Morte de uma Filha
Espiei a morte no dia em que nasci, sem pressa, visitei as trevas para fortificar o meu lado obscuro, mas, sobre o forte de um farol divino, estava uma luz tão pura e tão dócil, que logo percebi, que era o teu olhar que me guiava mesmo quando o mundo deixou de existir.
O álcool ajuda a expor a verdade? sim; mas antes ele a apunhala, a fere de morte, e depois diz: ‘Agora vá e mostre-se’.
Somos educados a viver como viciados ,estes vícios nos acompanha até a morte, nós livrar desses vícios é um desafio de uma vida inteira ...
Eu já não sinto as minhas mãos, os meus pés ou qualquer outra coisa
É como se a morte viesse buscar o meu exterior
Me perturba não sentir mais a dor da existência,
Me angustia ter somente o frio da morte como meu cobertor.
Eu anseio pela partida,
Olho sempre pra trás pensando no meu possível futuro de vitórias
E acabo esquecendo de toda turbulência do meu presente
Já não tenho forças,
Na verdade
Eu já não tenho nada
Meus objetivos são tão vazios quanto os meus sentimentos
E as minhas companhias são apenas as vozes que gritam inquietantemente
Estou perdida e já não quero me encontrar,
Estou cansada
E anseio apenas pelo sono eterno
Vago friamente pelos cantos, desejando apenas o meu final
Meus pensamentos já se sucumbiram ao vazio
E os meus olhos,
Cada vez mais cerrados,
Doem a cada alvorada
Rogo pelo dia em que estarei
Quieta,
Pálida,
Morta
Rogo pelo dia em que o silêncio se tonar-se-á real
Como tanto almejei
Rogo para que o meu desejo mais egoísta se concretize,
Pondo fim ao meu desalento
Me dói não conseguir sentir nada além de ânsia,
Enquanto aqui escrevo o meu escárnio
E assim encerro o meu mantra infinito,
Em que anseia pelo seu fim eterno.
“Muitos foram no funeral assistindo minha morte, mas poucos me acompanharam quando nasci.”
Giovane Silva Santos
Como pode um homem
Se dizer cristão
Temendo ele a morte
Inventando inúmeros subterfúgios
Para o seu próprio medo
Se realmente acreditamos
Que há vida em Cristo
Os grilhões da morte já não pode
Nos prender.
Eu estou correndo em um labirinto onde a morte tenta me capturar;
Meus olhos veem o que nada vê;
Eu corro por uma saída;
Oh, uma surpresa;
Corra!
Corra!
Corra!
Antes que minha própria ilusão me cerque de destruição;
Eu sou o olho da vida;
O olho do amor;
O olho da certeza do correto.
A pior morte é aquela bem lenta.
Quando a alma morre
E o corpo continua
Pairando nessa terra vazia,
Sem sentido, sem destino, sem viver.
É certo pensar na morte como cumprimento de uma missão,
Encerramento do grande ciclo da vida.
Pensar na morte em si não como perda,
Mas como descanso.
“DO PÓ VIEMOS E AO PÓ TORNAREMOS”
A morte é certeza absoluta de chegada e partida.
Esforços em vão, andando a passos largos em direção a uma morte quiçá, tão ordinária quanto os batimentos que pulsamos em vida. Se dermos sorte, o único vestígio que deixaremos, será nosso nome. Por isso não se trata de sobreviver, tão pouco acumular! Sobeja apreciar momentos efêmeros, pois o prazer é algo estimulante e, no fundo vivemos, única e exclusivamente por ele.
Bactérias… vírus… fungos… outros/as… Epidemias… Pandemias… vida… morte…
Não fora havida esta em nós pandemia;
A este curto viver, valor mal dávamos;
Devido ao tão iludidos que andávamos;
Com ganância havida na economia!
Andávamos tão cegos com a tal;
Que da morte quase nos esquecemos;
Daí tão mal fizemos e fazemos;
A tanto SER vegetal e animal.
Vamos, pois, cuidar é da natureza;
Tal como da boa saúde ou vida;
Que temos que ir deixar por ser pequena!...
Jamais esquecendo o quanto é pena;
Deixarmos uma única perdida;
Por tanta avareza pra haver riqueza*.
*que ao contrário da VIDA, pertencendo-nos não nos pertence.
Quando a vida não mais viver e passar pela primavera visualizando a morte quando não quis morrer;
Aí, se arrependeram da maneira de quando não quis viver!
Mas de nada adiantará, viver as margens da vida... Quando a morte rodear;
Condenado estou em uma prisão estou na vida e na morte nenhuma delas me quer livre ó terrível o mundo é.
A verdadeira vida começa apenas quando você está perto da morte mais se estiver velho não poderá aproveitá-la em seu esplendor.