Morte de uma Filha
Poema sobre a morte
A morte é um mistério profundo,
um enigma sem solução.
Ela vem sem aviso prévio,
sem convite ou permissão.
A morte é como uma sombra,
que nos segue por toda a vida.
Ela nos leva para o desconhecido,
sem deixar pistas ou saídas.
E quando a morte chega,
ela leva tudo o que temos.
Deixando apenas lembranças,
e um vazio que não podemos preencher.
Mas talvez a morte não seja o fim,
apenas uma transformação.
Uma passagem para outro lugar,
um renascimento para a eternidade.
Então, não tenha medo da morte,
ela é apenas uma parte da vida.
Abrace-a com coragem e dignidade,
e viva cada momento com intensidade.
<Chiquinho (Sexta-feira treze)>
Quando a morte nos abraça e segue caminhando a nosso lado, falando baixinho em nossos ouvidos os seus segredos mais bem guardados,
ela parece querer que ninguém desconfie que seus intentos são engenhosos:
- Uma queda da própria altura, um tropeção imbecil
e a cabeça explode em uma quina qualquer...
Quando a morte nos abraça pelo caminho
é o nosso descaminho que ela quer.
Não foi a cachaça maldita
nem esse bendito calor
caminhando pela rua do bairro, esquivou-se pra despedida
veio a morte enxerida e com um abraço apertado o golpeou.
Tentaram reavivá-lo... Não teve jeito!
Já estava confortável em seu leito chão.
Todos diziam que ele era um bom sujeito
mas agora caído, morto, duro e frio o que dirão?
Chamavam incessantes por seu nome:
- Chico! - Chico! - Chico! - Chico...
Tentavam reavivá-lo, faziam massagem em seu coração,
respiração artificial, preces a Nossa Senhora Aparecida...
Mas ele já estava confortavelmente acomodado em seu leito chão.
Descansava da vida
da sua nada mole vida
em vida.
Todos perplexos já haviam entendido
encerrara-se mais uma vida, secara mais uma flor
e aquele corpo duro e frio contorcido na avenida
padeceu feito outros tantos todos os dias, o motivo: - desamor.
Se os fantasmas das pessoas podem assombrar uma casa, por quê os fantasmas das criaturas rotineiramente não retornam a onde moravam?
Acredito que a aparição dos fantasmas revelam mais de nós mesmos do que deles em sí, isso em todos os sentidos.
No final das contas, não importa o que aconteça, você estará sempre com você, então se ame e se conheça, afinal, você será a sua companhia até que a morte lhe fisgue de você mesmo.
Pense na eternidade e a morte não mais assombrará e aquele que nos ameaça com a morte perderá sua moeda de barganha.
"A felicidade espera o nosso convite para estar conosco, diferente da morte que vem sem ser convidada"
Não é à toa que o caixão é feito sob medida para caber apenas o seu corpo, porque lá não tem espaço para um cofre guardar o seu dinheiro e, muito menos, uma garagem para estacionar seu carro zero ou um closet para guardar suas roupas e calçados de grife.
Há quem diga que a morte é um mal sem remédio, engana-se, a morte é o remédio para uma vida morna, e a recompensa de uma vida digna.
Odor de velas
Em ambiente perfumado
Ao sabor das mazelas
Jazia um defunto velado
Abandonado à própria sorte
Condenado ao esquecimento
Esquecera-se de sua morte
E do seu tamanho sofrimento
Que lhe fora curta a vida
Não pode mais trabalhar
Desse mundo fez sua despedida
Não mais irá voltar
Assim caminha nobre humanidade
Na sua cruel zombaria
Vivendo na insanidade
Jogando suas memórias na estrebaria!
Com os olhos envenenados vemos o sangue, vemos o medo correndo em cada veia, em cada artéria. Sai de seus pulsos coágulos de ódio, em suas tripas e entranhas repousam os corvos, aqueles carniceiros que devoram o amor. O coração ainda bate, treme, vibra, geme, senti como nunca senti, dor, agonia, medo da morte, alegria, fim..... Acordo e os corvos ainda me observam..... Mais uma vez, mais um dia, um ano talvez....
MORTE É MORTE (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
Não importa o tipo da morte.
Morte é morte.
A morte não é a perda maior.
O que realmente perdemos na morte
é o que morre lá dentro de cada um,
enquanto vivemos.
Não há ninguém forte, na ciência tanto do amor quanto da morte, entretanto pelo amor suplantamos a morte.
O autoconhecimento é um ciclo que respeita o tempo e o espaço. Acredito que, com a certeza da nossa finitude, toda a nossa força [interior] é redobrada para a descoberta! A certeza da morte é algo vago para muitas pessoas que fogem desta realidade. Precisamos viver bem. Devemos existir e sermos não só sonhadores, mas construtores de nossos sonhos.
Através desse poema vou me descrever,
Sou um ser soberano e muitos ainda hão de me conhecer
As tragédias que estão acontecendo, não foram nada,
muito ainda irá acontecer.
Fique atento, pois a próxima tragédia pode estar perto de você.
Eu posso tirar, colocar, roubar, matar, causar.
Também posso temporariamente lhe agradar,
Vou deixar de “arrodeio” e logo me mostrar,
Sou a conhecida e apelidada morte.
Aquela que muitos ainda minha mão irá apertar.
Vou lhe buscar onde quer que esteja, disso num duvide não,
Vou lhe buscar mesmo se estiver no chão, num carro ou em um avião.