Morte de uma Filha
Quando a vida se esvai, não me preocupo tanto com isso, mas por aqueles que vou deixar no caminho. Isso serve para a morte também.
A existência é maior milagre e maldição para todos os seres. A magnitude do sofrimento só se é percebida quando se da conta de como e impossível viver em sociedade sem se corromper, assim como fugir da mesma.
Viver e como um jogo repetitivo onde temos dd seguir o script que não concordamos e acreditar que um dia faremos improviso, mesmo que a crença faça oarte do script.
Em que abismos do céu
provou arder dos seu olhos?
Um fogo que plasma tão mau
e bom de tão perfeita simetria.
Tentes e atentes, à vida-morte,
a carne e que sequer deseja,
derretida em mar de luxúria
com apenas uma luz em reflexo.
tão árduo caminho se vem
como no espelho da verdade,
me perco em olhar pro céu
nas lágrimas da mente humana.
O coração e mente, do fruto
que é doce ao comer,
expressando o engano
que celebra o prazer.
Eu queria mais tempo.
Passar mais situações com você,
discutir, brincar, amar,
e até se chatear com problemas.
Eu queria mais tempo.
Tempo para lutar
por tudo que acredito.
Até de derrotas me satisfaria.
Eu queria mais tempo.
Pra lhe dizer, meu amor,
que você era minha felicidade.
Que você movia meus pensamentos
e minha vida era ti.
Eu queria mais tempo...
Imortal canção levada pela brisa
esvai-se pelo brilho da lua no orvalho,
seca, fria, e que sequer frisa
porém no amor, carinho, amealho.
Som que abala o conceito de paz,
nem bom, nem ruim, apenas tocante.
Leva-me na sutileza que aqui jaz,
esperança não mais aqui, perante.
Embora tentes ainda, em tono,
como primavera, clamar ao céu,
coração já não pulsa. Apenas outono.
Prazer insípido em meio ao ensejo
Denotando sofrimento, apenas léu.
Um brinde à morte, vestida de desejo.
M? Não sei. Você é que mudou um tanto, amigo.
Se distanciou mais e mais do seu passado.
Ela continua lá
junto daquele cara que conheceu
mas que agora já não é mais o mesmo.
E assim é: estradas e encruzilhadas
e novamente estradas.
Pessoas se encontram, partilham coisas,
caminham juntas algum tempo
e, depois,
cada qual segue seu rumo
na ampulheta descendente dos minutos,
dos dias, dos anos...
Destino: sinuoso sendeiro onde deambulamos todos
na direção dos braços da inelutável morte.
Hoje aprendi que cada pessoa carrega em sua existência uma vela. Uma vela que queima a todo tempo e logo dependerá do tamanho da chama e do tamanho da vela que cada ser carrega em si.
FÉTIDO CERIMONIAL (B.A.S)
Somos fossas vivas, exalando nossas toxinas e
hormônios, num fétido e poético existir...
Carrego minhas excrescências e fezes, prova de minha
humilhação carnal...
Aguardo num fétido cerimonial funesto e fúnebre
a data da minha morte...Para o além-vida...o além-vida...
Pra nunca morrer
E então quando eu me for, não tenha em sua mente, que surgiu em mim em algum momento, duvidas ou medos ou desespero, por não saber ao certo para onde eu estava indo.
Para a onde exatamente eu seria direcionado em que lugar seria minha última morada?
A mim, nunca importou de fato e por nem uma noite sequer, perdi o sono tentando sanar esta questão, embora a idéia de uma possível eternidade sempre me apavorou. A eternidade consciente.
A terrível ideia de que minha consciência e o perceber de mim mesmo, estariam, mesmo depois de sessado o sopro de vida em mim, vivos e conscientes em alguma eternidade, seria tortuoso.
Vejo a vida como um dom maravilhoso, apesar das dores da carne e da alma e agonias constantes sondando e vindo me dizer bom dia todos os dias; ainda por amor à vida, me esforço em continuar sentindo o calor do sol, o vento nos cabelos o cantar dos pássaros e tudo que me cerca e me diz que ainda estou vivo.
Mesmo assim nunca cultivei a esperança ou desejo do “ser eterno”, como algumas pessoas almejam. De modo que quando eu me for e tu olhares para meu tumulo, saiba que eu não estarei ali. E se olhares para o céu dos cristãos pense que lá também não estarei. E se procurares no inferno não me encontrarás. Pois nunca cri de fato na existência real desses mundos de conforto ou danação eternas.
Mas me acharás mesmo depois de minha morte, em minha obra. Por mais pequena e singela que ela se mostrar, eu estarei ali de alguma forma.
Onde estiver uma escrita, uma pintura um rabisco meu, ali sim estará minha imortalidade.
Quando dia 18 anos pensei: Acho que vou morrer antes dos 25.
Depois tive que alterar o prazo. Antes dos 35, então? Novamente tive que rever a estimativa. Vai ser antes dos 45!
Pô! Parei com esse distúrbio neurótico; CHEGA!!! Mas, aos 55 não chego não. Rs rs rs.
E só lembrando: brincar com quem faleceu é um jeito de aliviar o sentimento de perda, uma forma de luto, e não necessariamente desrespeito
Apesar de querer beijar os lábios mais belos de teu sonho, há um beijo que todos terão: O beijo da Morte.
Quando pequeno eu ouvia: "Ele corre risco de vida!". Hoje escuto: "Ele corre risco de morte!". Então, antes, ele corria risco de perder a vida. Já hoje, corre o risco de morrer. Mudou muito néh!
No dia em que eu estava nascendo; muitos estavam morrendo.
No dia em que eu estiver morrendo; muitos estarão nascendo. E assim é a vida e assim é a morte... Até o dia do Black-out final!
Os mortos são mais elogiados do que os vivos porque eles não podem mais ser arrogantes e envaidecidos pelo que os outros dizem.