Moradores de Rua
pessoal
Meu coração fica partido sem você
Passo na rua e você nem me da atenção
Passa umas garotas e você fica de safadeza
e eu excluído.
Posso sorrir pra você,mais você não sorri pra mim
Posso passar do seu lado,mas você desvia o caminho
Vou para a escola e você vê se eu fui
e quando eu olho pra você nem me da atenção.
Porque será,porque eu sou diferente de você
Ou porque você não gosta de mim !!!!
Encontrei um cão, na beira da rua
Feio, maltratado e fétido
Me parecia uma desiludida alma
A espera de um afago em seu ego
Como um fim de tarde sem esperança
Probabilidade de chuva
Quando saio para a rua
Pesquiso o céu em seus sintomas
Olho as nuvens
Sinto o vento
Aspiro a limpidez do ar
Vejo a flor que se insinua
Comparo aromas
Acompanho o voo das penugens
Da paineira a brilhar
Não fiz isso algumas vezes
Principalmente na vida
Deixei de pesquisar
A quem dar meu coração
Assim sofri os revezes
Do querer, e não ser querida
Ficando sozinha no andar
Sem ter quem me desse a mão
Por isso é bom sentir o vento
Colher o sol no olhar
Ver se a andorinha está víuva
Porque ao caminhar ao relento
Podemos bem não notar
A probalidade de chuva.
Como toda boa pessoa, Maria não conseguia se calar ao ver algo errado em seu caminho na rua, tinha de exclamar, apontar e criticar.
Na rua de casa, no canto do muro, nascia aquela florzinha que você sempre trazia pra mim. E eu lembro que quando chegava em casa e me via brincando de fazer comidinha, pegava algumas daquelas florzinhas pra eu enfeitar os bolos de terra que eu fazia. E quando eu fui pra quinta série, eu comecei a ter um professor pra cada matéria e me desesperei. E você comprou um quebra cabeça de 500 peças só pra me fazer entender que nosso cérebro é como um quebra-cabeça e que com o tempo e a vida, a gente vai montando pecinha por pecinha. Até hoje eu não montei o quebra-cabeça, e nem vou montar, porque não conseguimos "montar" nosso cérebro até o final da vida, poucos são o que conseguem montar a metade dele. E lembra das flores nos semáforos? Você nem sabia mais onde guardar tantas rosas. E as músicas? A primeira vez que você me levou pra sair? E o ciúme doentio que eu sempre tive de você? E o show do Jota Quest?
Sinceramente eu não entendo como estou viva depois de dois anos. Cada dia desde o dia 27 de julho de 2007 me lembra, em alguma partezinha dele, você. O macarrão com creme de leite, aquelas barras gigantescas de chocolate que a gente derretia e comia com morango. As longas conversas, os conselhos. Tudo isso é tão meu, faz parte de mim.
Naquele dia, dia 20, você estava tão linda. Segurou a minha mão tão forte, mas eu estava tão encantada com a sua capacidade de ser feliz ainda naquela hora que eu nem senti dor. Você me ensinou tanto naquela hora. Mal podia falar, mas não se despediu em momento algum. Em seus olhos você me dizia que iria voltar. De alguma forma, mas voltaria.
Você estava linda. Todos correndo para fazerem alguma coisa por você, mas você tranquila.
Hoje eu entendo. Você tinha tudo. A amizade, o amor, e tinha vivido com tamanha intensidade que... Estava feliz.
Nós éramos melhores amigas, você tinha um amor só seu. Era tão bom viver com você, fazer compras com você, comer chocolate com você.
Eu andei lembrando daquele dia que eu tinha perdido um concurso de soletrar da escola e, eu pedi que você me abraçasse pra eu não chorar, eu estava tão decepcionada comigo.
Eu queria ter te abraçado aquele dia. Ter dito que eu estava com você, sempre. Apesar de saber que você sempre soube disso.
Olha... Nesses dias eu ando tão frágil, pensando em você, sempre. Com uma vontade imensa de viver só um pouquinho do que vivi com você.
"eu aprendi com a gramática que saudade não tem tradução..."
Eu só queria que você soubesse que eu lembro, que eu sempre vou lembrar. Que eu ainda acho injusto tudo ter sido tirado de você assim, de repente. E, que eu quero lembrar de tudo, todos os anos, porque eu sei que se ainda estivesse aqui comigo, estaria vivendo de uma forma tão nobre... Estaria criticando os meus textos, reclamando das vezes que saio sem maquiagem, xingando os políticos, entendendo de tudo um pouco, me ajudando na escola, encontrando novos textos, comprando coisinhas de artesanatos, criticando a beleza alheia. Só com você eu sonhava em voz alta e, lembra daquele dia, debaixo da árvore, que você disse que um dia eu seria acordada assim? Eu fui ^^ E no tempo certo.
E, tomara que aquela estrela que brilhou ano passado, apareça. E que o vendedor de flores também esteja por perto. E que tudo seja lindo, como sempre foi quando você estava aqui pertinho.
Eu estou tentando ser como você sempre pediu que eu fosse, tá? Estou tentando levar tudo um pouco menos a sério, sendo mais bem humorada, rindo um pouco mais e me deixando ser humana.
Eu estou tentando... E eu te amo. E vou zelar pra sempre de você.
E, eu to sendo feliz, bem feliz.
Eu te levo aqui dentro, numa caixinha lacrada, pra sempre... (L)
A CAMINHADA
Caminho no vento, na brisa, na chuva.
Na minha vida sou caminhar.
Caminho na rua, tropeço na guia.
Minha caminhada ninguem vai parar.
Caminho em busca de um vale encantado.
Com flores e frutos pra me saciar.
Caminho na rima, por cima do muro.
Gritando e cantando, vou a caminhar. ,
Em passos curtinhos, e passos gigantes,
tu tens que ter folego pra me acompanhar.
Caminho no canto da rua de noite,
caminho de dia quando o sol raiar.
Caminho na praia, ponho os pés na areia
caminho num barco em alto mar.
Caminho sózinho, caminho contigo,
caminho, caminho, caminho, caminho...
Foi procurando em alguém que desviei o meu olhar e a vi atravessando a rua e foi ali que achei o que a tempo venho procurando. Alguém especial para estar ao meu lado.
O jovem estava andando pela rua, de roupas um pouco surradas e desbotadas, mas não ao ponto de serem velhas, ele andava por um bairro residencial, neste momento ele está atravessando a rua, para onde vai? ele está indo para aonde a gravidade o leva, ele gostaria de ter um destino, mas não tem a mínima noção para onde ir, ele apenas sabe que quer ir à algum lugar. gostaria de ter a bela sensação de um ponto fixo a seguir, um destino que lhe desce o entusiasmo de chegar a algum lugar. mas o que fazer nessas horas, ele não pode parar, por isso continua andando e atravessa a rua até chegar ao outro lado, e agora descer ou subir a rua? bom, ele vai para onde sua intuição mandar, ele desce a rua, mas até aonde. acho que o certo mesmo é sair sem rumo, buscando por lugares interessantes, onde haja boas conversas com as pessoas e amor entre suas relações, objetividade e tranquilidade, este lugar é bom, ele se sente bem lá e pode sentar-se.
Hoje uma brisa que soprava pela rua,não me passou despercebido.
Senti o frio que se encontrava nela e logo em mim,notei uma certa semelhança.
A brisa era suave,mas cautelosa em suas curvas,passava de um lado ao outro só para ser adorada no seu esplendor.
A brisa me transportou de volta pra minha infância e lembrou-me de um tempo onde tudo era belo,e nada tinha defeito.
O tempo que ainda me era digno brincar de ser piloto,bombeiro e policial.
O tempo em que nada e ninguem era mau, e que a ignorância não existia.
O tempo que a angústia passava com o derramar de algumas lágrimas,e logo se esquecia de tudo.
O tempo em que brincar era toda riqueza necessária,e ser feliz era toda a rotina.
Você quer o quê?
Quer se iludir?
Achas que há brilho nas ruas?
A rua é cinza.
Fosco como uma esfera de chumbo,
Chumbo que invade a carne
E tinge a estrada de rubro
Trilha de um caminho de alguém que esteve lá
E por alguma força
Não chegará,
Nem voltará.
Caminho interrompido,
Escolha ou destino.
Sempre quando vejo escrito "Rua sem Saída" fico na dúvida se realmente é.....vem uma sensação de que estão me enganando e quero ir lá conferir.....imagino que vou encontrar uma passagem secreta para outro lugar.....a mesma passagem de quando era pequena e viajava de SP para o Rio....a mesma sensação....de que havia uma passagem, um atalho que me faria chagar mais rápido.....o mesmo atalho que o lobo pegava para chegar na casa da vovó......
E até hoje ninguém me convence que não há.....
...e de vez em quando vai sim rolar uma vontade doida de mudar de história, de rua, de lugar, de corpo, de espaço...
Mudanças nem sempre significa fazer as malas e botar toda a vida dentro dela. Às vezes é apenas ao contrário: desfazer as malas e tirar dela tudo que não te serve mais. Assim a viagem fica mais leve e a vida mais fácil!
A ESCURIDÃO
Um alien veio do espaço
Mas quem pode ver
Somente eu pois a rua e deserta
A noite fica solitária e o breu se alastra
mas não deixe que solidão te abraça ,
pois você e a luz
Que pode iluminar toda essa escuridão
E iluminar meu coração.
O NOME NÃO DIZ TUDO
Em um final de tarde, estando eu, a passear pelas rua do Recife, fui atraído por um vendedor de livros. O sujeito começou a me mostrar os livros mais antigo, percebendo o meu interesse, abriu um grande baú, de onde tirou vários títulos.
O titulo que me chamou a atenção foi “ESPALHA BRASAS”de um escritor Paraibano de nome José Cavalcante. Folhei-o lentamente, e dei de cara com os seguintes versos:
Eu sou José Cavalcante
Conhecido por Zé bala
Moço, fui bicho elegante
Velho, foi-se minha gala
Mulher a de pouco siso
Que me chamam de pidão
Eu peço por que preciso
E elas porque me dão.
Comprei, paguei cinco reais por uma obra tão rara, esse é o valor do escritor brasileiro.
Continuei meu caminho, vinte minutos depois, esteva na praça dois irmão, eis aqui um lugar que deveria ser cuidado pensei! Cuidam nada! esses caras querem, é só gastar o dinheiro do povo. Isso eu só pensei, quem repetiu meu pensamento, foi um jovem casal que passava ao meu lado. (até parecia que lia meus pensamentos).
poucos minutos depois, estava assentado em um antigo banco de metal, debaixo de uma grande arvore.
Em vão procurei algum fruto, afim de identificar a arvore, isso mesmo, frutos, só identifico a arvore pelo fruto, e isso não é um principio bíblico, é falta de conhecimento mesmo. Se tem manga, repito: essa é uma mangueira, se eu vejo goiaba, já a identifico imediatamente como sendo uma goiabeira, e da ir por diante.
Não vi fruto, valia a sombra.
Fui a leitura, agora com mais calma, sendo interropindo as vezes, por uma mãe raivosa.
-sai daí menino, deixa o animal quieto!
-mãe, ele quer me morder!
Lia, e absorvia cada pagina!
Eu sou um tipo de animal que não morde crianças. Ou mordo?
Cinco minutos de pleno silêncio. É nesses momentos que me transporto de um lugar a outro com facilidade.
O pensamento cria asas.
Passaria o resto da minha vida ali. Aquele banco de ferro, ou era de bronze? Não sei. Só sei que faria dele o meu mausoléu, tal qual Manoel Bandeira. Percorreria as mesmas ruas. Visitaria aquela criança doente. "Em uma casa, a mãe embala uma criança doente".
Faria uma reforma na "Ponte Buarque de macedo, indo em direção a casa agra" E como Augusto dos Anjos, "Assombrado com minha sombra magra"
Construiria a minha tese em cima dos versos de Mario Quitana.
Todos aqueles que atravessa meu caminho
Eles passarão
Eu, passarinho.
Ou simplesmente releria as ultimas estrofes de Zé Cavalcante:
Eu peço por que preciso
E elas por que me dão.
Tudo seria possível, se não fosse aquele grito, que parecia vir do além.
Cruel, ou Cruel! Vem aqui por favor!
Fui tentado a sair do meu transe momentâneo, e me transporta a vida real.
O grito de alguém, chamando outro alguém, eram insistente, Cruel, ou Cruel.
Fui forçado a me virar. Mais não fiz isso de forma brusca, agi como que estar em câmara lenta, estava mas curioso em saber quem era Cruel, do que, em quem chamava.
Seria algum animal? se fosse, o animal, seria da raça Pit-Bul, sendo assim, seria melhor eu ser cauteloso em meus movimentos.
De repente, passa por me um jovem, não era do tipo negrão, Galegão, ricardão. Era apenas um jovem.
Era magro, muito magro.
fixei meu olhar naquela figura. Seus traços finos, voz suave. No seu andar, tinha a leveza da brisa. Mãos na cintura. Caminhava devagar. Quase parando.
Chega até sei interlocutor, poe-lhe a palma da mão no ombro, sacode a cabeça e pergunta:
-Que queres?
Passavam das seis horas.
Levantei. Sair caminhando lentamente, enquarto pensava:
O nome não diz tudo.
CHUVA DE OUTONO
A bater na minha janela
Gosto de sentir os pingos da chuva
Ao olhar para a rua eu vi-me
Naquelas folhas secas....
Sem vida, que são varridas pelo chão.....
No silêncio, eu não ouço os meus gritos.....
A solidão, é como a chuva que admiramos
De vez em quando há necessidade de chorar......
E quando a lua, as estrelas e o sol brilham..
São a luz que sentimos, na alma e no coração......
O importante é não olhar para as estrelas como cruzes....
É sentir a cruz que carregamos....
Como os pingos da chuva da nossa própria solidão.