Morada
Quis tanto fazer morada em ti.. mas encontrei portas fechadas.. então peguei minhas malas e parti... virei viajante, andarilha , virei cigana , nomade, virei hippie.. depois disso não mais enraizei, pois não encontrei por aí solos férteis.. aprendi a ser livre, feito passarinho voei e cá pra nós. Foi o melhor que fiz !!!
As palavras não estão vivas. Em mim não encontram morada, das minhas mãos não saltam ao papel.
As palavras estão fugindo, em êxodo da minha própria mente.
O que era inspiração agora é passado, velado e relutantemente esquecido.
Se para o cientista, o gosto está na descoberta, para o poeta, está na moça que vai e que volta. Quando ela não volta, a tinta da caneta seca, a mente não produz, e o poeta se torna uma estátua de sal.
Minha liberdade é a minha morada. Sempre que sigo as instruções, permaneço o tempo necessário para não fugir as regras.
MINHA MORADA
A escrita é a minha liberdade. Aqui, fiz morada. Aqui, tudo posso quando o espírito se liberta. Aqui, vivo em harmonia com o Universo e em cada passo um tempo que determina minha busca. Aqui, meus sonhos são realizados, minhas emoções afloram e meus momentos se tornam inesquecíveis. Sou parte de um contexto onde tudo se encaixa perfeitamente. Decidi, que é aqui que quero ficar. É aqui que vivo e renasço a cada instante e que minha luta por um espaço nesse planeta, se materializa e se torna único quando conectada.
te deixar ir embora
porque cortei tuas asas
porque no início eu era tua morada
e agora eu vi que você morreu
entre os escombros dessa construção mal feita que me tornei
Atualmente estou fechada para mágoas!
Este tipo de sentimento não deixo fazer
morada em meu peito! Nada que
um perdão sincero não resolva!
Não quero carregar pesos e bagagens pesadas!
Vou seguir na jornada fazendo do meu coração a morada de tudo aquilo que enaltece minha alma!
Abra o baú de recordações e deixe sair todo o sentimento impuro que ao longo da jornada fez morada em seu coração!
Quando minha alma, este fulgor tépido;
de meu velho corpo irá se separar;
meu caixão, morada do cadáver fétido;
será o casulo que irei abandonar;
e estarei livre, me sentirei lépido;
borboleta pronta para voar.