Morrer
Existem três tipos de pessoas: as que se preocupam até a morte, as que trabalham até morrer e as que se aborrecem até a morte.
Deixa partir o que não te pertence mais, deixa seguir o que não poderá voltar, deixa morrer o que a vida já despediu... O que foi já não serve... é passado, e o futuro ainda está do outro lado, e o presente é o presente que o tempo quer te entregar.
Prefiro morrer deitado a mais de 140km/h em cima de uma moto do que deitado em uma cama de hospital há mais de 140 dias!
Nunca há garantia de voltar, morrer é a única certeza.
(Capitão Barbossa)
Resumo
Gerou os filhos, os netos,
deu à casa o ar de sua graça
e vai morrer de câncer.
O modo como pousa a cabeça para um retrato
é o da que, afinal, aceitou ser dispensável.
Espera, sem uivos, a campa, a tampa, a inscrição:
1906-1970
SAUDADE DOS SEUS, LEONORA.
Foi então que eu, ferido de espanto, descobri: - quem nunca desejou morrer com o ser amado, não conhece o amor, não sabe o que é amar.
(Morrer com o ser amado, 08/01/1968)
- Amar é suicídio.
- Talvez seja mesmo. Mas nunca se esqueça que vale a pena morrer por algumas coisas.
Quando alguém nos faz sofrer, pensamos que vamos morrer e que aquilo nunca vai acabar. Mas então aparece um outro alguém que muda tudo de lugar, tira sua rotina do padrão, te leva pra conhecer o céu, e ainda tem o dom de te fazer feliz. O amor é um ciclo, ou agente ama intensamente o que acreditamos ou desistimos e não acreditamos piamente no que deveríamos.
''O momento mais forte do amor, é quando sabemos que ele precisa morrer, mas não temos força para matá-lo."
Um dia vou morrer, afinal todos irão morrer, vão me enterrar, um fazendeiro muito louco vai me adubar e me transformar em um lindo pé de maconha. Só assim poderei saber que, mesmo depois de morta, continuarei fazendo sua cabeça!
Por enquanto estou inventando a tua presença, como um dia também não saberei me arriscar a morrer sozinha, morrer é do maior risco, não saberei passar para a morte e pôr o primeiro pé na primeira ausência de mim – também nessa hora última e tão primeira inventarei a tua presença desconhecida e contigo começarei a morrer até poder aprender sozinha a não existir, e então eu te libertarei. Por enquanto eu te prendo, e tua vida desconhecida e quente está sendo a minha única íntima organização, eu que sem a tua mão me sentiria agora solta no tamanho enorme que descobri. No tamanho da verdade? Mas é que a verdade nunca me fez sentido. A verdade não me faz sentido! É por isso que eu a temia e a temo. Desamparada, eu te entrego tudo – para que faças disso uma coisa alegre. Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.
Eu também preciso te ver, senão vou morrer de amor insatisfeito de desencontro de saudade com sede insaciada.