Morte de um Amigo

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É alcançar muito de um amigo se, tendo subido ao poder, ainda se recorda de nós.

Um amigo assemelha-se a um fato. É preciso largá-lo antes que esteja usado, senão é ele que nos larga.

Nada pode ser tão agradável a um amigo como a ideia da felicidade dos amigos.

Jamais alguém escolheu como amigo aqueles que se encontram na mais extrema pobreza.

sol quente de outono
a mão do amigo morto
toca meu ombro

O amigo de todos só é amigo de si próprio.

Quando alguém tem motivos para se queixar de um amigo, convém separar-se dele gradualmente e desatar, de preferência a quebrar, os laços da amizade.

Não há inimigo desprezível, nem amigo totalmente inútil.

O amigo deve sempre sobrestimar as nossas virtudes, e o inimigo, os defeitos.

Todas as coisas sendo iguais, as pessoas farão negócios com um amigo; todas as coisas sendo diferentes, as pessoas ainda farão negócios com um amigo.

O que a si próprio louva, murmura do maior amigo que tem.

Mais vale um bom amigo do que um tesouro que deixarias encher-se de bolor em qualquer buraco.

Nunca captes um amigo, se tiveres medo de fazer dele um inimigo.

O espantalho -
na minha infância
primeiro amigo

Quando estamos com um amigo, nem estamos sós nem somos dois.

A gente se acostuma com uma amigo chato
A gente se acostuma com uma fraqueza
A gente se acostuma com uma palavra não dita
A gente se acostuma com um amor perdido

Só não nos acostumamos com aquele ente querido que
foi embora e nos sabemos que nunca mais vai voltar
Que nunca mais vai nos dar aquele aconchego, que nunca
mais vai segurar em nossas mãos e dizer pode ir
que se você errar eu vou estar ao seu lado lhe apoiando
a morte é uma dor tão grande e machuca tanto.

Hoje acordei querendo não acreditar... Inexplicável essa sensação. Perder um amigo é ganhar saudades.
Saudades de uma fase boa que vivemos, uma história que ainda posso contar, mas sem a outra versão.
Lembrei dos momentos de saudades de casa, da família...
Lembrei dos momentos difíceis de exigência máxima da força e do teste dos nossos limites.
Lembrei das palhaçadas, dos momentos de risadas, lembrei de cada uma específica.
Lembrei que não dá pra apagar isso...
Pensar nessa amizade fez bem...
Mas é impossível acreditar que não teremos tempo de nos reencontrar e rir juntas dessas histórias.
Não mais...
A vida passa rápido... O tempo nos distancia... E a gente perde a oportunidade de reviver o que foi bom.
Agora só em pensamento...
Que você siga com luz, amiga!

Quando um amigo morre, uma coisa não lhe perdoamos: como nos deixou assim sem mais nem menos, assim no ar, em meio de algo que lhe queríamos dizer ou – pior ainda – em meio do silêncio a dois no bar costumeiro? Que outros hábitos, que outras relações terá ele arranjado? Que novas aventuras ou desventuras de que não nos conta nada?

Mario Quintana
A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Ao lado do homem vou crescendo

Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente

Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas

Ao lado do homem vou crescendo

E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.

Ó morte, por que não és negada aos vis, / por que não és prémio apenas para os fortes?