Morte de um Amigo

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A progressão social repousa essencialmente sobre a morte. Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mortos.

(Incidente em Antares)

O que dói na morte é a falsidade. A morte apenas existe por uma brevíssima troca de ausências.

A Páscoa não se resume a lembrar a morte e o sacrifício de Cristo, mas é também uma celebração de alegria e vitória pela sua ressurreição.

"Os discípulos não entenderam a morte de Jesus na sexta-feira, por isso, também não compreenderam a ressurreição do domingo."

Como uma marionete, cujos fios se tivessem escapado dos dedos de seu manipulador, após uma morte breve e rígida e num momentâneo embotamento dos sentidos, volta a reanimar-se, volta a entrar em ação, a dançar e a agitar-se, assim corri, como arrastado por um fio mágico, para o tumulto donde há pouco fugira fatigado, desanimado e envelhecido, correndo então elástico, jovem e diligente

Eu vivo a vida não vivo a morte e por sorte eu estou de pé, A lei da vida não é dos mais fortes e sim dos que tem mais Fé.

Deprimida é a pessoa cheia de vida com pensamentos cheios de morte.

A morte é um enigma indecifravel, ela sempre leva as pessoas mais engraçadas , os desafortunados e os bem dotados .

"O capitalismo nunca morrerá de morte natural"

“Mas já é hora de irmos: eu para a morte e vocês para viverem. Mas quem vai para melhor sorte é segredo, exceto para Deus.”

A morte de um ente amado é uma dor inigualável, que fere a alma e deixa sempre uma cicatriz. Mas um dia o sofrimento agudo há de transformar-se aos poucos em uma saudade doída que está quase sempre a latejar, até se tornar saudade que já não martela os sentimentos todo o dia.

Vivo intensamente sem temê a morte, com fé em Deus sem contá com a sorte.

Mundo em extinção,
Vidas sem salvação,
Morte em seres fora do caixão,
Tristeza sem quietude,
Felicidade virou virtude,
Mentir por prazer,
Matar é lazer,
A verdade é buscada,
Mas só no ódio é encontrada,
A vingança não é mais banal,
Por que nesse mundo só existe o mal,
Sem leis e sem justiça,
Não se encontra a paz nem na missa,
Mundo em extinção,
Onde os seres podres vivem,
E os bons se vão,
Onde guerra é o único meio,
e a liberdade ilusão.

"Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida"...
Pois a vida é uma experiência dura, muitas vezes confusa, incompreensível e incerta; e reconhecer um abrigo no meio de tanta inquietude é acolher o tempo da clareza, em que tudo passa a ser suprido de sentido.
Alguns amores nos salvam da vida. Por resgatarem quem somos depois que partes de nós mesmos são deixadas pelo caminho. Por fazerem de nossas cicatrizes parte de suas estruturas também. Por acolherem nossa história com delicadeza, transformando o que era imperfeito numa nova possibilidade. Por permitirem o encontro com a esperança, o cortejo com a fé. Por dividirem as angústias do existir, permitindo que nossos fantasmas sejam lapidados, nunca enterrados.
O amor nos torna vulneráveis. Ainda assim, percebemos sua urgência quando compreendemos que a vida é uma faísca, um piscar de olhos entre o nascente e o poente de nós mesmos.
Como diz a canção, "a vida tem sons que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo..." E descobrimos que começar de novo não significa retroceder, mas entender que não haverá mais de nós em cada esquina ou aeroporto. Que não há outro tempo em que estaremos juntos além do tempo presente que se descortina diariamente. Que não seremos melhores ou maiores além do que podemos ser nessas horas em que vivemos e permanecemos lado a lado.
De vez em quando torna-se necessário fazer o caminho de volta para que o amor nos reconheça também. Desistir das corridas, dar trégua aos projetos 'imprescindíveis' , abandonar rotinas desgastadas pelo tempo, apaziguar o contrato com a pressa. Resgatar os laços, valorizar os momentos, perceber-se merecedor daquilo que não se toca nem se vê. Arriscar a travessia, suportar os desvios do percurso, desistir de antigas rotas, aplacar a saudade do que ainda está lá.
O tempo leva embora de diversas maneiras, enquanto a vida traz sem grande alarde.
Que haja lucidez. Lucidez para enxergar os presentes que recebemos e poucas vezes enxergamos. Lucidez para valorizar o que nos pertence de fato. Lucidez para aceitar o fim de um tempo e o começo de outro, diferente, mas nem por isso pior. Lucidez para acolher o que é verdadeiro, real e provido de sentido.
Lucidez para amar e ser amado. Lucidez para finalmente permitir que o amor nos salve da vida...

Uma freira na hora da sua morte pediu pra escreverem no seu túmulo, as seguintes palavras: Nasci virgem, cresci virgem, vivi virgem e morri virgem. O coveiro achou que eram muitas palavras, e escreveu as seguintes: Devolvida sem uso.

O arranco da morte

Pesa-me a vida já. Força de bronze
Os desmaiados braços me pendura.
Ah! já não pode o espírito cansado
Sustentar a matéria.

Eu morro, eu morro. A matutina brisa
Já não me arranca um riso. A rósea tarde
Já não me doura as descoradas faces
Que gélidas se encovam.

O noturno crepúsculo caindo
Só não me lembra o escurecido bosque,
Onde me espera, a meditar prazeres,
A bela que eu amava.

A meia-noite já não traz-me em sonhos
As formas dela - desejosa e lânguida -
Ao pé do leito, recostada em cheio
Sobre meus braços ávidos.

A cada instante o coração vencido
Diminui um palpite; o sangue, o sangue,
Que nas artérias férvido corria,
Arroxa-se e congela.

Ah! é chegada a minha hora extrema!
Vai meu corpo dissolver-se em cinza;
Já não podia sustentar mais tempo
O espírito tão puro.

É uma cena inteiramente nova.
Como será? - Como um prazer tão belo,
Estranho e peregrino, e raro e doce,
Vem assaltar-me todo!

E pelos imos ossos me refoge
Não sei que fio elétrico. Eis! sou livre!
O corpo que foi meu! que lodo impuro!
Caiu, uniu-se à terra.

Obrigada por me libertar, quando o mundo for meu, sua morte será rápida e indolor.

não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa
nenhuma.

A morte é, de tudo na vida, a única coisa absolutamente insubornável.

Era um conceito interessante que só após a morte dele, eu compreendia inteiramente. Marley como mentor. Como professor e exemplo. Seria possível que um cachorro — qualquer cachorro, mas principalmente um absolutamente incontrolável e maluco como o nosso — pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não importavam. (John Grogan)