Morrer
Do sonho acordei, olhei
Pensei como será o dia, me desapontei
O céu está azul? Nublado? Ensolarado?
Está como um dia qualquer.
Porque tem um rocha no meio do meu caminho?
Lembrei que coloquei lá para me limitar
Limite que comecei a aceitar
Limite que eu tive que aceitar.
Passo o dia me perguntando como seria diferente
Minha cabeça começa a pedir socorro
E uma voz distante diz que "ficará tudo bem..."
Mas um grito forte diz "você sabe que não!"
Eu sei.
Repouso minha cabeça no chão.
Fecho meus olhos, estou com frio.
Mas estou bem agora
O céu está azul? Nublado? Ensolarado?
Está tudo bem agora.
Não precisa ser todo mundo, apenas ajude as pessoas ao seu redor. O máximo que conseguir… Você pode se sentir perdido. Não espere gratidão. Somente ajude as pessoas... Apenas faça isso. Dessa forma, quando você morrer, não morrerá sozinho. Não acabe como eu.
Não existe absolutamente nada mais devastador do que a morte. Ninguém acostuma, ninguém conforma nunca. A gente simplesmente segue a vida porque não tem o que fazer.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, acreditamos também que aqueles que morreram em Jesus serão levados por Deus em sua companhia.
Nascemos anônimos, para construir nosso legado.
Devemos fazer de nossas vidas uma bela história. Fazer nosso tempo valer a pena. Para que mesmo na morte sejamos lembrados. Lembrados por ações memoráveis e atitudes épicas. Lembrados por construir um legado inesquecível.
Nascemos anônimos para morrer como uma lenda.
A morte é agressiva em todas as suas esferas. Seja no acidente que ninguém esperava, seja no ventre da mãe, seja no paciente terminal, seja no cidadão com morte cerebral declarada, seja no inconsequente que vivia brincando com a vida, seja no idoso de quase 100 anos. Não interessa. Ela assola, nos deixa devastados, impotentes, perplexos, nos faz tremer e temer. Afinal quando vai chegar nosso dia? Ou pior: quando vai chegar o dia daqueles que amamos?
Estar em um velório é algo curioso. O morto não é só aquele que está dentro do caixão, imóvel. Morrem também várias pessoas ao redor. Sim, elas respiram, andam, falam, seus corações ainda batem. Mas uma parte... aliás, me arrisco a dizer: uma GRANDE PARTE é enterrada junto com o ente querido. Os sonhos, as risadas, os planos, os abraços, a voz, o aconchego, a alegria. Vai tudo embora. Sorte a nossa que nos restam as lembranças boas, ainda que em certos momentos evitamos até lembrar. Machuca demais.
Sei que nossa esperança é renovada em Jesus. Sei que estamos aqui de passagem, sei que existe um céu e uma vida eterna de alegrias para aqueles que acreditam na salvação em Cristo. Mas sou de carne, osso e emoções. Enquanto estiver aqui na Terra vou chorar, vou sentir, vou sofrer com a morte.
Sempre que alguém que eu amo morre, uma parte de mim vai junto. E ainda que o tempo passe e novos amores surjam, esse pedaço nunca volta, nunca regenera. Ele se vai pra sempre.
E por enquanto é assim que eu vou vivendo.
Com meus buracos, com meus remendos, com minhas falhas.
Mais vale um jumento vivo que um filósofo morto, mas é melhor morrer como filósofo do que viver como jumento.
Chorar e sofrer, mas lutar e procurar vencer, sem deixar o cansaço te derrotar, nem o desânimo ou o preconceito te dominar, é uma maneira de ganhar a felicidade. Aprender a defender seus ideais e a amar seus semelhantes, a conquistar seus amigos pelo que é e não pelo que queiram que seja, é mais uma maneira de abraçar a felicidade.
QUANDO EU PARTIR E ENQUANTO EU VIVER
Quando eu partir não quero manifestações de carinho e nem de saudade;
Não quero flores e nem lágrimas;
Não quero lembranças do que eu fiz e tão pouco do que eu fui;
Quero que meu nome seja esquecido e apagado da história;
Enquanto eu viver, quero amizades sinceras e profundas;
Quero ser livre para pensar e para escrever;
Quero amar profundamente e ser feliz.