Morte e Melancolia
A morte invadiu a minha casa,
invadiu a minha vida e levou o meu coração.
Meu amor, minha vida, minha história,
o que fazer agora? O ar que respiro ficou pesado, meus olhos são poços d'água...
Meus dias são vazios e minhas noites solidão.
Por mais que eu procure, não encontro explicação. Olho para o mundo e vejo que ele acabou só pra mim.
Ao acordar,
Vejo ele a lutar,
Pois contra morte a ele estava a lutar,
respirando,
A cada suspiro,
Sinto seu desespero,
A cada suspiro e miada,
Sinto um pedido de socorro,
Eu ali, sem poder fazer nada,
Somente orando pra ele ir com Deus,
A vida que nós cerca e malvada,
A cada suspiro sinto sua vontade de viver,
Lutando forte contra a morte,
Após 5 horas lutando,
Finalmente o último suspiro,
Momento que eu não aguento,
Não aguento mais vivenciar aquela cena,
A vida e cruel,
A morte e cruel...
Não há outra saída se não lutar,
E eu como nunca irei ajudar,
Pois a lei da vida,
Os mais fracos sempre caem...
Mas eu serei forte o suficiente,
Em prol dos mais fracos,
Todos que consigam entrar nesse mundo.
Tem o direito de viver,
E ninguém além de Deus tem o direito,
O direito de tirar isso de qualquer um que seja.
Deus abençoe a ele,
Que ele não tenha sofrido muito...
Minha única esperança e você,
Meu Deus.
A morte é uma música de fundo, lenta, tocada no piano e com notas minuciosamente escolhidas. Ninguém quer saber tocar. Ninguém está preparado para ouvir. Mas todo o mundo sabe, que em algum lugar, esse piano está parado, esperando um descuido, um momento inoportuno, ou alguém com perpétua coragem para dedilhar-lhe, deixando fluir sua música calma, e em câmera lenta, o momento se concretiza.
A Morte Das Borboletas
Era assim a minha vida.
Fingia que estava tudo bem, fingia viver.
De manhã ao levantar, enxugava as lágrimas, deixava os sonhos espalhados pelo chão, ensaiava um sorriso tímido ao espelho e saía para a rua, como se nada fosse comigo.
Tua ausência e minha dor de mãos dadas lado a lado, caminhando atrás de mim, seguindo todos os meus passos, qual sombra perturbadora e maléfica.
Em silêncio e tristeza passava os meus dias, tinha apenas uma certeza, um dia pára de doer, um dia amor, assim sem sequer dar por ela, adormeço sem pensar em ti, e ao acordar olho pela janela e noto que o dia tem um novo brilho, junto todos os sonhos, tiro o sol da gaveta e sairei para a rua com um sorriso que é só meu, chega de fingimento, agora posso dizer que estou bem sem me sentir constrangido, já nada me impede de procurar tudo o que mereço e de me livrar de quem não me mereceu, de novo serei livre...
Pensar em ti já não dói, apenas sinto uma certa melancolia mas vai passar também...
O lugar que ocupavas em meu coração está vazio mas o coração ficou mais leve.
Agora tudo parece tão simples que dá medo, não há complicações, não tenho certeza de nada mas também não sinto falta de nada.
A partir de hoje só quero paz e simplicidade na minha vida, não me vou preocupar mais com o que é certo ou errado.
E se a única coisa que me faz falta é fugir para a beira mar? Cumprir a promessa que fiz a mim próprio há alguns anos: "Ainda um dia viverei num lugar em que o único barulho será o das gaivotas e das ondas do mar, um lugar em que as horas não passam, ou passam depressa demais."
Caminhar pela praia com uma cana às costas e ir pescar, e se a única coisa que faz falta é ficar em silêncio ouvindo a toada do mar e sentindo a maresia, e se ficar sozinho não significa estar vazio mas sim completo?
Michael Hayssus
A Morte Que Palpita
É evidente que o sinônimo da vida é viver, contemplar as maravilhas que a vida nos permite vivenciar.
Vida, como eu queria saber lhe usar, não entendo o motivo do meu viver, não tenho contentamento em nada.
O meu coração palpita, em prol do meu viver, mas os meus pensamentos revidam que devo morrer.
Estou sem saída, em minha vida só há decepção, o choro de tristeza que não encontra consolação.
O meu sorriso é constante, escondendo a minha tristeza, fadiga é o meu viver, que fere meu peito.
Sinto falta de algo, que não sei descrever, talvez já fantasiei ter um dia, talvez nunca tive, mas sinto falta de ter.
Eu queria levantar agora, com muita atitude e mudar minha vida, me sinto no mais profundo poço e não vejo saída.
O pouco tempo de vida que tive, foi o suficiente para que eu cansasse de viver, não é bom este intento, porém, confesso, como eu bem queria morrer.
Estou desistindo da vida, me entregando a solidão, a morte que palpita em mim, parece que não tem solução.
Em palavras tento expressar, a dor em meu peito que tira a paz e me faz chorar,
Por uma vida melhor... Ó Deus, não sei mais como lhe devo implorar, mesmo assim, eu te agradeço, mesmo sendo triste o meu cantar.
Sei que é pecado o suicídio, mas estou num precipício, respiro e inspiro tristeza, como dói.
Não sei mais como proceder, não faço drama quando digo que quero morrer, não aguento mais sofrer, sem ter feito nada.
Colheita que não plantei, saia do meu campo erva daninha, por favor, aonde estão meus lírios que exalavam paz, alegria e amor?
Ó quem me derá, ter ao menos um pequeno motivo para ser feliz, algo que desse vida a meus pensamentos, trouxesse luz, me motivasse a querer viver...
Eu não queria partir assim, me perdoem pela decepção, mas espero ter deixado ao menos uma boa lembrança, em algum coração.
Será que ei de deixar? Foi tão inútil o meu caminhar...
Lágrimas de dor, no meu rosto sinto correr.
Lágrimas que acariciam a minha pele, tenha piedade de mim, é pouca água, para muito sofrimento, é muita dor em meio a pouco tormento.
Que fizeste comigo, ó solidão? Estragaste os meus sonhos, que de agora em diante não farei deles realização.
Senhor Deus, por favor, me perdoe desde agora...
Vou quebrar o mandamento, sua ordem, e lição, me perdoe, sou inútil e sem solução, acho que não mereço o Seu trabalhar em minha vida, se não eu não estaria assim, em plena solidão perdida.
São tantas coisas que carrego no peito, as boas eu não consigo mais enxergar. O que vejo agora, são motivos para que eu apenas desista da vida.
Desculpe o desabafo, perdoe-me afoga-los em minha funda e rasa solidão, quero dizer que, não vale a pena tal inspiração.
Um dia eu quis ser poeta, não sei se fui, e sei que jamais serei. Um dia eu quis ser feliz, não sei se fui, e sei que jamais serei. Um dia eu quis viver, não consegui, não viverei.
Eu só conseguia ficar triste
Parei para pensar o que realmente importava na vida depois da morte de um ente querido, o que mais sinto falta é a sua amizade, seu afago, suas broncas e até nossas ofensas recíprocas.
Por dias fiquei aboletada no sofá pensando no nada, eu não me saía bem no quesito sofrer, mas a dor não saía do meu peito. Todo mundo passou a ter compaixão de mim, nada me dava alegria.
Passei a ser insegura, fiquei com medo de perder os outros que amo, tinha uma mania de pedir para Deus que tudo de ruim que pudesse acontecer com os meus que fossem transferidos para mim.
Eu não queria estar, nem existir, deixei de ter um lugar favorito no mundo, passei pela experiência da negação, coloquei na minha cabeça que ele iria voltar. Eu me fechei e fiquei em recesso.
Fiquei escandalizada com a dor que tive que suportar, perder quem se ama é como perder seu tesouro mais valioso. Às vezes me pego pensando nele sorrindo ou dizendo "eu te avisei", ou explicando para eu não abandonar o barco.
Por um período fiquei inconsciente, como se nada fosse me libertar daquele pedaço de mim que tinha se perdido, precisei fomentar minhas bases religiosas para não pirar, acabei me ocupando e deixei a preguiça de lado, era preciso energia e uma vida mais feliz.
A cada dia tenho a certeza que temos mais do que precisamos, economizamos nos afetos, nos gestos de carinho, não contemplamos o por do sol, a gente se desgasta com excesso, tem necessidade de virar a noite.
Por vezes meus amigos me colocaram no colo, por dias e anos revivi a dor, eu me senti fora do mundo, estava cheia de traumas, distanciada da felicidade, traída por sentimentos contraditórios.
Tudo era tedioso, a mesmice do dia-a-dia, a falta de coragem para acordar, as conexões desconectadas de não ter cabeça nem para escolher as próprias roupas. A minha vida estava com olhar no passado.
Fui conduzida a certeza da infelicidade eterna, fiquei em estado de hibernação, nem por um minuto achei que conseguiria ser feliz novamente, tive que agilizar minha rotina para não enlouquecer, tive que me impor para continuar sobrevivendo e assim as pequenas felicidades começaram a aparecer.
A morte é estranha. Você acorda um dia, encontra com a pessoa, diz oi, pergunta se está tudo bem e continua seu caminho. Mas chega um dia que você acorda e ela não está mais lá. Você se culpa de não ter aproveitado mais momentos com ela, você se culpa por não ter feito nada, enquanto a única coisa que realmente resta dela, são apenas as lembranças.
A sentença de morte é um castigo muito brando para as pessoas que causam tanto sofrimento. #Neerja <3
Na vida existe somente duas coisas piores que viver amando alguém é não ser correspondido, a morte ou continuar vivendo.
Falar de morte, é falar de um ente querido que já se foi...
Falar de amor, é falar de um ente querido que chegou...
Fale de amor com alegria no olhar, a mesma alegria de uma criança que acaba de ganhar um doce.
Eu preciso falar sobre o luto
O luto não advém só da morte de alguém. O luto acontece a cada fim do dia que você perdeu uma oportunidade. Acontece em cada encerramento de ciclos que ficaram para trás. O luto acontece com o término de uma amizade, um namoro ou um casamento. Acontece quando você sente que não vai dar para começar de novo.
A vida é preenchida diariamente com todas essas situações, incluindo a primeira.
Todo dia alguém perde.
E perde sozinho.
Por maior que seja o número de pessoas que estejam se solidarizando com a sua dor, não existe no mundo quem vai senti-la por você e como você.
O que eu quero dizer com isso, é que a todo instante estamos passando por algo que um dia vai chegar ao fim, e a gente só costuma notar o valor disso tudo depois que acaba.
O ser humano já se convenceu de que nada é eterno mas recusa a se lembrar que talvez possa ser breve demais.
A vida é instante. É passageira e assim como o tempo que ocupa, é presente.
Isso é tudo o que temos.
Sobrevivendo ao luto e perdas
Quando perdemos um ente querido, seja por morte ou por algum outro motivo, vivemos a dor do luto. O luto é um processo natural, necessário e salutar para superarmos o vazio que a pessoa querida nos deixou. É um momento doloroso, pois deixamos para trás planos, sonhos e temos que aprender a viver sem a presença daquele que partiu. Tudo é novo, inclusive lidar com a saudade. Se de um lado ficamos perdidos, arrasados e tristes, por outro, nos libertamos do medo da perda, pois esta já aconteceu. Sem o medo, o amor fica esvaziado e aos poucos, a pessoa naturalmente vai conseguindo se reerguer e aceitar a partida. Quando acontece a fase da aceitação, o processo do luto é elaborado e gradativamente a pessoa retoma sua vida e seus planos. A gente nunca está preparado para perder alguém e o luto é o preço que pagamos pelo amor. Entrar em contato com esta dor nos faz refletir sobre a finitude e transitoriedade da vida.
A experiência de viver o luto é muito singular, porém se a pessoa não se entregar a este sentimento de tristeza no momento da perda, ele poderá vir mais tarde, em forma de sintomas, pois é um sentimento muito importante para ser relegado e não vivenciado.
Por isso, sobreviver a perda do outro só é possível através do luto.
Por: Angela Cristina Brand
Psicóloga CRP 08/04889
A morte é uma visitante importuna... Bate na porta de crianças e de adultos. Às vezes, no momento em que menos... Temos tempo para atendê-la...