Moradores de Rua
Já me cansei de aventuras, não vou mudar de rua nem me esconder do seu olhar.
Não quero mais apenas um alguém para gostar.
Quero agora você para amar.
Cores vivas em nossos retratos me revelam o amor em cada traço.
Eu só queria entender se fui eu ou você.
Quero saber o que significa meu abraço.
Se isto não mora só em mim, se em você doe assim.
Não quero mais esperar um novo anoitecer.
Tenho visto o tempo passando e eu sem você.
Amanhã quero estar ao seu lado no novo amanhecer.
Chega de brincar de viver.
Chega de olhar para este amor com dor.
Hoje mato minha dor e vivo do seu amor.
E de repente bateu uma vontade de dançar no meio da rua, de abraçar as pessoas , de dar risada alto, de perder a compostura...E de repente a gente lembra que pessoas educadas tem que ter sempre um bom comportamento...E dando de ombros, a gente esquece de todas as regras e se permite cometer alguns delitos, só pra se ter certeza de que ainda não se esqueceu como é ser feliz de verdade!
Maria não saía de casa, não andava na rua e não comprava maquiagem. Maria ficava em casa sozinha, olhando pro teto. Maria não gostava de conversar, não falava com os pais e não tinha amigos. Maria tinha um peixe que chamava Beto, que comia pouco e ficava no copo. Maria não tinha sonhos, mas também não tinha frustrações. Maria era saudável, porém comia pouco. Maria não tinha roupa rosa, muito menos sandálias de salto. Maria ria pouco, falava pouco e vivia pouco. Maria não era bonita, nem interessante e muito menos legal. Maria vivia o tédio, conversava tédio e dormia tédio. Maria não se olhava no espelho, não usava saia e não passava batom. Maria ficava em casa o dia todo lendo, lendo um livro que ganhou. Maria virava noites para acabar de ler aquele livro. — O livro de Maria falava sobre uma garota perfeita, mas que tinha uma vida parecida com a sua. Ela era linda, mas não saía de casa, nem tinha amigos, e adorava ler. Lia tanto que um dia entrou dentro de uma história. E lá ela viveu mais do que tinha vivido em toda sua vida. — Maria se achava parecida com o livro. Maria queria ser como a personagem do livro, não bonita, mas com a capacidade de entrar na história. Maria lia pra espantar o tédio, a tristeza, e a saudade. Maria dormiu com o livro na mão e acordou dentro da história. Maria encontrou com a garota, e conversaram muito. Maria estava decidida a ficar no livro, quando a menina gritou “Não fica Maria, compra maquiagem e vai viver tua vida. Lá fora é difícil, mas lá fora é vida".
Enxuga esse rosto. Levanta, menina. Vai dar uma volta na rua, um mergulho na praia, toma um sorvete, liga pra uma amiga. Faz alguma coisa. O que não pode é se entregar. O que não pode é deixar rolar essa tristeza toda e não fazer nada.
Eu me enveneno todo dia. Com músicas, com filmes, com os casais que vejo na rua… Uma bela dose de saudades, eu diria. Eu sinto tanta saudade de você, chega a doer.
SOLIDARIEDADE
Há tanta gente carente pela rua,
Tanta gente mendigando o próprio pão...
Não viva só de glória a Deus e aleluia:
De que vale a oração sem a “ação”?
Há tanta gente dormindo no sereno
Necessitando de agasalho e colchão;
Sob os bancos das praças, se tremendo...
Meu amado sinta a dor do teu irmão!
Glorifique do Senhor Seu santo nome,
Dê mais carinho, dê pão a quem tem fome
Que terás a recompensa lá no fim.
Foi Jesus Cristo quem deixou este ensino:
Quem ajudar a um desses pequeninos
Em verdade está fazendo para mim!
Castelos Feitos De Areia
Você pode ouvir o grito dela rua abaixo: "Você é uma desgraça"
A maneira como ela bate a porta na cara embriagada dele
E agora ele fica do lado de fora e todos os vizinhos começam a fofocar e gracejar
Ele chora "Oh garota, você deve estar louca
O que aconteceu com o doce amor que você me tinha?"
Conta a porta ele se inclina e inicia uma cena
E suas lágrimas caem e queimam o jardim verde
E então os castelos feitos de areia desmancham no mar, afinal
Um pequeno e bravo índio antes de seus dez anos, jogou o pecador jogo da guerra
Os bosques com seus amigos índios, e ele construiu um sonho onde ele
Cresceria, ele seria um destemido guerreiro cacique
Muitas luas passaram e o sonho ficou mais forte, até o amanhã
Ele seria o cantor em sua primeira canção de guerra
E lutou a sua primeira batalha, mas algo deu errado
Um ataque surpresa o matou em seu sono naquela noite
E então os castelos feitos de areia desmancham no mar, afinal
Havia uma jovem garota, cujo coração estava uma carranca
Pois ela estava aleijada, e não podia falar um som sequer
E ela desejou, e rezou, ela não pararia de viver, então ela decidiu morrer
Ela dir
Toda rua tem seu curso
Tem seu leito de agua clara
Por onde passa a memória
Lembrando histórias de um tempo
Que não acaba.
Se vc joga lixo na rua pra garantir o trabalho do lixeiro, então morra pra garantir o trabalho do coveiro.
E quando a rotina me abraçou, eu mudei: mudei de nome, mudei de casa, mudei de rua, mudei de rumo, mudei de mundo, mudei pra lua. E fui ser feliz.
Eu sei como é que é, ter a polícia no seu pé
só tava sossegado fumando um de rolé
pela rua rostos julgam e alguns dedos apontam
talvez pelos pré-conceitos que os noticíarios montam
é uma guerra urbana numa selva de concreto
não odeio autoridades, prefiro quando não estão perto
não odeio as falsidades, no fim é o certo pelo certo
nunca se esqueça que eu jamais serei seu servo
faço parte de um jogo imundo que não me agrada
a nossa natureza o próprio homem degrada
a minha consciência pesa uma tonelada
por ver na calçada uma criança flagelada
não tem dim pra comer, só quer o dim para fumar
demonios espantar, seu vício sustentar
alguns até rezando pra overdose os levar
finalmente descançar, seu corpo libertar
E me senti melhor quando notei que eu já consigo caminhar na rua sem procurar você atravessando a calçada ou entrando em algum supermercado, mesmo que em compensação não procure mais nada.
lixão
Sempre é assim,
Jogam lixo na rua,
A consciencîa nunca foi grande,
Eles acham que o mundo é lixão,
Não é não.
Quando dormir eu vou fazer um pedido:
Que esse mundo mude,
Façam uma limpeza,
porque se o mundo é seu você deve cuidá-lo muito bem...
ESQUINAS...
Na rua em que passávamos,as esquinas que nos encontrávamos,ainda existe e você parece não ligar.
Meu Cavalo ainda é branco...
Minha rua ainda é a ladrilhar...
Os meus sonhos, ainda de menina, que cresceu sorrindo pra vida...