Morte de um Amigo
A morte
Eu sei que você vem buscar um amigo, um familiar, um estranho, mas você chegou com tudo abusando do seu direito.
Toda hora você aparece e leva um amado meu, seu atrevimento está passando da conta.
Porque não dá uma trégua e, se tiver que levar mais alguém, que seja EU.
A morte física de um grande amigo nos ensina muito, e nos continua ensinando durante muito tempo sobre a complexidade da vida e com a insistente recordação dele que depois nos acompanha durante muito tempo.
SEM NINGUÉM SABER
Não gosto de fazer poemas que remetam à morte
Porque detesto que os meus amigos lembrem-se
Que um dia também poderão morrer
Prefiro que cantem as melodias alegres
E leiam sobre amores e saboreiem as dádivas da vida
Instigo para que brindem as alegorias
Mergulhem na fantasia de que são todos eternos
Infinitamente abençoados pela eternidade
Em resposta ao zelo existente que para comigo têm
Os meus amigos e a fraterna amizade que nos convêm
Não tem tamanho nem cabem dentro de covas
Por isso jamais extirpa nem deteriora
E na minha hora em que sozinho eu partir
Sairei à francesa em silêncio enquanto festejam
Para que ninguém note a minha dor por ir sem querer
Partirei calado sem ninguém saber
POEMA PARA UM AMIGO À BEIRA DA MORTE
Aonde é o começo ou fim do correr?
Lembro-me das noites quentes,
Quando sentados no telhado de vidro
Absortos em meio à fumaça inebriante
Acompanhávamos resplandecentes
O rastro veloz das estrelas cadentes artificiais
Cintilando e logo sumindo na noite escura
Transformando, movimentando a cidade amorfa
Girante caleidoscópio de pensamentos
Entre prosas e poemas
Sonhos e sentimentos profanos
Divinizando-se no voar baixo
Pelas ruas, bares, bocas e olhares
Sob o crivo dos justos ignóbeis
Os que nunca tiveram a coragem de
Caminhar na beira do abismo
Por medo de confrontar o fundo insondável
De suas almas incógnitas
Aonde é o começo ou fim do correr?
Não conheço a hora certa
De atravessar a ponte sem medo
Conheço apenas a poesia dos momentos
Canções da existência
Notas e timbres,
Ritmos da dança das lágrimas e sorrisos
Motivo do entender do viver e ter
Talvez o começo e o fim
Como o saborear da límpida água da fonte
Saciando a sede do conhecer
Reflexões de que tudo flui
Bastando querer seguir sem importar-se com o inexistente tempo
Afinal, o adeus não existe
Pois, como as noites findavam com o raiar do sol
Observados pelo infinito de nossos olhos
Além da caixa empoeirada, do alto nos telhados de vidro
Existíamos, meu amigo
Para cada novo dia, para cada velha noite,
Perpetuando-se na eternidade.
Homem não chora.
Mas, Jesus chorou. (João 11:35)
Jesus chorou pela morte de seu amigo Lázaro e pela tristeza de suas irmãs antes de o ressuscita-lo.
Meu amigo, por um leve devaneio de pensamento me peguei pensando na sua morte, ou melhor na sua ausência eterna...
Eu com certeza iria olhar conversar antigas nossas do WhatsApp, iria rir muito com nossas piadas internas, lembraria da sua seriedade com certos assuntos e contemplaria admirado a sua vontade de viver!
Iria no Instagram e veria os memes que trocamos e a provocações políticas, ah sim! E foram muitas, diga-se de passagem rsrs
Quantas conversas marcantes, definidoras, orientadas de amor, de zelo de prudência e de vontade de querer o outro bem.
Poucos homens podem ter a alegria de ter bons amigos, sorte eu tenho de ter você aqui e vivo para desfrutarmos a vida.
E que esqueçam de nós todos os hipócritas mentirosos, escondidos atrás de certezas irrefutáveis, ousarem confrontá-los com a mais a nossa forma irreverente de pensar e refletir a vida.
Meu amigo, que seu brilho seja constante e que, quando lembrarem de você, o recordem de tal forma que digam "Eis um homem que viveu".
Eu não promovo a guerra, mas a minha paz destrói tua terra. Em meio a projetos de vida, tal morte é mera partida. Entre perdas e prejuízos, só lhe apunhala quem nunca foi seu amigo.
A Morte...
Cedo ou tarde ela vem para você, então reveja suas escolhas, conceitos e atitudes, pois a vida é muito curta.
Viva apenas viva e saiba viver, pois cada segundo que passa não terá mais volta na sua vida.
Me sinto um pouco mal de aproximar a perda de um amigo à perda de um amor, de uma companheira de vida, que parece pior. Mas aí eu penso que quando falamos de morte, falamos de vida, e das belezas da vida. Então escrever sobre o fim é também tratar do que se viveu. E quando contamos o que vivemos há a oportunidade da memória ficar ainda mais bonita.
É certo que a dor da perda ameniza os defeitos e ressalta as qualidades. Um sábio chamado amigo, me ensinou que isso acontece, porque defeitos só se pode tratar em vida.
M? Não sei. Você é que mudou um tanto, amigo.
Se distanciou mais e mais do seu passado.
Ela continua lá
junto daquele cara que conheceu
mas que agora já não é mais o mesmo.
E assim é: estradas e encruzilhadas
e novamente estradas.
Pessoas se encontram, partilham coisas,
caminham juntas algum tempo
e, depois,
cada qual segue seu rumo
na ampulheta descendente dos minutos,
dos dias, dos anos...
Destino: sinuoso sendeiro onde deambulamos todos
na direção dos braços da inelutável morte.
Ah meu amigo... Quanto tempo eu não esperei por aquele abraço de à pouco...agora só queria que tivesse durado alguns milésimos a mais...coisas como isso fazem seu dia, semana, mês ou ano ruim ter valido a pena... Nem que seja só naquele instante...
Não é que as lágrimas acabaram, só não as tenho para você meu amigo, que sempre fez meus olhos brilhar de tanta alegria.
Estou só....
Só comigo...
eu sou...
meu amigo
abracei a solidão
ela é o meu coraçao
estou só,mas sozinho nunca estou...
pois estou comigo.
Mas eu sou a solidao...
sou o vazio que completa
aqueles que tem medo de morrer sozinhos na própria solidão...
Tudo normal
Não duvide quando digo
Que tenho-te como amigo
Desde antes do sol se pôr
Juro pelo frio que nos abraça
Que desfaço essa cilada em que nos colocou
Tudo que vejo é azul e sereno
As faixas amarelas da estrada são intermináveis
Misturam-se com meus pensamentos
Eu e você
Juntos num quarto pequeno
Que sem você meus dias são nublados
Que você rouba o sol e seus raios
Que o motivo de tudo tem teus olhos amendoados
Se já fiz-te inquilino
Dei-te abrigo
Implorei atenção
Você vive mergulhado
numa realidade alternativa,
ébria e pouco habitual
Afinal,
Esse é nosso normal.
Thaylla Ferreira Cavalcante {A}
Meu amigo Dark
Vivo eu nas trevas !
E isto mim consome
Quero ser Luz
Eu também sinto essa fome
É triste é frio é tenso
Acho que já é tarde
É foda e eu sei
E as vezes mim sinto um covarde
Eu não sinto medo
E quase sempre não sinto nada
Eu sei de tudo isso
E mesmo assim não sei de nada
Eu vejo a luz no fim do túnel
Eu vejo 1001 possibilidades
Eu vejo ela tão próxima
Que quase já não vejo nada
Eu vejo a vida se esvair pelos dedos
E o tempo corromper a carne
Sim ! O tempo ele mim parece mais covarde
Quando eu fui já não mais era
E quando era eu nem fui
Eu não sei se eu venho mais
Mais um dia todo mundo vai
Eu não tenho medo
Também não tenha
Daime a tua mão e partiremos juntos
Lá eu não sei
Mais nada é pior que o mundo
Nada , nada é melhor que o mundo
É isso é o pior
Exatamente !
Eu vivo nas trevas
Aqui é frio triste e tenso
Eu não tenho medo disso
Sou privilegiado porque eu penso
Eu vejo a luz no fim do túnel
E corro contra o tempo
Corro Contra o vento e o que vinher
Não posso perder isso
Eu preciso ver
Nem que eu morra cego
Até que eu morra cedo
Mais não posso morrer de cede
Eu não sou um covarde
Você que entendeu errado
Eu não tenho medo
E sempre estou do lado
E aí está o meu único medo
Que é não estar
Eu passo frio fome
Fico sego e morro seco
Mais se eu chegar do outro lado
E não tiver nada
Nem um sarcasmo tipo
Aqui é Lugar nem um
O simples vazio de não existir
E o pior terror que eu não vivi
E pior que um Diabo que também morreu seco
Ou um paraíso que não tem sexo
É eu não sou um covarde
O tempo é que é
Tudo passa e o tempo leva
Coitado dele que veve com a culpa
Vai morrer sozinho gordo e surdo
Por engolir o mundo
Quando eu for que seja sol
Eu morrerei sorrindo
Porque eu naci chorando
Você que fica festeje
Não mim deixa só
Não mim deixe ir
Mim guarde aí com vc
Não tenha dó
Lembre-se do que é bom
Queime o edredom
Mais guarde o nosso som
Viva os nossos sonhos
Venda os nossos votos
Veja os nossos filhos
Leia aquele livro
Lembrece de mim
Mim guarda no seu peito
Enquanto isso existir
Serei eu eternamente vivo !
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