O teu toque são como SOROS me deixam mais forte e reanimado.
A tua ausência me deixa fraco sem proteínas e vitaminas...
FICA comigo minha medicina natural, chinesa, ou contemporânea... enfim...
Meu HOSPITAL GERAL
TE AMO
O medo de morrer jamais pode ser maior que a vontade de viver. Caso contrário você já estará morto!