Morte de uma Filha
Não tenho receio da morte, tenho receio
da língua cortante de alguns seres, que
vivem a julgar o alheio.
Não lembro quando foi a primeira vez que desejei a minha morte, mas sei que penso desde criança.
Desde criança anseio por esse dia, um dia qualquer.
Todos aqueles que amei morreram ou foram embora. O motivo de ainda estar vivo é que prometi a mim mesmo que não morreria até encontrar algo que fizesse sentido nesse mundo. Estudei, amei, larguei tudo o que me prendia, tudo agora não tinha valor. Esperança? Deixara de existir quando meu pai me expulsou por ajudar minha mãe que também me deixou em troca de um homem qualquer. Morri anos atrás chorando em um banheiro, acho que tinha 17 anos nessa época, tinha percebido que minha mãe me largara novamente por outro homem o que se repetiu nos meus 21 anos.
Minha adolescência foi sufocante, vivi sozinho e aprendi o que sei hoje sozinho. Queria eu ter o amor de alguém novamente.
Não entendo, sempre estudei e mesmo que não estudasse tirava notas boas, ajudei todos no interclasse e minha sala ganhou (guardo a medalha até hoje). Leio livros, poemas, escuto Djavan e Chico Buarque.
Mas então o que falta? Me sinto vazio, quando vejo alguém na rua abaixo a cabeça por respeito a tudo que ela deve ter passado. Devo ser o primo que não faz nada, o que chamam de "vagabundo", sou o filho que não serve, o irmão renegado por ter sido de outra mãe. Choro enquanto escrevo e me pergunto, Quem sou eu?
Tenho a impressão
que a gente vive esperando
nossa própria morte.
- Você não?
Temo que a resposta seja definitivamente
semelhante.
É o que nós fazemos,
conscientes ou não disto,
é o que nós fazemos!
Sempre
sempre
sempre
Estamos sentados na vida
esperando a própria morte
e o próprio desatino do momento.
Nenhum momento será como
aquele momento, este momento
e, por mais que não possamos supor o tal momento,
nós sempre o sentimos muito perto,
ao lado, acima, abaixo…
Às vezes arranha a superfície,
às vezes engata a ré,
às vezes cerca como num círculo,
às vezes entende os escombros.
- Somos nada!
Eu penso e peno,
mesmo diante das magnânimas construções,
dos suntuosos escritos,
das reverberações mil.
- Somos nada!
Contudo temos a deliciosa presunção
de sermos tudo,
tudo o que há de mais importante sobre a Terra,
tudo o que existe entre o bem e o mal,
tudo o que ocorreu de melhor no Universo.
Somos parte. Somos gente. Somos
o que estamos nos tornando
constantemente...
Quando vejo os olhos da morte
Não posso mais temer a pequenez
A suavidade do dia é milagre
O sol da pele que me toca é milagre
A hora ainda acordada é milagre.
Quando olho no fundo dos olhos da morte
Não há mais temores tolos
Não há mais confusões
Nem necessidade de ser notada
Não há mais desculpas para brigar
Não há mais nada.
Quando a vejo tão de perto assim
Quando a percebo inculcando meus brios
Dando-me calafrios
Não há mais nada a temer
Porque, no fim das contas,
Tudo o que eu sempre temi
Está diante de mim
Olhando-me com profusão e piedade
Permitindo-me desfrutar um pouco mais
E viver o que ainda preciso...
Seu nascimento nos trouxe uma nova esperança. Sua morte consumou nossa velha vida. E sua ressurreição nos proporcionou uma vida nova.
A morte seria uma liberdade para me, ', mas no fundo... (suspiro) irei sentir saudades de tudo e todos, na minha escuridão eles foram meu caminho e ponto de luz. “Simplesmente adeus”.
A vida caminha lentamente para o fim, enquanto a morte empurra o tempo
para correr em nossa direção.
"A pena de morte da verdade".
Todo dia ela ressucita, silencia e grita, a verdade abudante, quem acredita torna se elegante, outrossim, vazia, a verdade elevada a pena de morte, vivem se, uma intensa mentira, aliás uma verdade audaciosa fugaz, uma verdade mentirosa, a vida enganosa, enfeitada de Brasil, um contexto vil, história, oratória de percusores, heróis, sim ou não, tal padrão, escravidão, hoje então, miserabilidade estampada, um povo acuado, ou não, reféns de um sistema, ou não, a identidade homem mulher Brasil é dilema, nos anais da verdade, falar é perigo, logo vem diagnóstico de castigo, calar se, render se a opressão, de uma verdade que não querem que diga, sim ou não, ao Deus dará, que na oração se inclina a sorte, falar, gritar, pensar, delicada maneira, eu, colocando a sanidade a prova de um Brasil covarde, ou não, sucumbido pela manipulação em toda parte, decretam todo dia pena de morte pela verdade.
Giovane Silva Santos
19/08/2022 01:32hs
Deus abençoe a todos
Não temo morrer por saber que a morte jamais me apagará,
ainda que tão eterna seja a eternidade.
Certa vez, perguntaram-me se estaria eu satisfeito com o que vivi
se o dia de amanhã fosse o ultimo de minha vida.
Respondi que nos meandros do rio da vida, nado sem medo, pronto para
encarar a morte, não por ter vivido o suficiente, mas por ter deixado
no mundo e nas pessoas marcas eternas.
Disse a morte ao sábio, você não tem idéia do que é ter um encontro comigo.
O sábio respondeu, não sou louco de duvidar.
Pessoas podem ter medo da morte por não saber o que acontece no final da sua vida isso gera uma tenção enorme não é fácil de ser superado mais não pode desabar sua vida por uma pessoa que se foi, é tentar seguir em frente.