Morrer
A morte
Se eu soubesse que tu só teria mais um ano, um mês, uma semana, um dia, uma hora ou um minuto de vida, eu teria te ligado e teria dito tudo a você, dito que te amava, dito o quanto tu me fazia bem... mas o último segundo passou e o teu tempo neste mundo acabou... eu não pude nem me despedir.
De todos os anos, messes, semanas, dias, horas e minutos que passamos juntos, eu só consigo pensar no teu último segundo e como deve ter sido frio, solitário e demorado.
Eu perdi uma velha amiga para uma sombra que a seguía desde o dia em que ela nasceu.
Slá, só mais um café.
"Não há insucesso quando a vontade de vencer é quem conduz a obra. Viver de recomeço é não morrer na derrota. E até que se prove o contrário, tudo que engrandece o homem, colabora com o seu sucesso..."
Andar e amar, nascemos sabendo amar, e não sabemos andar... ... a maioria de nós morre sabendo andar, e não amar.
Há quem diga que 1 ano é muito tempo. Há ainda também alguém que diga que 1 ano é muito pouco tempo; esse alguém deve ser eu. Um ano é muito pensando nas várias coisas que fizemos juntos. Um ano é muito para todas às horas do dia que eu passava com você. Só que com o tempo a gente fraqueja. O corpo desmorona. E quando ele desmorona, o caixão nos espera. Um ano pode de fato ser muito. Pode de fato ser um longo tempo. Mas quando paro para pensar que, em um ano, eu estava ao teu lado todos os dias, aí um ano é pouco. Um ano ainda é muito para mim que considerava que eu não conseguiria passar um dia sem você. Mas um ano ainda é pouco para o tempo em que você partiu. Eu sei que a ferida nunca irá se curar. Eu sei que um ano é pouco para ela sumir. Mas um ano é bastante para ela se amenizar. O ano passou. Eu parei. O dia em que te vi morto, eu entendi a maior dor que já passei. Em um ano quase nada aqui passou. Digo isso referente as dores. Um ano foi o tempo que estou sem você. Um ano ainda é pouco, porém daqui um tempo, serão mais anos. Mais anos ainda serão poucos, sem você.
Overdose
Acordei de um sonho insano... Me senti frio como a noite e leve como o ar. Soro passou por minhas veias e limpou toda a merda de ontem.
Fraco, tonto, enjoado... apenas definições para os meus dias... mas não essa noite, dessa vez a brisa foi totalmente diferente. Abri os olhos e percebi que estava em um hospital, senti o venenoso gosto da morte. Paro e penso, tenho mesmo que viver no limite? Seria esse o sentimento de felicidade ou isso é só uma busca desesperada por um momento sem neurose?
Drogas e mais drogas...
Ontem a noite eu tive minha primeira overdose.
Slá, só mais um café.
A certeza plena de que lado estamos não se dá de forma teórica, cômoda e pacífica - só temos realmente convicção de qual é nossa real posição quando, sob violência física ou moral, somos obrigados a ter que dizer sim ou não às nossas lutas, afirmar ou negar nossas ideias e ideais, tendo que escolher entre o viver como um hipócrita-traidor ou morrer definitivamente pelo que dizemos acreditar...
Eu quero te seguir
Eu quero ser achado em Ti
Pra mim eu morrerei
Pra viver somente em Ti
Se eu ganhar a própria vida, não sou digno de Ti
Se eu negar a minha cruz, não sou digno de te seguir
- Eu não sou feito de amor piscina, afinal eu não sei nadar.
- Se for para morrer, que seja no mar. Não em uma piscina rasa.
O sambista e o Covid 19
O sambista diletante, já aposentado, depois de contribuir ao INSS por uns 47 anos, começou a frequentar as Rodas de Samba nos Bares temáticos da sua cidade natal. O que era uma aspiração juvenil se transformou em paixão passageira e depois se tornou amor eterno. Resultou no casamento perfeito (tipo a fome e a vontade de comer). Bem assim. Desde a infância (anos 50), o dito “Sambista Diletante” tinha aprendido através das “ondas sonoras” das emissoras de rádio AM, a apreciar o Sertanejo Raiz, o Samba e o Choro, com destaque para os compositores e intérpretes dos anos 20 a 50. Nas Rodas de Samba reencontrou muitos “amigos de infância e juventude”, além de colegas de estudo e trabalho. A cada reencontro era uma festa. E também granjeou novas amizades. Os canais de comunicações Facebook, Whats e E-mail se tornaram a ligação quase que diária com alguns, uma vez por semana com outros, mas o importante mesmo era aquela agradável sensação do reencontro e da troca de energias. A música é linguagem universal, enleva, alegra, aproxima as pessoas. Até que a pandemia 2020 surgiu e foi necessário confinar as pessoas, isolar socialmente os mais vulneráveis (grupo de risco), a obrigar a população a usar máscaras faciais protetivas e seguir rígidos protocolos de segurança. Desde o início de março o Sambista Diletante se recolheu, juntamente com centenas de músicos e amantes da MPB, entrando no esquema de hibernação. E somente pelas redes sociais se comunicam com familiares e amigos. Alguns mais afoitos (e imprudentes) continuaram a frequentar os botecos preferidos, a se reunir com os amigos nas Rodas de Sambas, à revelia das orientações dos médicos e gestores públicos. Muitos contraíram o Covid 19 e alguns já partiram antes do combinado. Até quando assim será?
Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo – SP.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Sentido
Escreva tudo que está sentindo
Pra fazer sentido.
Você está fora de si
Você está louca por si
Você não quer mais viver por si.
Tu quer fugir
Tu quer viver
Tu quer apenas não ser mais você.
Mas tem um porque de viver
Mas tem um porque de sofrer
Você vai passar por tudo isso e vai se encontrar novamente ,Pode crê.
-andreise vitória.2020