Morte de uma Filha
"A minha alma fria, minha mente vazia.
Grito por ajuda, mas meus demônios são fortes.
O silêncio é mais alto, minha dimensão escura.
Eu percebi que ninguém percebeu minha morte, ninguém nunca se importou.
A propósito não me importo com ninguém."
Crise de 16 (poema)
Quando fiz meus 16
As coisas comecei a descobrir.
Descobri maldade do futuro
E o ignorante ser humano
Que questionava mas nem tudo pudera
[...] saber.
Quando fiz meus 16
As pupilas começaram então , a se abrir.
Portanto, passei a enxergar como meus
[...] anteriores:
Vi a brevidade da vida.
Queria então ser novamente
Ser uma doce criança inocente
Que desconhece
A dor de existir.
Mas por outro lado , não queria a escuridão,
E meu coração ,
Almejava o infinito.
Quando fiz meus 26
Como se somente ignorasse
Fiz como os que de coração frio
Que o fim aceitariam
E logo , declarei:
" Foi só uma fase "
Não fui embora por completo, apenas me tornei energias no ar.
A minha presença é esse teu sorriso lindo, que, muitas vezes, sem a tua vontade, eu o faço brotar, e iluminar.
Agora, toda vez ao sorrir, sinta-me! Mate as saudades... Sorria mais! E estaremos cada vez mais próximos.
Quando há existência
Cromossômica, a única
certeza que resta é que, os
descansos são obtidos:
Na Dormida ou Na Morte.
Fora isso, tudo é batalha.
Uma breve história
Num dia ensolarado
Aos meios matos, cuidado
Caminho em sua frente não por estar irado
Mas sim para que as serpentes avancem em mim primeiro
Todos os dias que chego a noite lhe vejo
Sempre bem, aparentemente
Mas não sei como chegar até ti
Já que os homens proibiram os céus
Não há hora para lhe ver
Não há poema grande a ti, escrever
Não há coração que aguente tua falta
Não há aviões que atinjam a velocidade de suas assas
De tão rara, os eternos-da-morte, deixam-na passar
Não por ouro, nem por prata e sim pelo teu sorriso
Finitude
Nascemos sabendo que vamos morrer, mas a consciência sobre este fato na maioria das vezes vem tarde demais.
Entender que somo finitos não significa fechar-se para a vida a espera da morte, mas sim viver para que o tempo que nos for dado seja de paz e plenitude em tudo aquilo que possa nos fazer bem.
Todos queremos paz, mas vivemos guerras pessoais com inimigos que criamos ao longo da vida. O pai e a mãe que não nos deixam fazer o que queremos, o professor que nos persegue, o chefe que não reconhece o nosso valor, a pessoa que escolhemos para ser par que nos sufoca, os filhos que consomem nossas forças e limites. Mas o que seria do nosso tempo sem todas estes momentos para serem superados?
Enfrentar cada momento como uma oportunidade para realmente ter paz e felicidade é possível?
Acredito que sim, pois a forma como olhamos e lidamos com as adversidades diz muito como vamos enfrentar o momento que a morte se mostrar mais próxima, quando o remorso e o lamento darão espaço para a gratidão e paz para encarar o que será inevitável.
Buscar a todo instante realizar nossos sonhos, mas sempre olhando para frente e aproveitando cada instante,e principalmente olhar o outro com empatia.
Passar a vida lamentando o que não deu certo, só nos faz perder tempo e nos impede de ver a beleza que é acordar todos os dias e ter a chance de buscar realizar nossos sonhos.
Dizem que nunca é tarde para mudar, mas é melhor não demorar. Não sabemos quanto tempo nos resta.
Finitude não significa paralisar-se. Finitude significa viver em harmonia, cultivar alegria, espalhar amor, olhar para frente sem medo e com a certeza de que estamos fazendo valer a pena cada segundo.
A vida é muito mais que esperar que o amanhã traga o que queremos, a vida é viver o hoje com determinação e busca pela realização. E quem fica lamentando o que não fez ou o que não tem, com certeza sofre mais. E como cada momento merece ser tratado com carinho, não o desperdice com lamentos.
A ordem é ser feliz enquanto dure.
PARIDA TERRA 🌹
Parida terra onde ficam as palavras
Vazias de sonhos que se esfumaçam
Entre as dunas suspensas de sombras
Dos olhos que ofuscam a beleza da luz
Parida sofrida ventre rasgado de dor
Jardim seco de velhas rosas do fascínio
Rio subterrâneo no deserto de assimetrias
Pelo descanso de não querer existir sozinho
Deserto lágrimas colhidas em coloridas cores
Espectros de raízes no agreste ventre meu
Despido de morte entre os fortes ventos
Inesgotável terra paisagem de perfumada saudade
Que envelhece enchendo-se de coragem
Na parida terra 🌹
E é bom que não vivas sem mim, porque não quero viver sem ti...Porque só quero pensar em ti, mesmo que não o queira.Porque só te quero amar, mesmo que não to diga. Porque só tu me preenches e sem ti não sei ser.
O que é a vida senão um raio que cruza os céus e toca o chão, na mesma velocidade em que podemos piscar os olhos. A maioria das pessoas desconsidera a hipótese de refletir sobre o fim da vida, a “desconhecida” morte. Pouco se fala sobre isso, temos medo de “atraí-la”. Vemos alguns vivendo como se fossem durar para sempre, desperdiçando a grandiosa oportunidade de viver. Por que viver causando mal ao estar ao próximo? Por que viver querendo ter a vida, a família ou o patrimônio do outro? Ou até mesmo, por que viver desejando o mal para outras pessoas? Se houvesse preocupação com a própria vida e as próprias atitudes, muitos se tornariam seres “mais evoluídos” e pessoas melhores. Mais aqui estamos, jogando nossas vidas fora, dia após dia, gastando nossa saúde e energia admirando o que a maioria diz ser o melhor, a verdade absoluta. Além disso, passamos anos nos preparando para ganhar espaço na elite social, e encher nossos bolsos com dinheiro. Patrimônio esse que de nada adianta se não tivermos equilíbrio, sabedoria e saúde. Pois bem, sempre há tempo para mudarmos nossas concepções, desde que haja vida, vida para ser vivida.
Satanás oferece deslumbramento na satisfação de desejos carnais, a ponto de fazer a pessoa pular de pecado em pecado, sempre se atolando mais fundo na lama, como quem busca, sem parar, uma saciedade ilusória, que nunca virá. No fim desse caminho só há o salário do pecado. Morte.
SOLTO UM ESPECTRO 🌺
Solto um espectro de falecidas
Sombras noturnas tristes
Uma pausa sem forma tocada
Um espírito que murmura só
Uma dúbia luz no negrume
Uma cruz pesada de mármore
Um ser vivo sem saber
Que mora dentro de mim
Uma alma perdida num nevoeiro mar
Uma ópera cantada em silêncio
De alguém que morreu sem saber
Nos lençois rasgados num olhar
Lirios que voam de cruel temporal
Nos sonhos de ambição morte
Na fugitiva eternidade cega
Sepulcro perdido lá em cima na serra
Reza de joelhos na escura noite
Sombra de si mesmo murmurava
No fim um espectro de falecidos sonhos
Meus, teus, nossos, mas quem sabe
As trevas sabiam das lágrimas choradas
Perdidas de falecidas dores de morte
Dos sacrifícios feitos pelos vivos
Pois dos mortos nada sabem nem querem saber
REMENDO 💘
O meu corpo ferido
Visto-me de poesia
Onde coso e remendo
Com as linhas da lua
Coso com amor
Coso com paciência
Coso todos os trapos
Que me cobrem o corpo
Coso, remendo, rasgo
Esta desalinhada mente
Enquanto coso
Vou-me encostando a ti
Para não coser sozinha
Neste meu remendado passo
Das insónias em ponto cruz
Coso rasgo e remendo
Enquanto me deito contigo.
O homem nasce com duas certezas na vida
A primeira é que algum dia ele vai amar!
E a segunda é que algum dia ele vai morrer!
Trabalho chato, dias mornos e noites frias em companhias amenas é tudo que não se precisa, na verdade isso não é viver é esperar a morte.
Estou morto, todos estamos, faltamos com humanidade a cada vez que nos alegramos, sorrindo comendo e bebendo, em quanto pessoas por falta disso estão morrendo,livre-me disso, livre-me de mim, não quero ser mais esse lixo.
ENTRA A LUZ ❤
Entra a luz pelas cortinas do quarto
Com a solidão desarruma a minha alma
Na vontade sentida, desfolha as pétalas
Das rosas na jarra, como se do meu cabelo
Se tratasse, em longos sonhos esquecidos
Pensamentos no vazio de um rochedo
No aconchego dos limos entre as algas
Para adormecer nos tentáculos tenebrosos
Na vastidão da minha mente já doente
Olho as cortinas que balançam sem parar
Tento amar para não mergulhar no vazio
Nesta transparente vidraça onde se reflete
A minha pobre mente doente recolhida
Entre a sensibilidade sem autoconhecimento
Pobre alma moribunda esta a minha
Neste lugar onde me encontro no meu quarto
Percorro as amarguras dos dias, das noites
Sem saber onde estou, só tu meu salvador
Me salvas deste meu caminho do inferno
Pesadelo esquecido nos teus fortes braços.