Morro
O tempo corre como uma pedra que despenca morro abaixo
Não há nada que possa impedi-la em seu caminho
Vejo meus dias, meus pensamentos
Sendo esmagados pela pedra do tempo
Para mim o tempo não parou
Pelo contrário aumentou sua velocidade
E eu não tenho como acompanhar
O tempo deixou tudo diferente em mim
Só me rentando as lembranças.
31/01/2015
Eu sinto o coração saltar e morro pelo menos duas vezes ao dia. Você me faz mal por me fazer tão bem. Eu engulo o seco e deixo o sentimento de ânsia rasgar a garganta. A ansiedade é doentia. Isso é estar tremendamente apaixonada? Eu não gosto desse sentimento. Ele é tóxico, porque me faz agir como louca. Eu peço para que pare, mas logo depois imploro para que nunca pare. E, isso sempre se repete. É a mesma história com você todas as vezes. Minhas mãos suam e meu corpo estremece. Será que você está com a mesma doença do que eu?
O TOPO
Estrondo no topo
olhares para o morro
é chuva apagando poeira
é agua despencando na ribanceira
Os bêbados...
Estão todos encharcados
Os relâmpagos...
Com seus pontos e encantos,
correm costurando as nuvens
tudo sempre foi como esta.
Maria pra que falar mal...
Corra, corra! Corra...
Vá recolher as roupas do varal.
Antonio Montes
Quando eu fechar os olhos
E o meu sangue parar de correr
Leve-me para o mais alto morro
Para onde entao eu possa morrer
Vou ver as velhas infancias
Que toda herança impediu falar
Dançar toda mocidade que a sociedade
Ja nao quer mais ousar
Ouvir de todos os berros loucos
Das favelas do alto do porto
O eco dos gritos roucos
Dos abortos ao mendigo morto
Morri na escadaria da catedral
Com uma facada e um punhal
A morte é mesmo assim natural
Ja estou pronto pro funerol
O som vai acabar mais uma vez
A espera das nossas grandes sensações
Será que tu curtirás minha viuvez?
A partida será nossa todo dia
É o juizo final
Eis o meu ponto final
DE MARIA
Enquanto a ladeira do morro descia
Maria crescia, Maria corria,
saltitante saldava o povo e dizia
bom dia! Bom dia...
Maria dava bom dia e sorria
Ladeira abaixo descia
toda feliz a cantar
o povo do lugar aplaudia
... Maria vai encantar.
Maria já bem crescida
aos passos.galgando o declive
as luzes do morro acendiam
e os olhos com risos nos rostos
alegria, alegria... Alegria.
Maria fazia folia
Maria dançava de dia
era samba no pé era bamba
de salto e do alto olhava
por cima do ombro sem tromba
Maria agora namorava.
Um dia...
Maria virou mulher
cresceu o ar de sua graça
dava passadas na praça
Maria toda empinada
até parecia uma garça.
Amou e casou por amor
tão logo teve a sua cria
cheia de alegria e dor
o conforto desconfortou
Maria na chuva tremia.
O morro molhado desabou
e passou reto pelas curvas
e o povo gritando... Que horror!
Meu Deus, meu Deus nos acuda!
O sol raiou no amanhecer
em seu clamor, Maria entristecia
Maria então chorou
com lágrimas de chuva que corria
pelo quinhão,
pela vida que não tinha
Maria sabia, Maria sabia...
Que viver, todavia valia.
O evento religioso do morro da cruz em Campos Belos,estimula as pessoas para a interação e fraternidade (15.12.17).
Quando nosso amor morreu,
eu pensei em me matar
mas percebi
que se eu morro,
dou de cara com aquele amor bandido
assim que chegasse ao inferno.
Rasguei a corda e nunca mais pensei
em suicídio.
Toda vez que choro sem lagrimas, soluço abafado e morro um pouquinho por dentro. Diante da incompreensível dureza de ser não há equações nem adequações, a fatalidade geométrica eleva o vazio infinitamente rumo ao vácuo, onde nada existe, nem as livres e as vivas emoções.
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