Moradores de Rua
Vazio
Andando sem destino,
Pela rua a vagar.
Sentindo os raios da noite
Começando a declinar.
Correndo passa um menino,
Sorridente a passear,
Tentando encontrar a menina
Que o fez apaixonar.
Eu ando... Sem rumo.
Nem sei onde quero chegar.
Mais feliz é o menino
Que tem a quem buscar.
Salto os olhos pela janela
cheio de amores
para assistir a menina que passa
na rua das flores
esquina com a primavera
De que adianta meu nome numa placa ...,sendo nome de rua ?
De que adianta ter fotos e livros num museu ?
Porque esperar eu morrer, para me homenagear, se não estarei por aqui para agradecer e sequer por essa rua, nunca irei passar ?
Triste constatação e ironia, quando eu morrer,até os inimigos virão me abraçar e chorar...ou será que não ?
De que adianta ?
De Celebrante De Casamentos Ecumênicos Gilberto Braga
Ainda que eu procure em cada rua, jamais encontrarei aquele olhar, um olhar que não é qualquer, mas é aquele, que um dia olhou no mais profundo do meu interior, aquele, que tocou em minha alma e me trouxe a vida, e esse olhar jamais esquecerei...
Voltando a sorrir.
Dobrei a esquina,
Em outra rua deixei pra traz os urros de choro e dor...
A paga do mal, deixei meu carinho, meu cuidado.
...em outra rua, outra estrada ...
Minha sombra sorri
Restou cautela e coração!
e algumas baladas tristes das noites cruciantes...
em nova rua, novos sonhos
em novos sonhos me descobri o mesmo ...!!!
Com mesmos medos e mesmas coragens
......de frente pra vida......
Não sou beato, me criei na rua
Aprendi a me virar, viro avesso
e não mudo só pra te agradar
Te dou linha e depois esqueço
Almany Sol
...eu não sei quem você é, eu não sei por onde você anda, o teu nome, a tua rua, sua cor preferida, seu perfume...mas eu já te amo tanto, como se o único lugar do mundo que você tivesse pisado, fosse o meu coração!
Talvez se eu não fosse tão exigente, querendo encontrar um amor assim, sem querer esbarrando na rua, derrubando seus papéis ao chão e a gente se abaixando juntos para junta-los, e pegar justamente o mesmo fazendo nossos olhares se cruzarem. É, talvez se eu não fosse tão exigente, querendo encontrar um amor na biblioteca, puxando por um lado da prateleira o mesmo livro que ela puxa do outro lado, fazendo nossos olhares se cruzarem em meio aos livros. Talvez, se eu prestasse mais atenção, teria visto que o roteiro foi escrito e a história aconteceu, juntando a gente na longa espera pelo elevador, e depois novamente, nos fazendo descer as escadas juntos. Talvez se eu tivesse ao menos perguntado o nome dela...
O Lado Verde da Vida.
Na medida em que andava pela rua, empurrado pelo vento, Leonardo tinha apenas imagens vultuosas da realidade. Pensamentos iam e vinham aleatoriamente, trazidos por uma mente incompreensível e apartada de qualquer esforço refletivo.
Subitamente, Léo tropeça em uma raiz externa de uma árvore, que passa então a ser alvo de seus pensamentos. Analisando-a, começa a se indagar do humor dela. Cores vivas, folhas verdes balançadas pelo vento, descaídas em um ritmo sereno de se ver, tudo em perfeita harmonia. Mas como pode um ser vivo ser tão autossuficiente assim? A não ser que algum mal elemento a pragueje ou a derrube, é impressionantemente curioso e invejável imaginar a solidão benéfica da árvore.
Não precisa matar para se manter viva. Não precisa de companhia para irradiar boas energias. Não precisa sair do seu lugar para renovar suas forças. Apenas precisa ser ela, ali, presa ao solo entre o qual se alongou durante os anos, firmando as raízes que a mantém ereta, viva, altiva. Não há qualquer ingratidão de sua parte, pois que jamais abandona a terra que lhe ergueu, salvo a remoção compulsória contra a qual não pode combater. Porque se pudesse, não tenha dúvidas, a árvore morreria, porém nunca abandonaria o solo natural ou supervenientemente infértil que um dia lhe contemplou com a vida e lhe fez companhia acima de qualquer problema ou diferença. Sofreria, morreria, mas jamais o deixaria.
De sobra, ainda ajuda outros seres vivos a sobreviver, oferecendo abrigo e refeição, assim mesmo, sem qualquer pretensão ou troco, apenas por ter uma bondade inerente a si mesma, que talvez nem ela se dê conta.
Inobstante, eventualmente seus conterrâneos interferem em sua vida. Daí para diante, a árvore torna-se apenas vítima dessas forças, que terminam por pôr termo à sua vivência sadia e benevolente, em razão de fins injustificadamente perseguidos. Mas quanto a isso, não precisa a árvore se preocupar, pois nada de errado fez, senão se manter inerte e continuar a ajudar a todos mesmo no momento mais difícil de sua trajetória.
Costas encostadas no tronco e por ele aquecidas, foi assim que Leonardo se viu consolado pela árvore. Ao levantar, agradeceu e concluiu que regeria seus passos tentando neles avivar a muda da planta que consigo nasceu sem ao menos saber. E dessa forma percebeu que cabe a cada um se dar conta da sua muda e a regar todos os dias. Ao final, partiremos deste lugar, mas deixaremos nossas árvores. E nesse mundo não se tem relato de uma partida digna sequer que não tenha deixado um pedaço do seu verdor.
Ela fica boladona quando eu saio de casa
É que quando eu tô na rua meu relógio atrasa
Uma dose de Whisky parece que dá asa
Vontade de ir pra casa parece que vaza
Hoje deixo a vida me levar. Se no final da estrada eu me deparar com uma placa dizendo: "Rua sem fim", simplesmente retornarei e começarei tudo novamente. Pois tenho absoluta certeza que mesmo os caminhos cercados por túneis, na maioria deles existe uma luz no final.
Tantos desencontros...e de repente a gente se esbarra em uma rua qualquer. Domingo, rua deserta...destino, tudo acontece quando tem de acontecer !
Certo dia, um rapaz andava pela rua quando encontrou um amigo de longa data, que não via há muito tempo.
- Meu amigo, quanto tempo! - disse o primeiro.
- Eu que o diga, já faz séculos.
- E aí como anda a sua vida?
- Muito bem! Sou dono de um conglomerado de empresas, com filiais em todos os estados e até no exterior. Me casei, tenho 2 filhos e uma esposa lindíssima. Viajo todos os meses pra um lugar diferente. Estou vivendo a vida ao máximo! E você, como anda?
- Ah, nem tão bem como você... Tenho apenas uma sala pra mim, uma casa e meu carro. Ainda não tenho filhos, mas minha mulher é a melhor mulher do mundo.
- Bom, importante é isso: saúde e família! Mas olha, pega meu telefone, precisando de algo é só me ligar, ok?
- Pode deixar, vou te ligar nem que seja pra tomarmos uma cervejinha!
Os dois se cumprimentaram e foram para lados diferentes.
Algumas quadras depois, o segundo entrou num cortiço, abriu a porta de um dos quartos e pensou ao ver a geladeira vazia: "quando a sorte vai sorrir pra mim?"
O primeiro, ao contrário, entrou no maior prédio comercial da cidade e foi recebido pela atendente como "Sr. Presidente". Pensou, ao entrar na sua sala: "que bom que meu amigo está bem".
Você não precisa sofrer sozinho na vida. Mas ninguém saberá dos seus problemas, ao menos que você peça ajuda.
O dia vai
E a noite vem de mãos dadas com a lua
Todos os sonhos passeiam na rua
Aos olhos de quem deseja alcançar
Vou buscar e caminho sem direção
Tenho medo da escuridão
Mas confio na minha fé
Nesse mar, no balanço da ilusão
Eu carrego a proteção
Vejo a luz acender
Passear nos caminhos da solidão
É olhar para o espelho da alma
É abrir o coração
Caminho com fé sou criança
Brincando na estrada da vida
Não morre a minha esperança
Eu sempre encontro a saída
Sou filho do pai
E o mundo é meu... o mundo é meu
Não necessito machucar corações
Sou eu e as emoções; sim!
A cada rua que passo
Mais eu preencho o espaço
E conheço curvas e cores.
Amigos.. Tem os de perto, os de longe, os de infância, os da rua, da igreja, da escola, os virtuais, os que você nem sabe de onde veio ou como conheceu, entre outros.
Mas não importa de onde vieram ou como o conhecemos, o importante mesmo é o bem que eles nos fazem, é poder ver o presente mais valioso que temos que é a amizade!
Ser amigo é compartilhar momentos únicos, quer sejam eles especiais ou simplesmente fúteis, mas que independente disso é vivido junto; com intensidade!