Morte
Como somos pequenos diante da vida e da morte. Quando uma nova vida chega ela leva em média 8 a 9 meses para chegar, a gente cria a expectativa do abraço de como será, de pegar no colo e de cuidar desta vida. Já quando a morte chega, ela vem sem avisar, ela vem de uma hora para outra e não nos permite corrigir erros, não permite dar o último adeus, o último abraço, ela simplesmente vem e como um sopro, apaga a vela que chamamos de vida. Quando a morte chega nos mostra que não importa a roupa, a casa, as contas, nada deste mundo importa, que a vida é o bem mais precioso que temos e mais frágil. Hoje queria teu abraço, mas não te tenho mais aqui comigo, porque você se foi e o que deixou foi quem você foi, foram as melhores lembranças que hoje doem, mas que um dia será lembrada com sorriso nos lábios, pois a vida tem que continuar, e a morte não é o fim.
A morte não tem que ser ensinada é um fenômeno natural.
Da mesma forma que devemos aprender a viver, também devemos entender que a morte um dia chega para todos, porque ninguém é imortal, nem os deuses são, então porque um mortal seria ?
Temer a morte ? eu quero a morte, desejo morrer pois eu não aceitaria ser purificado, não adianta purificar algo estragado desde a fundação da existência, mesmo que meu coração queria a luz e a a santidade eu não mereço ser salvo, eu me auto condenaria e torturaria.
A morte é o que dá significado à vida. A beleza da finitude faz você aproveitar o seu tempo com mais intensidade.
O acerto e esperteza,
o erro e aprendizado,
a morte e um mistério e a vida e apenas memorias do que fizemos e logo deixaremos para traz.
Estamos todos na fila, quando chegar sua vez você está preparado (a)?
Sucesso
Fracasso
Vida
Morte
Vitória
Derrota...
A MORTE DAS LENDAS
Todo povo tem sua história,
Seu conhecimento popular,
Suas crendices manifestadas
Nos costumes ou no pensar.
O povo urandiense
Tem mentes fertilizadas,
Criaram muitas lendas
E vou deixar imortalizadas.
Quando tinha muita mata,
Muitos rios pra pescar;
Ainda andava a pé,
Aparecia coisa pra assustar.
Quando pescava à noite
E não soubesse agradar,
Não pegava nenhum peixe
Porque a sereia ia atrapalhar.
Em tempo de quaresma
Aparecia lobisomem
Ou bruxa cavalgava;
Trançava crina igual homem.
Passava bicho correndo,
Só escutava a pisada.
Era mula sem cabeça;
Tinha medo da patada.
Ninguém matava nada
Se não agradasse a caipora;
Levava pinga e fumo
E deixava em cima da tora.
Aparecia muita alma
Dando pote de ouro.
Tinha muita assombração
Que fazia medo e puxava couro.
Acabaram todos os encantos,
Até a rama que fazia perder.
Quando destruíram a natureza,
Os encantos vieram a falecer.