Morte Transformação
O dia não acaba, ou morre com o cair da noite, ele só vai para o outro lado do planeta, para reaparecer amanhã, vivo e transformado em um novo presente para cada um de nós.
A. Cardoso
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Uma vida tosca
Chapada e fosca
Sem sentido
A pedido, repedido
na aniquilação da essência
Que me solapa a digna existência
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Quero ser livre dos padrões
Das grandes e antigas paixões
Porque viver preso
Viver teso
Nesta louca rigidez
Me impede, me tortura, me rouba a fluidez
Eu não tenho medo de viver a morte,
Eu tenho medo de viver na morte
A morte de tudo, do sentido
Do vivido
Do extraordinário
Do que me é primário
Temível é este muro, tão duro
este lugar do silêncio escuro
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Que me apaga me judia
Me gira, me rodopia
Em um circular de padrões
Eterna armadura de tensões
“Faz o que te mandaram”
E eu segui o que me ensinaram
“Vai vai” me diziam
Aqueles que não sabiam
E hoje, meu amigo,
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte.
Lilian Scortegagna
Um Exemplo clássico de metamorfose é a lagarta, que morreu e deu lugar à borboleta, e agora, seus hábitos e comportamentos são diferentes. Assim, somos nós. Após o enterro do velho eu, nascemos para Cristo, como uma nova criatura, com novos hábitos e formas de pensar.
"A crença na morte pode ser limitante, pois encoraja a pessoa a pensar que o fim da vida é a cessação da existência. No entanto, a essência de si mesmo não é o corpo físico, mas a alma, que existe além dos limites da vida e da morte. Os despertos entendem que não há morte verdadeira, apenas transformação."
Para todo o povo estar de luto naional é necessário morrer pimeiro pelos seus pecados, passando por uma nova transformação espiritual
Ora, tu és tão fissurado pelo teu ego (matéria), que não enxergas o que tens de mais valor. Teu espirito.
Quando morreres a terra comerá teu corpo. A vaidade acaba-se. Morrerás por terra!
Mas, o que ficará de forma TRANSFORMADA, é a energia de sua alma.
Aí você quem diz, se a carga é positiva ou negativa, qual achas melhor?
Prefiro ser a restauração. O mar, a vibração do sol reluzente, o som do pássaro que canta contente, o vento que sopra, a estrela que brilha, a energia do Aqui e Agora.
Eu Quero ser Eu
Eu sei que o tempo corre veloz
sei que ele é meu algoz
Quando vejo já se foi, se escafedeu
Mas eu só quero ser eu...
Os dias passam, as noites passam...
Amores passam, a lua, as estrelas...
A luz, o breu...
E eu... eu só quero ser eu.
Quero ser livre como o vento,
correr livre como as águas da cachoeira,
Ir além do tempo,
ao me transformar em poeira.
Não basta esta vida, e seu desabrochar,
Não basta a morte, e seu findar
Se eu continuar perdido neste mundo meu.
Minha vida não é vida, enquanto eu não for eu.
Eu quero ser eu.
Eu quero ser o que meus olhos vêm ,
o que meu corpo transpira...
Eu quero ser a verdade,
Deste eu de mentira.
E, se ao fim de tudo
eu não puder ser eu
Coloque em minha lapide
Aqui jaz quem nunca viveu.
Não coloquem flores, nem vela
nem cruz eu quero lá
Pra que minha alma
não se apegue nela
e agora livre possa voar
Para um mundo que suponho
um lugar além do sonho.
Onde eu possa ser eu
onde a vida vença a morte
e eu grite bem forte
Eu quero ser eu
E me abrace a luz da lua
e as estrelas ao redor
ao despertar desta vida
para uma vida melhor.
Para denunciar como Paulo é necessário primeiro se desarmar como Saulo. Para enxergar como Paulo é necessário primeiro cegar como Saulo. Encher-se de Paulo é esvaziar-se de Saulo. Para se transformar em Paulo é necessário talhar o Saulo. Passar a ser Paulo é deixar de ser Saulo. Porque para Paulo nascer foi preciso Saulo morrer.
Muitas pessoas embora vivam, estão mortas para o trabalho sobre si mesmas e em consequência, para qualquer transformação intima