Morno
Enquanto chove lá fora,
cá dentro de mim céu de outono,
de um azul de doer os olhos, sol morno
e o perfume das folhas caídas pelo caminho...
Cika Parolin
DIVAGANDO
As horas passam...
Eu me desgasto
Neste silêncio morno
Onde meus desejos recalcados
Minhas frustrações alimentadas
Levam-me à lugares que desconheço.
- Será a loucura?
Quem sabe é a loucura que me domina
Nestes vagos instantes que estou sem você.
Meu pensamento tem asas,
Sim! Tem asas como os pássaros;
E voa!...
De repente!
Um tiro no ar.
O grande problema do Brasil é que aqui é a terra do meio termo. Tudo é pela metade, morno. Somos uma nação Cristã amornada, somos um povo mais ou menos honesto e governados por políticos mais ou menos decentes, enfim, num país assim a única coisa que se apresenta de modo integral e pujante é a degradação geral devido a nossa insuperável mornidão que turva com grande êxito o discernimento cívico-nacional.
Café
Se frio, não obrigada. Morno?! Ainda pior. Meio termo nunca me fez suspirar. Se quero, quero quente, saindo fumaça e, se possível, que desenhe inúmeros sorrisos dançando no ar.
Ah, e acrescente bastante açúcar, por favor! No amor, mais é sempre melhor; Não faço regime.
http://glacecomlimao.wordpress.com/2013/02/02/cafe/
Sou assim, o morno nunca me fascinou. Só quero ser feliz ao meu modo e ver o clássico “Eu te amo” materializado em gestos impensados, imprevisíveis, insanos e verdadeiros.
Cada canto que passei,
encontrei-me com o morno, o tédio. Pulei de leve no escuro.
Hoje, pego-me num forno pré-aquecido, hora de saltar novamente.
Serei eu uma cigana ou tenho que trocar os óculos?
Eu não sou. Não me venha com meio termo; hora sou quente, hora sou frio, mas nunca morno. Eu não gosto de coisas mornas. Tudo que é morno me incomoda; Ou você me ama ou me odeia que não fique no meio termo, é pouco demais pra mim.
De morno só aceite banho. Amor tem que ser quente e inteiro, sim!
Mas, porém .....as coisas não são fáceis, a questão não são escolhas que fazemos, pois a escolha só vai dar certo, se, duas pessoas escolherem a mesma coisa, ter a mesma sintonia, a mesma frequência.
E manter tudo isso, tem que ser de circo, tem que cuidar, tem que reconhecer que é uma conquista diária, uma planta que se rega todos os dias, isso, todos nós sabemos, então ,porque as coisas nem sempre fluem? Não vão a diante? Será que tem uma explicação? Acho que o problema é a insatisfação constante do ser humano, o nunca estar satisfeito com que tem, querer sempre mais... Será que existe uma fórmula? Quem tem? Ahahahaha complicado
Esmagada e gasto pelo Tempo ;as horas tiveram secado o meu sangue e coberto o cenho morno
Com linhas e rugas; quando a sua fresca manhã as regras da insonia me sugam
Ascender à alta noite senil,
Minguarem, ou sumirem de vista, a possibilidade de se rei
Roubaram o tesouro da minha primavera; hó princesa minha
Por esse tempo agora eu me oponho e me desfaleço
Contra a faca cruel da confusa mentalidade as vezes infantil
Sem o ponto final eles jamais ceifará da lembrança
Na suavidade do meu amor, embora lhe tire a vida
Nestas negras linhas ficará a sua beleza, estampada com meu sangue
à decadência da idade; e o medo do fogo as altas torres são destruídas, e eu ainda continuo aqui
E o eterno escravo do metal entregue à mortal ira; de estar só
Ao ver o oceano faminto ganhar as pedras da minha alma
Vantagem sobre os domínios das encostas;
E a terra firme avançar sobre o braço de água, gota gota me sacio do oceanos
Equilibrando-se tal mudança de condição,
Mesmo insuportável não ensino a pensar a ruína:
Que o tempo virá e levará o meu amor "lagrimas' ou as laminas fará-me ver a nirvana?
Este pensamento é mortal, sem outra escolha?
Senão lamentar ter o que se temer ou perder
Por Charlanes Oliveira Santos
“A zona do “morno” é o espaço onde a alma adormece, onde a chama da autenticidade se apaga. A escolha pela autenticidade é o despertar da vida que clama por ser vivida em toda a sua intensidade.”
A temperatura do corpo é estranha. A gente acha que todo mundo é igual, meio morno. Mas cada um é de um jeito.
Nem azul nem rosa. Lilás talvez, transparente. Quem sabe?
Nem quente nem frio. Ameno talvez, morno. Quem sabe?
Nem cheio nem vazio. Meio copo de nada. Quem sabe?
Nem aqui nem lá. Perdido no caminho. Quem sabe?
Nem medo nem coragem. Inútil na Terra. Quem sabe?
Não sabe, não vê, não sente, não age, não crê.
Alguém há de saber, mas não se importa. Ignorou.
Tudo nela é intenso.
Morno com ela não rola.
Nem no café, muito menos no amor.
Pois ela é fogo que queima.
E mar onde quero mergulhar
E virar imensidão de nós dois.
O morno cansa...
O em cima do muro cansa...
O talvez cansa ..
O segundo plano cansa ...
A falta de reciprocidade cansa...
E quando a gente cansa meu bem... Nem reza brava da jeito!!!!
Sobre a sexualidade...
O morno pode aquecer, o quente arde a valer, o frio estagna... Mas sempre se pode aprender!
Enigma lírico
Em seu sorriso melancólico,
vi um fatalismo tácito
seguido de um silêncio morno
incompreensível
Subitamente
revelo-se o crepúsculo de um mito,
o fim da ilusão dolorosa...
A resseca dionísica do um festejo
carnal, onde quase virou apoteose
de um carnaval em Veneza...
Encenamos um ato da tragédia goethiana
a morte do sonho mascarado
que fez do mendico de Fausto
um Rei Lear, em seu apogeu
glorioso de terna insanidade e lucidez
antes da traição lírica da musa
ao poeta da divina comédia
do amor platônico.
Eu nunca gostei de nada morno ... nem de café, nem de banho , nem almoço, muito menos relacionamento ...comigo é preto no branco ..ou tá frio ou tá quente ... ou vai ou racha.. decide ou desse do muro ...
Entre o frio e o quente haverá o morno, e, simetricamente aos extremos há um centro. Encontrar uma dosagem ideal é uma virtude.