Morte de uma Filha
A vida é uma oportunidade do encontro. A morte nada é, pois o corpo esta nossa casa temporária desmoronará, desaparecerá, mas nós os moradores, seremos eternos.
Viver como se não existisse a morte
Sentir para descobrir a dor
Chorar para se livrar do falso riso
Sonhar para tolerar o pesadelo
Procurar para ter direito de si perder
Gritar para não ser ouvido
Silenciar para simplesmente escutar
Conscientizar para perder a inconsciência
Dividir para somar
Todo ser vivente se decompõe após a morte. Mas alguns optam por antecipar o processo de decomposição permitindo o seu apodrecimento em vida.
A morte deve ser encarada com serenidade, pois nos levará a lugar algum, nos libertando das dores, ou nos levará para um melhor lugar, serenando-as. 05/10/2012
A morte de uma estrela faz rasgar o tecido do espaço-tempo, deixando um buraco réprobo no Universo, um túnel para o reverso da existência.
Sou totalmente ligada em Política. A morte da Lei de Gerson, aquela que você deve tirar vantagem em tudo e pensar apenas em benefício próprio. Por muito tempo achei o comunismo à solução dos problemas da humanidade, hoje penso diferente. O que me chateia na gestão pública de educação, saúde, infraestrutura é que não é falta de recurso, por mais que existam roubos e desvios impactuáveis o problema é má gestão, falta vontade de fazer, de melhorar, outra coisa que me revolta é que as pessoas associam política a algo tão ruim que muitos potenciais candidatos fogem de projetos que visam à política. Eu conheço um montão de amigos que dariam ótimos candidatos, eu conheço gente ética, trabalhadora, especialistas e técnicos da melhor qualidade e que visam o bem coletivo, mas porque essas pessoas não se envolvem em política?
Não venda seu voto, não troque seu voto por nada, ele é precioso, não pense em si atropelando o coletivo, não ajude a retardar a ética na política, o nosso dever não é apenas votar, o nosso dever é participar, colaborar, fiscalizar. Os buracos que quebrem o carro, os doentes que fiquem em corredores, o aluno que passe de ano sem estudar, o professor que falte sempre, a escola que continua com goteira, a comida que venceu a validade, a maca que quebrou e não foi reposta, o remédio que faltou, a luva que acabou os bueiros que entupiram com lixo jogado nas ruas, o vereador que só defende um grupo pequeno que o elegeu, os deputados sem projetos de lei. Esse ciclo vicioso que causa o disparate de recorde em arrecadação e a falta de estrutura mínima digna de sobrevivência ao cidadão.
A morte é uma certeza mas, a maior incerteza é saber a sua chegada e conseguir contrariar essa certeza.
Enquanto os bemfeitores da pátria forem sempre lembrados após a morte, nunca saberão o valor do seu papel na sociedade.
A morte passeia no silencio da dor do que tentam amparar no dia cinza que não se espera,revelando uma dor indescritível, superior a repreensão dos seus pais e os joelhos ralados na doce infância, ela não usa roupão preto, bata, ou qualquer adereço que venhamos a pensar, ela sempre nos observa, calada, discreta, honesta no respeito que possuímos por ela, porém o respeito do joão não é o teu respeito, não é o meu respeito. Ela vem, sempre vem, sem cajado, sem foice, na hora que talvez não devesse ser, porém é. Sem face de caveira, porém assustadora, trás dor e leva o bem, maltrata, separa o elo e abusa, em muitos casos até se torna banal, sem motivo... A morte das células deveria ser a penas causada no seu fim de reprodução. A morte muitas vezes vem matar uma criança no berço para uma passagem que sabe-se que vira, mas...
A morte gera vida
Sem vida não haveria saída para morte
Onde posso te encontrar?
Pra que lado devemos seguir?
O que a morte quer de mim?
Só quero a Saída e não o meu Fim!
Doce é a morte!
Que de bela tem a vida recheada de aventura e de alegria que quando percebes já passou e no final já terá provado desse sabor.
Crudel, perché mi fuggi,
s’hai della morte mia tanto desio?
Tu sei pur il cor mio?
Credi tu, per fuggire,
crudel, farmi morire?
Ah! non si può morir senza dolore,
e doler non si può, chi non ha core.
Cruel, por que foges de mim
se desejas ardentemente a minha morte?
Tu és meu coração, não te esqueças!
É o que pensavas, cruel,
que fugindo me matarias?
Ah! Não se pode morrer sem dor,
e não pode sofrer, quem não tem coração.
"A morte de Zilda Arns, em plena ação missionária, no Haiti, tem a dimensão trágica e poética do artista que morre em cena. Dedicou toda a sua vida de médica sanitarista à causa dos desvalidos. Sacrificou a perspectiva de uma vida regular e confortável, que sua qualificação profissional lhe permitia, ao nobre ideal de submeter-se ao mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo.
Raras são as pessoas desse quilate espiritual, capazes de renúncias desse porte. Zilda Arns inclui-se numa seleta galeria de seres humanos integrais, em que figuram personagens como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce.
São pessoas que melhoram o mundo e seu tempo e impedem que o ser humano descreia de si mesmo. São beneméritas da humanidade, cuja biografia vale por um tratado de direitos humanos.
Fui seu colega no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e tive o privilégio de com ela conviver. Sua morte desfalca os que travam o bom combate, de que falava São Paulo, e enluta não apenas o Brasil, em que era peça-chave no desenvolvimento de políticas sociais, mas toda a América Latina, a que também estendia o manto de sua generosa ação humanitária".
CEZAR BRITTO
Presidente do Conselho Federal da OAB".