Morrer
Não tenho medo de me perder, de cair ou morrer, afinal, se for pra que qualquer coisa aconteça comigo, que seja eu fazendo algo que vale a pena pra mim, que seja pelo que quero, pelo que acredito, pelo que sonho!
Um homem rico em sonhos jamais envelhece, pode até morrer repentinamente, fato corriqueiro da vida, mas morrerá em pleno voo. Quem decide sonhar prolonga sua vida, é mais feliz, pois aprendeu a direção para tomar as suas decisões.
Pobre ser humano... Vive só pra não morrer - logo não vive, sobrevive. Renuncia sonhos, esquece planos, bebe ganância, respira dinheiro, deixa o viver acontecer e passar, enquanto se ocupa com a frivolidade descartável da condição tortuosa e aparentemente imposta à espécie: correr a esmo.
É necessário morrer mais de 240 pessoas em um espaço fechado para o Brasil ficar de luto.
As mortes que acontecem todos os dias e que são ligadas a violência, drogas, corrupção, fome, falta de vagas em hospitais, omissão da sociedade, não são suficientes para uma reflexão?
Um cidadão que só "reflete" sobre as tragédias do seu país quando todos estão refletindo, não reflete. Apenas segue a moda!
As tragedias acontecem todos os dias, em todos os lugares, até que ponto isso é luto e até que ponto é hipocrisia?
Você pode desistir e morrer como um covarde ou continuar tentando e mostrar a todos como se cria um vencedor. Se não por você, faça por quem acredita em sua capacidade.
Quando nenhum dos dois dá o braço a torcer?!
Mágoa e saudade e logo, o amor pode morrer!
Vale então a pena não ceder?
Você pensa que vai morrer, que nunca vai passar, que essa dor vai durar pra sempre.
Um dia você entende que amor não mata, que nenhuma dor dura tanto tempo assim... Percebe que vida sempre segue seu curso, e no final tudo sempre passa.
Eu penso muito na minha morte. Eu penso que não posso morrer agora, não posso morrer e ser esquecida, não posso morrer sem ter escrito meu primeiro livro, ou sem ter publicado para o mundo algum dos meus sonhos. Penso que não passei a vida inteira fazendo algo que eu nem mesmo sabia o que era para morrer assim do nada, não antes sem me entender, ou deixar os outros me entenderem. Penso que não posso morrer sem pelo menos uma vez andar de balão, e ver a vida de cima. Não de baixo como eu costumo fazer. Penso que não posso morrer antes de provar café e me libertar a gostar de certas coisas que eu sempre venho evitando. Penso que morrer não será uma grande aventura, não. Morrer será o fim de uma aventura que nem começou… Penso que não posso morrer sem ao menos criar uma trilha sonora para minha vida, e chorar por algum romance que deu errado, deitar na cama e fazer mil planos, e realiza-los na manhã seguinte. Eu penso muito na minha morte, e por mais que eu viva, sem nem ao menos saber pelo que estou vivendo, e por mais que eu lute, sem saber pelo que eu estou lutando, eu quero viver. Penso que quanto mais eu vivo, mais confusa eu fico, e quer saber? Eu sempre amei uma confusão mesmo.
Nascemos pra morrer e neste meio tempo vivemos fazendo escolhas pra acabar na historia sendo só humanos.
Disseram-me que sou toda amor... pois antes ser amor... que morrer sem saber o sabor de ser amada...
“Sabemos que a certeza que temos é que iremos morrer um dia, mas ninguém quer que isso aconteça, afinal existe tanto mistério que envolve a morte que nos sentimos acuados com sua grandeza.
Quem se depara com ela, nunca está preparado pra dor que ela causa. Seja qual for sua religião, a dor é inevitável... Dói tanto que nos sentimos minúsculos, tão pequenos... E diante dela, realmente somos.
É certo que quem parte deixa suas lembranças, sua saudade, seu perfume, sua música preferida... Deixa na ausência a importância dos dias vividos, que geralmente só damos conta quando não se tem mais tempo.
Depois da partida é sempre mais fácil lembrar aquela risada gostosa que só ele tinha, aquela mania de implicar com sua toalha molhada sobre a cama, seus torpedos sem nenhuma vírgula, seu perfume que te deixava enjoada, a mania de sumir e não dar notícias, as broncas com e sem razão, a sua demasiada preocupação e seus telefonemas constantes ...
Se soubéssemos de verdade o valor da vida, preocuparíamos menos com a morte! Aproveitaríamos mais as tardes ensolaradas, inventaríamos menos desculpas e se fazia mais presente, ligaríamos mais vezes só pra desejar uma boa noite, passaríamos o Natal juntos, riríamos mais vezes com aqueles filmes estúpidos de final sempre previsível, ficaria em silêncio para ouvir sua respiração...
É tão fácil lembrar quando não se tem mais.
Apesar da certeza que dá morte ninguém escapa, temos a dádiva da vida, e é pra ser vivida, bem clichê. Amar nunca foi defeito e demonstrar também não. Tenha perto quem você ama e faça com que ele saiba que é amado, assim quando a certeza chegar o gosto da saudade, apesar de amargo, adoçará com o tempo...”