Moradores de Rua
Felicidade!
Tenho mil tons de felicidade em mim...
Para cada dia, cada sol, cada lua,
para cada rua que ando,
cada voz que ouço...
Tenho mil tons e sou cor,
até preto e branco.
Vesti-me de felicidade e fui: colorir!
A catadora de lixo
Sobe a minha rua todos os dias
Recolhendo o lixo reciclável
Carrinho lotado e rangindo pelo peso
Lá vai ela com passos miúdos.
Pele encardida pelo sol
Enrugada pela falta de trato
Não tem pote de creme, nunca o teve
Nem de azeitonas, azeite, maionese,
Não tem na verdade, nenhum pote
Em seu casebre de paredes de latas velhas
E telhas quebradas, partidas como o seu coração
Dolorido e cansado.
Fui até lá levar-lhe umas coisinhas, poucas
Dentro das suas inúmeras necessidades
Pelo Natal passado.
Fiquei chocada com tamanha carência:
Não tem fogão à gaz. As panelas destampadas fervem num fogão de lenha improvisado no quintal.
Não tem geladeira. A comida que sobra, se sobra, terá de ser consumida azeda.
Conversamos, algum tempo.
Deixou-me saber da sua dor de ser sozinha
Viúva com um filho adolescente
Que não quer saber de nada,
Indo ao encontro do nosso desinteresse por eles.
Da sociedade e dos que estão lá no poder.
Com enorme pesar, faço uma comparação
Com nossas atitudes.
Enquanto ela nos livra dos nossos entulhos,
Nós enchemos a sua alma e o seu coração
Com mágoas e ressentimentos
Por conta do nosso grande egoísmo
Egocentrismo, individualismo
Consumismo exacerbado que não nos permite partilhas.
E por escolhas erradas que fazemos na hora de eleger nossos governantes,
descomprometidos com projetos sociais eficientes.
Pobre catadora de lixo!
Está órfã em um mundo
Mesquinho
Excludente
Capitalista...
Um dia você vai encontrá-lo na rua, dar um sorriso amarelo e, como num passe de mágica, vai entender por que nunca deu certo. E você, que sempre se culpou tanto, vai perceber que o problema não era você. Não era ele. Vocês simplesmente não eram compatíveis e o destino se encarregou de mostrar isso a tempo. Ainda bem.
Anjo amigo, amigo anjo
Quando te encontrei na rua da amargura
De coração ferido, alma desprotegida
Eu sem pensar...
Quebrei uma das minhas melhores asas
E lhe dei
Para te amparar te confortar.
Anjo amigo, amigo anjo
Mas quando eu me encontrei na rua da amargura
De coração ferido, alma desprotegida
Sem ar... para respirar
Com uma asa apenas, e caída
Nesse momento, você já não estava lá
Alçou voo com suas asas novas
E eu fiquei sozinho pra morrer!
Canção de um povo, de todo o povo brasileiro.
Já se faz tarde, uma nova manhã já está para raiar, preciso ir, preciso me preparar.
Preciso me alimentar de alegria, preciso me encher de folia, preciso cantar este novo dia.
Já se faz tarde, preciso ir, preciso cantar, embora que tardia, a canção de um novo dia.
Dia 15! Eu vou pra rua! Vou retomar minha cidade.
Eu vou pra rua dia 15! Vou mesmo! Vou cantar a liberdade
Vou me encher de Democracia, vou expressar minha alegria
Alegria por não ser igual a eles, por não concordar com eles
Vou para a rua! Dia 15! Vou para o centro da cidade, me encher de felicidade
Vou dizer bem alto que não concordo, que não concordo com o Brasil deles
O Brasil é dos brasileiros, de todos os brasileiros!
O Brasil não é de um grupelho! Não é de uma quadrilha!
E não quer ser governado por corruptos incompetentes!
O Brasil é dos brasileiros! De todos os brasileiros!
Não de pessoas sem eira nem beira, absolutamente alienadas
Sem noção de tempo e espaço, de certo e errado
Vou me perder na grande, na média, e na pequena cidade
Vou me esbaldar de Liberdade!
Vou cantar e dançar a Liberdade!
Dia 15! Vou pra rua! Vou para a desforra, vou para o desagravo
Vou lavar minha alma, vou alegrar meu coração
Vou caminhar e cantar a canção do poeta, a canção da Liberdade!
Vou cantar a canção de todo cidadão
A canção de nossa cidade, de todas as nossas cidades
Dia 15 vou pra rua! Vou tomar conta de cada rua de minha cidade
E de todas as ruas
Vou expressar meu “NÃO CONCORDO!” cantando e dançando
Vou mostrar a eles que “Conhecimento” não é igual a “Burguesia”
Eles são os pequenos, muito pequenos, burgueses
O Povo tem o Conhecimento! Sim senhor!
Tem conhecimento de seus direitos, de seus mais elementares direitos
Tem conhecimento do direito de ir e vir, do direito à Segurança
O povo sabe o que é direito à Saúde, à Educação, à Locomoção, à Alimentação
O povo sabe, e muito bem, algo que eles não sabem, distinguir certo de errado
O Povo sabe, e muito bem, de seu direito de ter esperança!
Eles não têm a mínima noção da diferença...
Não sabem distinguir administração de corrupção
São burgueses retrógrados, com ideias retrógradas!
Acreditando que podem fazer de nosso Brasil, deste imenso país
Um país retrógrado! Um país da Idade Média
NÃO PODEM!
Eu vou pra rua dia 15! Eu vou cantar, vou dançar, vou falar
Vou falar aos quatro ventos que NÃO CONCORDO!
Vou pedir para que nos deixem em PAZ
Para que se retirem em PAZ
E para que nos deixem construir o PAÍS DE NOSSOS SONHOS
O país de nossos filhos, o pais de todos nós, o país da LIBERDADE!
Vou pra rua dia 15! Vou mesmo!
Vou pedir para que nos devolvam, imediatamente, o nosso país
Aquele país de Caminha, de Anchieta, de Tiradentes, de Rui Barbosa
De Tancredo, de Ermírio, de Senna...
Dia 15! Vou pra rua!
Vou colocar o violão debaixo do braço e vou pra rua
Vou cantar a LIBERDADE!
...
Conheço diversas pessoas,
Algumas me fazem sorrir,
Relembrando momentos alegres,
Loucuras que só fazem rir
Ainda vou entender
Mesmo que demore uma vida
Incessantemente buscando as respostas
Charadas sem fim nem saída
Hoje talvez eu não entenda,
E talvez jamais irei entender,
Levando mesmo que uma vida inteira,
Loucamente procurando saber
Em qual rua, avenida ou estrada, vou finalmente encontrar com você?
A vida novamente bateu a minha porta
Para mostrar quem era.
Levou toda a minha tranquilidade
Que pensei ter conquistado para sempre.
Ela bateu a minha porta
Tomou conta da minha energia
Para mostrar de perto o meu drama.
Eu, homem formado,
Deitei na cama como um menino.
Porém, naquele momento,
O tempo tinha me levado muitas pessoas
Nem colo eu tinha
Olhei para a única coisa que me restava:
Uma janela.
Através dela eu vi o lixeiro,
Vi o vendedor e uma pessoa que atravessava a rua.
Num primeiro momento, tive pena da minha fragilidade.
Mas, a força da fé e da honra me fez levantar.
Com a humildade apreendida,
Pude fazer como homem:
Que mesmo sem saber o que fazer
Escuta seu coração
Sem perguntar por que bate.§
A LUA
Dizem que em noites sem fins,
Os namorados passeiam,
Por praças ou jardins,
Sem perceber quem os rodeiam.
Debaixo da lua trocam,
Beijos e juras de amor,
Olhares e abraços que provocam,
Em outras faces o rubor.
Dizem que é a lua dos apaixonados,
Ou os apaixonados da lua.
De corações alados,
Com os pés descendo a rua.
Autor: Agnaldo Borges
10/10/2014 - 22:40
Crianças fora da escola
nas ruas pedem esmolas.
Dormem nos bancos da praça,
nos viadutos ao relento.
Dias de frios e vento
cobrem com dores e mágoas,
carentes de amor e pão.
Maltratadas e exploradas,
vagueiam sem rumo e drogadas
matam por alguns trocados.
Crianças sem esperanças,
caminham soltas, acuadas
E cansadas de sofrer
vagabundeiam por aí
porém, ninguém quer ver.
O sistema do SISTEMA
Grito... Grita, grita alto, mais alto, mais alto ainda!
Não que o teu grito não seja alto o suficiente
para ser escutado por todos.
É muito mais alto do que tu podes imaginar.
O sistema é que se cala, finge-se de morto.
O problema não está no teu grito e sim na deficiência do sistema,
que finge não haver qualquer problema em seu engenho magnífico.
Que finge não ouvir o quão alto e desesperado são os teus gritos
e o de todos que gritam, mesmo que gritem por dentro, em silêncio
silenciados, inauditos, sob interdição.
O sistema é a máquina mais perversa e controversa já criada.
Mais até que a bomba atômica - que só é utilizada em ocasiões especiais.
O sistema é uma máquina criada para operar na dimensão do perverso
sua função não é trucidar os sujeitos, nem moê-los feito insetos
nem mesmo criar monstros sociais totalmente adaptados à sua incoerência.
Isso é deficiência humana mesmo!
Provocada por mal caratismo, ingerência e incompetência ao manuseá-la.
Em seu modo cotidiano mata, estripa, dissimula...
Inaugura placas de cobre com letras douradas, estátuas e totens
em homenagem a seus feitos incríveis.
Por fim, ostenta em praça pública toda essa maldade.
É larga a rua dos anos, onde a luz pouco existe, o amor nos esquece, onde se sobe e desce e a morte nos apanha e nos acolhe em triunfo.
Na Praça da Sé estava um anjo a resguardar.
Humildemente humano ali no seu lugar.
As forças do mal foram atentar o anjo correndo a mulher foi a salvar
Mas a carne humana é fraca foi de falhar.
Mas o anjo se contentou com o seu lugar de volta para o céu onde deve estar.
O amor é igual a rosa, que pela sua vez tem espinho,
Esses espinhos são a dor.
Quer pela sua vez protegem a flor,
de todos quer tenta fazer maldade.
Os espinhos trás sofrimentos,
para aqueles que querem fazer o mal.
Não se entregar tem quer protege a flor
Quer significa o amor.
Como espinho da rosa serei,
vou te defender de todos e de todas.
levarei comigo você, para o resto da minha vida,
meu amor, minha princesa
você me ensinou a viver.
Hoje sei quer nada é pelo o acaso,
vitoria é acredita em você,
e eu acreditei e acredito em nós.
Poderia tem amado, mas, e sofrido menos.
Poderia tem sinto, mas amigo, e tem menos inimigo.
Poderia tem ajudado, mas, tem julgado menos.
Poderia ter andado, mas, e corre menos.
Poderia ter vivido, mas, pensado menos.
Poderia ter valorizado o dia, sem menosprezar a noite.
Poderia tem a apanhado, mas, e batido menos.
Poderia ser, mas humilde, mas preferi não ser.
Poderia ter pegado cada oportunidade, mas joguei cada critica de amigos no lixo.
Poderia tem poetizado mais, ser como Sergio Vaz, mas não quis ler e nem fazer poesia.
Poderia ser como criança, acreditado em cada conto de fada, mas foi ignorante crescei e não aprendei a ter esperança.
Poderia ter plantado, mas flores e colhido, mas amores, mas prefere planta dores.
Poderia fala de varias coisa aqui, mas só queria que você guardasse cadê frase dita em seu peito, levasse para casa e colocasse na sua mente, sem tem que duvida de nada que foi dito Aqui
Temos o dia e a noite, duque adianta se você não ta aqui
o dia sem você é normal, à noite sem você: é a mesma coisa do céu sem estrela, sem lua, sem luz, a rua perde a graça, na cidade não tem nada de bom, quer saco, mas um dia legal, mas não maravilhoso, mas uma noite quer vou dorme pensado em você, acordo e penso longo em nós, beijos abraça, palavra que desconheço, nem sei o que é, mas, amor tão profundo. Hoje é a dor me chamar nem minha cama me a calma, o mar perder para minha saudade, será quer isso quer é amor ou não, se não for, amostra.
Esta chegando o inverno! Já experimentou doar agasalhos a morador de rua? Cobrir mendigos na madrugada? Abençoá-los com um copo de café com leite e biscoitos? Experimenta! Experimenta! Experimenta!