Morar
SONETO Nº2 - ABRA TUA JANELA
abra tua janela
pro sol entrar
abra tua janela
pra vida morar
na tua sala de estar
em teu peito se abrigar
abra tua janela
pra namorar
abra tua janela
pra deixar-se encantar
desde os cantos das aves
aos cantos de teu lar
ajeita aquela
pra entrar um pouco de ar
e desemperre aquela outra
que é pra brisa tocar
nesse peito que deixou esfriar
no tempo que deixou passar
abra tua janela pro amor entrar
abra tua janela pra não sufocar
Morar em cidade pequena tem muitas vantagens, mas poucas delas superam poder sair a noite despreocupada, sentar com os amigos no banco da praça e conversar por horas e horas sobre tudo e sobre nada.
O homem monta as suas armadilhas
e vai morar a distância.
É sempre quem paga o preço da sua ganância,
é o pobre inocente que o serve.
🤔💭
Eu queria morar
num lugar
onde, não existisse
desigualdade,
onde, não faltasse o pão
de cada dia.
onde, a paz fosse constante
e o amor sem regalia.
Eu tô voltando pra casa, vou morar nos seus beijos
Vou viver nos seus olhos, surfar nos seus cabelos
Desbravar os seus sonhos, desvendar seus desejos
Vou fazer de tudo pra você não me deixar
Quem é você, que chega assim de repente, sem nada dizer e ameaça morar no meu coração?
Você vai deixar isso acontecer?
Como é que vamos fazer
Pra eu morar aí no seu quarto
Sem essa de me colocar no seu porta-retrato
Quero contato, sem contrato, a gente faz um trato
Se você me der a chave, eu mudo até o meu status
Um dia
ainda eu hei de morar nas terras do Sem-Fim.
Vou andando, caminhando, caminhando;
me misturo rio ventre do mato, mordendo raízes.
Depois
faço puçanga de flor de tajá de lagoa
e mando chamar a Cobra Norato.
— Quero contar-te uma história:
Vamos passear naquelas ilhas decotadas?
Faz de conta que há luar.
A noite chega mansinho.
Estrelas conversam em voz baixa.
O mato já se vestiu.
Brinco então de amarrar uma fita no pescoço
e estrangulo a cobra.
Agora, sim,
me enfio nessa pele de seda elástica
e saio a correr mundo:
Vou visitar a rainha Luzia.
Quero me casar com sua filha.
— Então você tem que apagar os olhos primeiro.
O sono desceu devagar pelas pálpebras pesadas.
Um chão de lama rouba a força dos meus passos.
O índio brasileiro não quer morar em tocas hoje, é moderno.
Dirige carros importados, a maioria tem carros 4X4, computador a bordo e é bilíngue
Forma-se em agronomia e pedagogia.
Não tem canoas, tem barcos caros e avião.
É político.
Poeminha no viver
Meu viver, que és um canto
Que n’alma sempre a nascer
E eu, neste morar vivo tanto
Portanto, tenho a agradecer.
Os anos que vão passando
São de desfolho sem dó
Se turbulentos ou brando
Dão-me ventura, não sou só!
A minha fé, minha confiança
São meus olhos, olhos meus
Tal um flechar de esperança
Como uma benção de Deus!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Uma pessoa pode escolher onde quer morar,
o que quer comer, a roupa que quer vestir
ou o calçado que quer usar.
Mais ninguém ama por escolha, e sim,
pelas circunstâncias que aproxima as pessoas e as coloca frente a frente,
sem detalhar absolutamente
nada referente ao futuro.
O que o torna imprevisto e obscuro.
Está cansada de morar de aluguel no seu coração
Está cansada de dizer seus sins pra escutar teus nãos
Você pode até morar numa palhoça, num mocambo, mas se lá dentro estiver a paz de Deus, está tudo bem!