Morte de um Amigo
A primeira manifestação de consciência nascente é o desejo de morrer. Esta vida parece insuportável, e inatingível qualquer coisa. O desejo de partir deixa de ser vergonhoso: chegamos a rezar para que sejamos conduzidos da velha cela, que tanto odiamos, a uma nova, que ainda não aprendemos a odiar. Há nisso um traço de fé, pois sempre esperamos que durante a mudança de uma para a outra o Mestre haja por bem passar no corredor, contemplar o prisioneiro e dizer: 'Jamais fechem essa porta de novo, pois ele deverá vir quando eu o chamar' ",
Quando meu filho morreu (...), as visitas vinham me dar pêsames e, achando que isso iria me consolar, diziam: “A vida continua.” Que bobagem, eu pensava, porque é claro que ela não continua. É a morte que continua (...). Não existe fim para isso mas, talvez, haja um fim para o sofrimento que isso causa.
Só se suicidam os otimistas, os otimistas que não conseguem mais sê-lo. Os outros, não tendo nenhuma razão para viver, por que a teriam para morrer?
As palavras nascem da boca das pessoas. E morrem em seus ouvidos. Mas algumas palavras não morrem. Elas entram no coração das pessoas. E sobrevivem.
A fera olhou a face da beleza, e a beleza acalmou a fera. Desde esse dia então, a fera ficou a mercê da morte.
Tudo parece mais real e vívido quando você está morrendo. Você quer sentir, saborear e amar. Mas, ao mesmo tempo, a intensidade é insuportável.
Dar adeus é entregar a Deus alguém ou aquilo que ficará fora do nosso alcance, é confiarmos em Deus. 🍃🌸🍃
Lá está ele, em uma casa solitária, com luzes acesas. Na estante, fotografias antigas, pessoas importantes, momentos que o fazem lembrar do que passou e se perguntando onde estão aquelas pessoas. Não há ninguém ao seu lado, com exceção de seu fiel animal que o olhava, deitado naquele chão, ele sempre ficava naquele canto da sala quando chegavam, ficava lá até o cair da noite, o qual acontecia minutos depois da chegada deles. Não vejo ninguém ir lá há tempos. Não consigo ver com nitidez o que ele está fazendo por conta da janela embaçada, devido aos pingos de chuva, a tarde estava escura, diferente de seus cabelos. Mas parece que estava sentado, na velha poltrona, de olhos fechados, com seu amigo, o qual recebia carinho. Com a outra mão segurava aquele retrato, como sempre fizera. Depois de alguns instantes, um barulho, seguido de um latido, semelhante a um uivo. -Finalmente as luzes foram apagadas. -
A reflexão profunda surge em um momento de crise, angústia e dor. A pior das dores é aquele que os olhos não vêem, mas dilacera a alma e mata todas as expectativas e sonhos.
Sim, e quantas vezes um homem precisará olhar para cima
Antes que ele possa ver o céu?
Sim, e quantas orelhas um homem precisará ter
Antes que ele possa ouvir as pessoas chorar?
Sim, e quantas mortes ele causará até saber
Que pessoas demais morreram?
Nota: Trecho da música "Soprando no vento".
Até que ponto, então, nós deve-se esperar a aproximação do perigo? Respondo: se algum dia chegar, terá nascido entre nós. Não virá do exterior. Se nossa sina é a destruição, seremos nós os autores e consumadores dela. Como nação de homens livres, viveremos para sempre ou morreremos por suicídio.
Talvez eu tenha acreditado que saí da guerra ileso até agora, mas talvez esteja redondamente enganado. Não tiraram minha vida, mas fizeram pior: roubaram minha infância, mataram em mim o menino que eu podia ser.
Não ames nem creias. Todo o homem que ama é homem perdido, e todo aquele que crê nunca será ninguém. Odeia sempre. Odeia os que sobem e os que pretendem subir, odeia os que subiram e os que um dia subirão. Odeia todos e desconfia. Lembra-te que o Ódio dá mais prazeres que o Amor. A satisfação de ver agonizar um canalha, quer ele seja um mártir, quer ele seja um ladrão, é maior que a de sentir os braços opulentos de uma mulher que se entrega. É menos um. Sê pois forte como o diamante e como o Ódio.
Horizonte Cinzento
A solidão me consola
Nesse tumulto que me assola
Pessoas vazias sem propósitos
Cultivando lugares inóspitos
As vezes me pergunto por que existo
Neste mundo dominado por malquistos
O inverno me aquece
Nessa tristeza que me esvaece
Estou a caminho do abismo
Quero ir ao mais profundo, ao infinito
O mistério do desconhecido me atrai
Nesse momento de solidão e paz
Horizonte cinzento
Maravilhoso, Lindo!
Sentir o frio no meu corpo
Me faz viver estando morto
Eu sei que vocês receberam ordens de seu comandante, que as recebeu de seus superiores, para matar a população deste campo. Agora é a hora para fazer isto. Aqui estão eles. Eles estão todos aqui. Esta é a sua oportunidade. Ou vocês podem partir e retornar para suas famílias como homens em vez de assassinos.
Onde reina o mais absoluto silêncio não cabem mais flores, perdão, homenagens ou agradecimentos. Onde tem vida, tem barulho, tem críticas e contradições e é lá que cabe toda a nossa gratidão.
Estou morto. Embora ainda se encontre ar em meus pulmões, embora meu corpo se movimente ainda, mesmo que meus sentidos e membros funcionem, estou morto, pois em mim não há mais o brilho nos olhos, nem a paz e o amor que outrora habitava minha alma ali se encontram mais... Portanto, estou morto, ainda que vivo, mas morto.
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